segunda-feira, fevereiro 28, 2005

executando o legislativo

executando o legislativo

Logo quando o Severino foi eleito, lembro que achei estranho estarem falando tão pouco da promessa dele de aumentar o salário dos deputados. Fiquei pensando se eu sou tão ruim de política que esse nem seria um grande problema, e que havia outras questões mais impactantes nisso.

Claro que compreendo todo o impacto do PT ter perdido a eleição e outros bafafás. Mas no fim das contas eu não estava tão errado assim. Afinal, a imprensa me alcançou no meu pensamento inicial.

Se vocês querem entender o impacto disso, dêem uma olhada na Folha de S. Paulo da última sexta. Essa medida pode quebrar ainda mais alguns estados e diversos munícipios por conta de uma reação em cadeia desastrosa. Recomendo também a reportagem da Veja dessa semana sobre o assunto. E ele não quer apenas aumentar os salários de 12.000 para mais de 20.000; quer também dar carros, reformar apartamentos, manter férias de 90 dias e mais algumas palhaçadas.

Quando recebemos um aumento, costuma ser em reconhecimento pelo nosso esforço em realizar um trabalho melhor. Eu apenas daria aumentos para funcionários que estivessem demonstrando conhecimento e habilidade em seu posto. Todo mundo gosta de dinheiro, no mundo em que vivemos, é o que liga. E a questão que eu levanto é: Eles merecem?

Claro que todos estão cansados de saber que não merecem. Mas Severino consegue ser pior ainda. Ele sequer entende as responsabilidades e limitações da função que exerce; ele quer diminuir o número de MPs do poder executivo, bem, isso cabe apenas ao presidente da república, não ao presidente da câmara. E para fechar com chave de ouro, aí vai uma citação publicada na Folha de sexta:

"... Quem está na chefia do Poder Executivo é Severino Cavalcanti e portanto eu irei botar (em votação)..."


Posso estar viajando, mas acho que é na terceira série do primário que aprendemos os papéis dos três poderes. Mas não estou viajando tanto quanto Severino, que deve ter levado pau em Estudos Sociais, já que mais uma vez mistura seu papel com o do Presidente.

domingo, fevereiro 27, 2005

jogos patológicos

jogos patológicos

O Jack Ryan de Jogos Patrióticos é uma excelente metáfora para os EUA pós 11 de Setembro. Fica metendo o dedo nos assuntos dos outros, e acha que está tudo ótimo e tranquilo. Até que atacam sua família. Então é hora de botar pra fuder e matar todo mundo.

quarta-feira, fevereiro 23, 2005

super mario

super mario

Já se perguntou o que acontecia depois que você salvava a princesa peach no Mário? Pois bem, a verdade é revelada aqui.

terça-feira, fevereiro 22, 2005

rock this town

rock this town

Vou começar dizendo que não sou fã de Lenny Kravitz então em um nível pessoal isso pouco me importa. Na verdade pra mim ele fala muito mais do que joga. É pura pressão. Mas o que eu posso fazer?

A questão é que no Rio de Janeiro, uma cidade nada rock vai ter o show dele de graça enquanto que em SP será preciso desembolsar entre 120 e 800 reais (sem contar meias entradas).

Acho mesmo super condizente.

violência por correspondência

violência por correspondência

Buscando uma carreria nos ramos de:

- sequestro?
- assassinato por encomenda?
- assalto a mão armada?
- falsificação de documentos?
- fraude fiscal?
- tortura?
- estelionato?
- terrorismo?

E inúmeras outras promissoras escolhas profissionais repletas de ação, aventura e muito dinheiro?

Então esta editora Estado-Unidense tem tudo que você precisa pra começar já! Não fique aí parado.

domingo, fevereiro 20, 2005

the importance of being published

the importance of being published

Será que rola mesmo?!!!

you're so vain

you're so vain

Um pouco de dados pessoais acerca dessa música. Quem me a apresentou foi o Alastair há alguns meses. E ela é maravilhosa, recomendo altamente. Há um cover muito bom dela dos Ze Malibu Kids também.

O interessante é que o refrão (em negrito), foi incorporado pelo Trent Reznor em Starfucksrs Inc. E na época que ouvi Starfuckers, me lembrei de uma certa pessoinha, apenas por causa desse pedaço.

Então, ao descobrir a música original, e prestar atenção na letra, percebi que ela por inteiro me lembra da tal pessoinha. Bom, eu nem sei onde diabos ela está agora, mas dedico esta música maravilhosa à ela e sua estupidez infinita (que a impediria de apreciar um pedaço bom de música assim). Meus amigos, de inteligência incomparável irão se lembrar da figura.

You're So Vain - Carly Simon

You walked into the party like you were walking onto a yacht
Your hat strategically dipped below one eye
Your scarf it was apricot
You had one eye on the mirror as you watched yourself gavotte
And all the girls dreamed that they’d be your partner
They’d be your partner, and...

You’re so vain, you probably think this song is about you
You’re so vain, I’ll bet you think this song is about you
Don’t you? don’t you?


You had me several years ago when I was still quite naive
Well you said that we made such a pretty pair
And that you would never leave
But you gave away the things you loved and one of them was me
I had some dreams, they were clouds in my coffee
Clouds in my coffee, and...

I had some dreams they were clouds in my coffee
Clouds in my coffee, and...
Well I hear you went up to saratoga and your horse naturally won
Then you flew your lear jet up to nova scotia
To see the total eclipse of the sun
Well you’re where you should be all the time
And when you’re not you’re with
Some underworld spy or the wife of a close friend
Wife of a close friend, and...

sexta-feira, fevereiro 18, 2005

bend and break

bend and break

É, se você dobra demais, pode quebrar.


When you, when you forget your name
When old faces all look the same
Meet me in the morning, when you wake up
Meet me in the morning, then you'll wake up

(Chorus)
If only I don't bend, and break
I'll meet you on the other side
I'll meet you in the light
If only I don't suffocate
I'll meet you in the morning, when you wake

Bitter and hardened heart
Aching, waiting for life to start
Meet me in the morning, when you wake up
Meet me in the morning, then you'll wake up

(Chorus x 2)
If only I don't bend, and break
I'll meet you on the other side
I'll meet you in the light
If only I don't suffocate
I'll meet you in the morning, when you wake

I'll meet you on the other side
I'll meet you in the light
If only I don't suffocate
I'll meet you in the morning, when you wake

quinta-feira, fevereiro 17, 2005

seduction of the gun

seduction of the gun

GTA é mesmo muito legal. E Kill Bill também. Adoro jogos, filmes, livros e quadrinhos violentos. São extremamente divertidos, não posso negar.

Mas vendo uma notícia hoje sobre o promotor que matou um jovem por chamar sua namorada de gostosa fico um pouco assustado. É claro que não estou dizendo que o entretenimento violento tenha tido qualquer influencia nesse crime ou crimes do gênero. Mas fico pensando em toda essa questão de desarmamento e obsessão que algumas pessoas tem com armas.

Já dei uns tiros de espingarda e já tive em minhas mãos diferentes tipos de armas. Todas eram muito interessante, bonitas, estilosas, tinham uma história (universal e pessoal) e tudo o mais. Armas têm realmente um apelo, provavelmente algo sexual, de dominação, poder, graça e elegancia; afinal, aquela abertura dos filmes de James Bond é toda cheia de naipe.

Mas até eu defender a arma como um utensílio doméstico é um passo em uma direção completamente diferente.

O tal promotor alega legítima defesa dizendo que só atirou depois que foi encurralado pelo defuinto e seu amigo, sendo que ambos estavam desarmados...

Bem, se foi realmente isso que aconteceu (o que eu duvido muito) é preciso medir as conseqüências, não? Armas, além de sensuais, carregam consigo uma enorme carga de responsabilidade. Se existe uma série de regras para utilizar-se um carro, que pode ser usado como uma arma, por que não para uma pistola, que é construída com o propósito de ferir e matar. Se eu tenho uma pistola com a vida de 10 homens dentro do cabo eu me torno automaticamente responsável em guardar todas essas vidas e mais um sem número de pessoas em volta dela.

Atirar em uma pessoa desarmada por que se sentiu encurralado é algo completamente fora de proporção. Nem Schopenhauer justificaria isso em defesa da honra. É como dar um soco na boca de seu filho porque ele não te deu bom dia, aliás, muito pior.

Mas saindo deste caso estapafúrdio especificamente. Existem outros motivos pelos quais pessoas defendem e querem armas em seus lares.

Supondo que um assaltante qualquer me aponta uma arma, então em um momento de descúido dele decido sacar minha arma e atirar. Afinal, estou fazendo justiça, não? Ele me apontou uma arma e levou meu relógio, eu deveria poder privá-lo de suas bolas. Mas e todas as variantes que isso pode ter? Ele pode ter um cúmplice por perto que percebe seu movimento; você pode errar o tiro; pode esquecer de destravar a arma; pode apênas ferí-lo, e então adivinha o que acontece: Um tiroteio! Com várias balas pra todo lado, colocando sua vida em mais perigo do que antes, e a vida de todos que estão na rua naquele momento.

Se você julga uma pessoa um covarde por lhe apontar uma arma e pedir-lhe seu dinheiro, você é tão ou mais covarde por acreditar que tem o direito de retribuir o favor, mas dessa vez em troca da vida do sujeito.

Não estou justificando o ladrão, claro que isso não é certo, é erradíssimo. Mas quem é você para julgar os motivos que o levaram àquela situação? Ao sacar uma arma você deixou de ser apenas a vítima para se tornar o policial, juiz, juri, promotor e inquisitor tudo ao mesmo tempo. Você virou o Juiz Dredd. E quem te deu este poder?

É uma atitude pirracenta e infantil. O que você vai dizer pro juiz? "Ele começou!"? Sabe quando as coisas eram resolvidas na base do chumbo? No velho oeste. Sabe onde mais? No cangaço. Onde não havia lei nem ordem. Cuspia-se na cara da lei. Mais uma vez creio que há um lado romântico nesse estilo de vida, mas eu abrira mão desse romançe em um instante para me sentir mais seguro.

E tem mais: Como ter uma arma na sua casa vai resolver o problema da violência em geral? Não vai, camarada. Vai apenas aumentá-lo. Se todos tiverem armas, os bandidos vão arrumar coletes e armas melhores; então você também dá um upgrade; e os bandidos de novo tamém. A bola de neve cresce e cresce até que viveremos numa zona de guerra. Ter barras na janela não será nada comparado a isso.

Você ter uma arma não vai fazer o bandido dar meia-volta, vai fazê-lo atirar. E só! É isso que você quer? Você tem mesmo coragem de tirar uma vida assim, sem mais nem menos? Quem tem mais a perder? Você que está "defendendo sua propriedade" ou o bandido desesperado?

Como já falei, obviamente o meliante está erradíssimo. Mas muita coisa está errada nesse país e nesse mundo, e o meliante é um reflexo. Ele não tem consciência e não saberia se argumentar baseado nisso, mas é um fato. Para resolver isso, vai ser preciso muito mais do que uma arma sob o travesseiro, isso aliás só iria agravar a situação. Como você pode liberar armas para uma população que não tem educação? Que tal liberar uns livros?

Se bem que não adianta muito, já que um promotor resolve seus problemas de pinto pequeno dessa maneira. Está tudo perdido mesmo. Que venham os mortos-vivos!

segunda-feira, fevereiro 14, 2005

nihon

nihon


lê le-ô
lê le-ô
lê le-ô
lê le-ô
JAPÃO!

Não vou falar mais nada. Estou TENTANDO manter um low-profile nisso. Quem tem que saber já sabe. Posso estar me empolgando demais pra depois não dar em nada, mas vou aproveitar a empolgação enquanto ela durar!

legend

legend

Eu sempre tive a impressão de que as pessoas se cansam de mim. De que sou feito de matéria muito simplória e que só funciona a curto prazo, depois de um tempo cansa mesmo. Só uns poucos doidos varridos me acompanham atravéz dos anos.

Mas como se tornar uma lenda? Eu já descobri. Passe uma boa quantidade de tempo com pessoas que você não conhece muito bem, mas simpatize. Mas o convívio tem que ser de no máximo uma semana, com data pra terminar. Então detone tudo. Fale muita besteira, não se leve à sério e fique atento a oportunidades de boas piadas. Se convir, ache alguém para formar uma dupla, alguém que curta as mesmas coisas ou tenha o mesmo jeitão.

E então suma do mapa! Depois do convívio intenso, dê uma desaparecida. Você irá se tornar uma figura mítica, que é constantemente relembrada nos reencontros daqueles que você deixou para trás.

E tem que ser meio por aí. Não seja ganancioso. Não espere que haverá uma continuação. Mesmo que você reencontre essas pessoas, nada vai ser como do primeiro encontro, não espere demais. Fique na sua e tome muito cuidado pra não virar um bobo da corte.

quarta-feira, fevereiro 09, 2005

meu robô

meu robô

As três leis da robótica Mafra:
1 - Um robô não pode ferir o Mafra ou, por omissão, permitir que o Mafra sofra algum mal.
2 - Um robô deve obedecer as ordens que lhe sejam dadas pelo Mafra, exceto nos casos em que tais ordens contrariem a Primeira Lei.
3 - Um robô deve proteger sua própria existência, desde que tal proteção não entre em conflito com a Primeira e a Segunda Leis.

4 (subentendida) - Há apenas um Mafra, o criador do primeiro robô capaz de manufaturar outras máquinas.

seven lakes city, gonna be the death of me

seven lakes city, gonna be the death of me

Estando ainda em BH passei o carnaval na Mansão Raposo em Sete Lagoas. A necessidade da presença da Mi era tamanha, que a Clá e a Lets relevaram o fato dela estar sem um puto e ainda por cima me emprestaram o carro pra que a gente pudesse chegar lá com todo o conforto.

A coisa começou meio torta, já que comecei a achar um pouco estranho a excelente e calma estrada propagandeada pela Lets ser uma merda de pista simples cujo número de caminhões só era superado pelo número de buracos e quantidade de chuva torrencial. Então foi que alguém notou que estávamos indo na direção errada da BR 040. Então depois de desperdiçarmos uns 40 minutos gastamos mais 50 para chegar de fato na Mansão.

Ótima casa, ótimas pessoas, boa e saudável comida e muita cerveja. Isso tudo serviu como pano de fundo para uma disputa pelo maravilhoso botton dos Canastras do Bem, que eu estou obviamente pleiteando.

Para ser condecorado com essa altíssima honra é necessário realizar uma série de tarefas de cunho social, que são extensas demais para enumerar, e mesmo que o fizesse, de nada adiantaria pois um pré-requisito é ter estado presente no Carnaval Seven Lakes Anti-Social Club.

Além de ótimos papos, muitas piadas, jogos adolescentes, álcool e quedas; a viagem ainda rendeu ótimas jam sessions para elaborar um plano de sobrevivência contra os zumbis. A vinda deles é iminente e inevitável, o que temos que fazer é nos preparar para este momento e garantir a perpetuação da raça humana. Sendo presidente do CCZ (Conselho de Controle de Zumbis) e General da MAZ (Milícia Anti Zumbi) já tenho um plano detalhado que não apenas garantirá a nossa sobrevivência, mas a nossa supremacia no futuro não tão distante. E um aviso: Sejamos realistas, pessoas que ficarem no extra não tem a menor chance contra os mortos-vivos.

E uma excelente nova amizade foi criada. Ninguém menos que Kate Moss estava presente por lá. Dormia muito, mas quando estava desperta, era insaciável. Não há como competir. Ela com certeza será condecorada com o botton.

E sem mais delongas termino aqui.

sexta-feira, fevereiro 04, 2005

let's make a movie

let's make a movie

Com essa história de submeter curta pra pegar grana com a Petrobrás, assistir a alguns filmes aqui na casa do André (ainda estou em BH, pra quem não sabe), ficar cutucando o marcos pra ele fazer logo a cópia do Alvorecer pra gente poder terminar de trabalhar o som e tudo mais, ando pensando bastante em cinema.

Mas pensando em fazer cinema. Não o curso também, penso em escrever roteiros e dirigí-los. Andei tendo novas idéias, roteiros completamente novos, continuações pro Alvorecer (idéias que levariam o conceito em outras direções - que papo furado, né?), relembrando idéias antigas que não me empolgam tanto e outras que me empolgam bastante.

E então fiquei pensando como tenho amigos diferentes, que não se empolgam tanto pelas minhas idéias de filmes que exploram o lado bizarro da vida.

Eu fico empolgado apenas com a idéia de FAZER o filme. Ele ser exibido em salas de cinema deve ser algo que meus sentimentos não conseguem nem emular. E fico me perguntando se meus filmes seriam bem recebidos por pessoas que jamais me viram na vida; afinal, só mostrar pros amigos não conta.

Mas algo que achei interessante é como consigo ter idéias tão distintas. Isso tudo pode parecer um enorme papo furado, mas é o que eu acho. Tenho várias idéias distintas. Algumas coisas mais leves e falando de sentimentos e essas babaquices; outras tentando mostrar o lado negro das pessoas; outras sobre desolação e desespero e outras que eu nem sei sobre o que são, mas são legais. E isso me deixa satisfeito.

Embora seja bom você poder reconhecer o estilo de um cineasta, ou autor, ou desenhista ou o que seja; muitas vezes tem-se a impressão de que depois que achou algo que dá certo, o sujeito se acomoda e fica numa posição confortável (como no caso do M. Night Shyamalan). Dois ótimos exemplos de quem consegue imprimir um estilo reconhecível em diferentes tipos de obras seriam Alan Moore e David Fincher.

Mas isso são um monte de devaneios e nada mais. Um passo de cada vez. Vamos terminar o filme que começamos e fazer aquele que a petrobras vai me dar um tanto de grana pra fazer (espero!)