quinta-feira, março 06, 2008

bye bye blogspot, hello wordpress

o no15 partiu. Agora ele reside em outro endereço. O novo endereço abrirá em alguns segundos. Atualizem seus bookmarks, readers e o caramba a quatro:

no15.fmafra.com

sábado, março 01, 2008

campo minado

Bom, irei aqui caminhar em campo minado. Vou me aproximar do blog do Bruno e falar um pouco sobre o Oriente Médio. O assunto é complexo, tenho olhado para ele com mais atenção recentemente e possivelmente falarei um monte de merda.

Acabo de retornar de uma seção do filme Jogos do Poder, que trata da ajuda secreta dada pelos EUA aos afegãos durante os anos 80 para expulsarem os soviéticos de lá. Era a Guerra Fria, os EUA ainda estavam com ressaca do Vietna e não estavam muito afim de ajudar. Eventualmente a ajuda chegou e a persistência dos Mujahideen combinada com as armas que receberam levou ao fim do conflito.

O filme é interessante, mas não é um feito cinematográfico. Demora para se tornar realmente interessante e não possui momentos de brilhantismo, fora que a mistura de imagens de arquivo dá um toque amador ao pacote. A história vale a pena ser vista, mas certamente podia receber um tratamento melhor.

Questões filosóficas sobre comunismo de lado, o fato é que a URSS estava ocupando e massacrando o povo do Afeganistão. O mérito de tirá-los de lá não cabe apenas ao EUA, mas também a uma coalizão que incluia surpreendentemente Egito, Arábia Saudita, Paquistão e (pasmem) Israel. Israel se juntar aos EUA pra quebrar o pau de algum vizinho não é novidade, mas junto com outros vizinhos, isso sim é surpreendente.

Quando esse tipo de conflito surge, me lembra os tempos da II guerra, quando parecia fazer sentido lutar. Alguém estava fazendo o que não devia, invadindo o país dos outros, outros países então tomavam a atitude de arrasar o quarteirão.

O problema é que estado-unidenses estúpidos enxergam esse tipo de intervenção bem-sucedida do passado como uma justificativa para qualquer intervenção subseqüente, incluindo a Guerra do Iraque e a palhaçada atual no Afeganistão.

O que os EUA não parecem compreender, sendo um país que nunca foi invadido (corrigam-me por favor) é que um povo invadido não vai ficar sentado sem fazer nada. Eles irão lutar com o que tiverem para expulsar seus invasores. E se tiverem ajuda, essa ajuda será bem-recebida. É por isso que a intervenção nos anos 80 deu certo. Os EUA não eram a força invasora, simples assim.

Agora, grupos extremistas (que já não gostavam muito dos EUA) enxergam a presença estado-unidense como uma ofensa (para dizer pouco) e é por isso que temos aquele samba do criolo doido na terra do ouro negro.

E o desfecho, que é mencionado no filme, é que depois de todo o trabalho, seja removendo os soviéticos ou Saddam, o lugar continua em frangalhos. E ao contrário do que aconteceu na II Guerra com a Alemanha e o Japão o esforço para reconstruir o país é ínfimo, mal-administrado ou simplesmente inexistente.

Assim o ganho real é nulo. As vidas perdidas e bilhões gastos são em troco de nada. Ao menos para o país ocupado...

Para mais sobre ocupações, valor de vidas e etcetera deixo vocês com George Galloway:

quinta-feira, fevereiro 21, 2008

mafra, o diretor

E para aqueles que duvidam da minha capacidade como videomaker:


Este não é um Wikimovie. Mas é endossado pelo Zé do Caixão! Produzido inteiramente dentro da CampusParty e editado em casa mesmo. Estrelando @meninaquejoga!

quarta-feira, fevereiro 20, 2008

mafra, o cantor

Para aqueles que duvidam de meus dotes vocais, eis um videoclipe:

terça-feira, fevereiro 19, 2008

libertas (digitalis) quae sera tamen

Na última noite da CampusParty houve um protesto, que até onde eu saiba, foi o primeiro liderado por um robô (ou nem tanto, já que ele não anda tão rápido quanto seus companheiros ativistas humanos). A faixa empunhada pelos manifestantes reclamava do Senador Eduardo Azeredo (ex-governador abobalhado de Minas Gerais) e seu infame projeto de lei para cadastro de usuários de internet.

Por essa lei, todos os usuários de internet terão que fazer um pré-cadastro nos provedores identificando-se antes de poder ter acesso à rede. O "argumento" é que isso aumentaria a segurança na internet, inibindo fraudes e golpes. Na verdade, a lei foi elaborada para satisfazer os lobbystas dos bancos e de empresas de verificação on-line; que teriam seu trabalho dimunuido enquanto o trabalho dos provedores e cidadãos aumentaria.

É mais um caso claro do governo, com preguiça de trabalhar, resolver repassar suas responsabilidades ao cidadão comum, aumentando a burocracia e atrapalhando sua vida. Essa lei vai totalmente contra os projetos governamentais de inclusão digital e à própria natureza da internet. Sua elaboração mostra uma falta de compreensão de como a internet funciona, tecnica e socialmente.

Sendo que, assim como projetos de controle de armas, não irá inibir em maneira alguma os criminosos, que utilizarão laranjas, fantasmas, acessos internacionais e sabe-se lá o que mais para conseguir tocar seus "modelos de negócios".

Voltando à natureza da internet, o que quero dizer é que ela é fluída e em constante movimento. Uma prova disso é justamente o protesto na CampusParty, que conforme passava pelas diferentes áreas do evento ia tomando outras formas. Em questão de segundos o protesto também tratava de Software Livre e da liberação de Counter Strike.

Isso me fez pensar na frase estampada nos cartazes "porque lutamos?". O que leva alguém a se levantar e expressar indignação. Muitos diriam que preocupar-se com um video-game é um motivo fútil pelo qual protestar. Eu diria que não. A proibição de Counter-Strike é uma atitude retrógrada, arbitrária e sem qualquer embasamento. Se Counter-Strike pode ser censurado hoje, o que será amanhã? Pela "lógica" do juiz Carlos Alberto Simões de Tomaz, inúmeros filmes e novelas jamais seriam aceitáveis.

A questão é que o protesto tomou um aspecto de clamar por liberdade em geral: De acesso (Azeredo), de escolha (Software Livre) e de expressão (Counter Strike). Dentro e fora da internet buscamos exatamente isso, liberdade, e qualquer tentativa de limitá-la por razões torpes será respondida à altura. Em especial no que se trata a rede, um lugar cheio de idéias e opiniões, onde por mais que tentem, não seremos calados.

O curioso é que Azeredo governou um estado que tem justamente a palavra liberdade estampada em sua bandeira (o mesmo estado de atuação do juiz Simões). Ele deveria dar uma voltinha em ouro preto e rever a história da inconfidência. Quem sabe depois da mineira, não teremos a digital?

segunda-feira, fevereiro 18, 2008

conseqüências da campus party

Bem, mal acabou e já tenho uma má notícia: meu HD externo foi infectado na CampusParty. Pode ter vindo pela rede, mas vou colocar a culpa no notebook que estava usando, que me foi emprestado pela organização.

O vírus em questão foi o hidrag. Depois que ele se instala no computador e faz umas alterações no registro, começa a infectar todos os EXEs presentes, a começar pelo drive C:

Pois bem, todos os EXEs do meu HD externo estão infectados. Verifiquei meu registro e não há nenhuma das entradas relacionadas ao hidrag. Assim só posso presumir que veio do tal notebook, e rodar um dos arquivos do HD poderia de fato contaminar o meu desktop. Assim, apaguei tudo do HD, sem choro nem vela.

É um virus do tipo encheção de saco, então não tem nada demais, mas eu gosto de limpeza.

campus party - o desfecho


Acabou! E como vai deixar saudades. Sou um cara carente. Adoro atenção, adoro ser paparicado e reconhecido. Com mérito, é claro, nada de falsidades por favor. Apesar dos problemas logísticos da minha chegada, logo de início fui calorosamente recebido pela Marina e pela Lu Freitas, bem como pelos inúmeros blogueiros lá presentes. Pessoas interessantes e estimulantes, que me deixaram embriagado (às vezes literalmente). Especialmente quando pessoas estranhas já sabiam (mais ou menos) quem eu era.

Fui esmigalhado pela quantidade absurda de informações simultâneas. Uma pessoa como eu, que gosta de prestar atenção em tudo (desde que seja interessante), socializar e produzir conteúdo, se fode lá dentro. E foi bem o que aconteceu. Me fudi. Em mais de uma ocasião minha cabeça quase fundiu. Por sorte consegui me soltar mais nos outros dias, pois o cansaço físico de noites mal dormidas e dias mal comidos poderia me mandar pro hospital.

Mesmo morando em SP, e até próximo do Parque, mal estive em casa. No máximo para uma dormida rápida, um banho e meia refeição. Foi praticamente uma semana viajando. Campus Party foi um mundo paralelo, em que eu estava constantemente nas nuvens. Com câmera e computador emprestados espremi tudo o que pude do evento.

Até o ultimo instante do evento estava aprendendo nomes e conhecendo novas pessoas. Mas o domingo foi mesmo um dia de ir embora. Poucas pessoas na bancadas e bastante movimento de mochilas e CPUs.

Depois da tempestade, sempre vem a bonança. Agora é hora de se esforçar para manter os novos contatos, descobrir como tirar as manchas azuis do meu carro, aplicar conhecimentos adquiridos (e não esquecidos) e ansear pela próxima edição.

wikimovie?

O site Limão produziu durante a CampusParty um filme chamado "Amor Dois Ponto Zero" estrelado por s1mone e dulcetti. É simpático e bem humorado, eu pelo menos me diverti assistindo.

Mas o que incomoda é a declaração de que ele seria o primeiro "wikimovie". O que diabos é um Wiki Movie? Não tenho muita certeza, mas garanto que este não é o caso de Amor Dois Ponto Zero.

Sites que usam o sistema (ou o conceito, como preferir) Wiki são sites em constante mudança. Os usuários podem editar o conteúdo a qualquer momento, o que estará sujeito ao escrutínio de outros usuários, editores e o diabo a quatro. Apesar de "Amor..." ter sido um esforço colaborativo entre o Limão e alguns Campuseiros, ele não é Wiki.

Para tal seria preciso que os arquivos de conteúdo do filme fossem disponibilizados, bem como sua trilha sonora, em uma licensa aberta. Assim, qualquer sujeito poderia pegá-los e retrabalhar o filme à sua maneira, soltando-o posteriormente em uma licensa cabível, e assim sucessivamente.

No caso de "Amor", considerando que a trilha sonora não é licensiada em CC ou nada do tipo, e o site Limão é copyright, creio que possa haver um conflito ainda maior.

Outros filmes já exploraram esse conceito plenamente, muito antes do Limão, e não se impuseram a alcunha de wikimovie. Isso me parece muito mais golpe de marketeiro do que intenção de aplicar um conceito.

sábado, fevereiro 16, 2008

hostilizando a imprensa

Enquanto não crio vergonha na cara para postar algo de verdade, vou soltar aqui um vídeo do qual participo. Gostaria de lembrar que isso foi feito com bom humor e para saber minha verdadeira opinião sobre bloggers e jornalistas leiam aqui ou perguntem pra mim.



AVISO: Nenhum jornalista foi ferido na produção deste vídeo.

quarta-feira, fevereiro 13, 2008

serviço na campus party: body adds



Na CampusParty, uma das melhores coisas a fazer é networking. Conhecer gente, divulgar seu trabalho e exercitar suas paixões. Levando isso em consideração, porque não usar seu próprio corpo para fazer auto-propaganda?

Estou fornecendo esse serviço. Tenho pincel atômico e caneta com ponta de feltro, e me disponho a escrever propagandas no corpo de quem quiser. Basta me achar. Lembrem-se, tenho letra bonita e o material. Tudo que peço é que me divulguem também ao mostrarem suas fotos ;)

Os primeiros clientes foram a Kakah e seu concurso de tatuagens junto com o Apocalypse. É bom que eles me divulguem também.

sobre controle de blogs


Irei corrigir um erro meu e aproveitar a oportunidade para desenvolver um assunto. Na terça-feira à noite ocorreu um mini blogCamp envolvendo alguns membros do CampusBlog e do BarCamp aqui na CampusParty. Um dos assuntos na pequena desconferência foi a ética no universo de blogs. Como isso seria possível? Quem estabeleceria as regras? Quem seria a polícia?

A conferência já tinha começado a algum tempo quando me juntei. Quando vi o anuncio dela no liveStream o assunto era a monetização de Blogs. E até me embalar no assunto, ele já tinha mudado umas quatro vezes. Basicamente peguei o debate sobre blogues corporativos e a tal ética blogueira.

Uma crítica minha fica ao destaque dado ao circo em volta. A roda era grande, e mal se ouvia os falantes do outro lado. Blogueiros precisam aprender sobre impostação e projeção de voz. Havia várias câmera e alguns microfones. Um deles um boom gigantesco empossado por uma loira alta e bonita (que eu estupidamente não fotografei) que atrapalhava os que estavam ali para ver e mesmo participar.

Voltando ao debate em si, o grupo já estava se debandando quando fiz uma colocação que acabou não sendo ouvida até o final. O que mencionei tem a ver com uma notícia que vi à um tempo atrás sobre a possibilidade da criação do Bloggers Guild of America, uma espécie de sindicato de blogueirs nos moldes da Writer`s Guild of America (aquela que estava em greve à pouco tempo, para o desespero dos viciados em séries de TV). Seria uma possível ferramenta para responder a questões coletivas, monetárias ou não, dos blogueiros nos EUA.

Minha colocação foi justamente a possibilidade da criação de uma espécie de "cooperativa", da qual os blogueiros poderiam fazer parte, voluntariaente. A adesão à essa suposta associação estaria sujeita a certas regras de conduta, e renderia uma espécie de selo atestador. Algo simples. Mas não consegui desenvolver o assunto, e meu uso da palavra cooperativa foi levado ao extremo.

O que eu quis dizer é que, independente da palavra usada para descrever essa associação, é que não tenho certeza se aprovo a idéia - provavelmente não. Esse tipo de iniciativa tem um grande potencial de criar uma elite blogueira, uma panelinha. Blogueiros que por uma razão ou outra não a integrassem poderiam entrar em um estado de ostracismo digital. Joguinhos políticos e favoritismos poderiam facilmente entrar em jogo.

Como exemplo disso temos o Overmundo. Que desde o começo sempre teve um escritório que dita as regras gerais, que são simples, benevolentes e abertas. Estando dentro da proposta temática do site, e usando boas maneiras, você é livre para usar como quiser. Mas o sistema de pontuação empregado pelo site causou alguns problemas, em especial no final de 2007. O objetivo dos pontos é dar mais força àqueles que são mais votados, com a premissa de que quanto mais qualidade no conteúdo, mais votos ele receberá. O problema se deu quando um grupo de membros estabeleceu um esquema informal de troca de votos. Muitos se votavam mutuamente e aumentavam a pontuação de seus amigos astronomicamente, em contrapartida, aqueles fora desse grupo acabavam escandeados no site. Isso gerou muitas brigas e acredito que ainda não foi resolvido completamente.

É o exemplo de como uma boa idéia na teoria pode sair pela culatra. Fora que um grupo regulamentador é algo que vai contra a própria essência da natureza dos blogs. Só para deixar claro, isso não tem nada a ver com coletivos de blogs e esse tipo de inciativa - nada mais natural que um grupo em sintonia se juntar para fazer algo em conjunto para tentar ganhar mais destaque. Mas nenhum coletivo se deu o título de agencia regulamentadora de blogs, nem deve e tenho certeza que não fara. Blogs são livres, e devem permanecer assim.

O que deve acontecer, ao menos por enquanto, é continuar o diálogo entre eles, para que a qualidade do conteúdo e a conduta ética sempre estejam em foco. Apontar o dado ao formato blog como uma mazela da informação é um erro grave, é querer tapar o sol com a peneira. O problema dos blogs de (suposta) má qualidade não está no fato de ser um blog, é conseqüência de outros problemas sociais dos quais padece o dono do blog. Se uma pessoa sem escrúpulos inicia um blog, ele será com certeza problemático, mas não por ser um blog.

a madrugada dos vivos


Mesmo sem ter uma barraca decidi passar a noite aqui no CampusParty, e tinha plena consciência de que isso provavelmente significaria "no sleep" e foi exatamente isso o que aconteceu.

Duende e Pata me abandonaram relativamente cedo, e lá pras 23:00 o Adriano caiu fora tb. Depois de subir mais alguns videos no youtube (o que demorou pra caralho) e bundar na internet resolvi cair fora da minha área oficial. Se já era insonsa durante o dia, na madrugada então, é praticamente uma casa assombrada.

Fui encher o saco do pessoal no CampusBlog, como é de se imaginar. Me mudei de mala e cuia. E o que menos fiz foi ficar diante do computador. Muito papo, pouca coisa séria.

Foi quase um momento adolescente. Piadas infâmes, contrabando leve e algumas outras contravenções povoaram esse ambiente. O quase ápice foi a tentativa de Kaká de implementar a versão paulista do truco em um jogo com três mineiros. Obviamente a aceitação foi baixa, e a falta de jogadores dispostos a integrar um jogo onde todos estão satisfeitos com as regras encaminhou a situação ao puro escracho. Quem pagou o pato foi o segurança que tirava um cochilo na penumbra próxima.

Outros membros tentavam elaborar outras maneiras de tocar o puteiro na madrugada. O medo da expulsão foi apaziguado por mim; que lembrei entre uma tragada e outra que os únicos delitos passíveis dessa punição são sexo, álcool e cigarros.

O ápice de fato foram as lições de truco, ética na segurança e de vida do ilustre segurança Pastor (este não é seu nome, mas é como é conhecido). Uma figura simpática, bem-humorada e famosa, já tendo aparecido na televisão, inclusive desfilando no FashionWeek.

Várias outras pílulas interessantes rolaram, inclusive o fato da área CampusBlog ser a mais povoada da madrugada. E uma não tão pílula é o concurso de tatuagens, que em pouco tempo deve bombar.

Agora o sol está raiando, e sinceramente não sei se vou ficando ou se vou pra casa. Fiquem com um pequeno flagra da madrugada:



UPDATE
Vídeo do Pastor, o segurança da CampusParty

terça-feira, fevereiro 12, 2008

nerds pra que te quero


Na Folha de hoje saiu uma matéria tratando da nossa queria CampusParty. Havia as informações básicas de sempre, inclusive considerando baixo o número de mulheres presentes (cerca de 20% - que foi considerado alto pelos organizadores espanhóis) - na minha opinião, o número pode sempre ser maior.

De qualquer maneira, na reportagem o evento era chamado de festa nerd. Foi assim também que um amigo a classificou quando descrevi, e é como muitos se referem à Campus Party afinal. Hoje cedo mesmo minha irmã comentou "puta coisa de nerd isso".

E é verdade. É super nerd mesmo (ou geek se preferir, o debate sobre a diferença dos dois termos continua). Li em algum lugar, e agora vou pedir perdão pois não lembro se foi na Folha, que mal havia conversa entre os participantes, todos ficavam se comunicando exclusivamente pelos computadores - Fiquei revoltado, uma mentira deslavada, ontem, na área do CampusBlog todos estavam interagindo fisicamente (interprete como quiser). Já hoje, quando circulei mais e mudei de lugar percebi que realmente há muitas áreas em que a interação fisica é deficiente.

Isso me entristesce um pouco, já que acredito que o propósito de pagar 100 reais, se deslocar, ficar dias dormindo numa barraca e (talvez) tomando banho em um banheiro coletivo é fazer algo diferente daquilo se faz em casa. No momento testemunho de longe a grande movimentação no BarCamp e no CampusBlog, enquanto que por razões contratuais tenho que ficar nessa inexpressiva área de Criatividade.

Voltando aos nerds, hoje estão circulando pelo Campus alguns agentes do Jornal de Debates com camisetas dizendo "Para que serve um nerd?" justamente para dar uma chacoalhada no ego dos presentes. Para tirar a foto que vocês vêem aqui paguei com um depoimento para o site respondendo à pergunta (e burramente não divulguei o blog na mesma).

Na minha opinião os nerds servem para levar o mundo adiante. Ou quase. No fundo mesmo nerds são pessoas dedicadas, quando escolhem um assunto eles se entregam de corpo e alma. Esquecem convenções pequenas e vão até onde quiserem. É assim que pessoas ficam horas na fila para o ingresso de um jogo, dias acampados para um show, e uma semana acamapados com seus computadores.

Claro que há um elemento de ridículo nessas situações, mas ao se entregar o nerd escolhe dois caminhos: Percebe o ridículo e o inclui na diversão ou cria uma racionalização paranóica e leva tudo a sério. Gosto de pensar que me enquadro na primeira opção (hoje em dia, ao menos). O nerd se comporta como uma criança quando o assunto é o seu eleito, e muitas vezes aje de acordo.

Se entregando dessa maneira é que ele é capaz de levar algo ao seu máximo potencial, de fato impulsionando o mundo.

tudo à distância


Um dos lances interessantes do Campus Party é que grande parte dele é feito à distância. Mesmo os que não estão fisicamente aqui estão participando do evento através de blogs, twitter, livestream, cobertura da imprensa, flickr, youtube, o próprio site do CP e muito mais.

Presente aqui, e devo dizer peculiarmente instalado na área de robótica, está a Fundação Vanzolini. Mais precisamente, a participação é da área de Gestão de Tecnologias Aplicadas à Educação da fundação.

Sendo uma instituição que trabalha com educação à distância, não posso deixar de ponderar a conexão entre educação e participação. Sendo assim, parte dessa participação à distância é suprida por eles, através da transmissão de eventos chave. Para acessá-la (e ver a programação) entrem aqui.

Além disso, dúvidas sobre a Fundação e sua atuação podem ser tiradas tanto fisicamente com o pessoal presente, quanto à distância, em um link de Video Conferência montado por eles - utilizando uma TV de plasma gigante, devo dizer. E para os com mania de grandeza e necessidade de atenção, acho que com uma conversinha é possível fazer o conteúdo da conferência ser transmitido ao vivo na internet também.

campusParty balanço inicial, marimoon & vontades


Bom, o primeiro dia foi o dia de zanzar. Já contei do meu drama para entrar, depois disso ainda continou o drama para assegurar minha credencial e conseguir uma máquina na qual trabalhar.

Depois de quase 12 horas de luta e muito vai e vém entre responsáveis de diferentes níveis consegui tudo de que precisava. A piada final foi pegar o computador novamente essa manhã e descobrir que haviam removido o WindowsXP e instalado o Vista, que já está causando uns empates.

No lado humano da coisa, tive o grande prazer de conhecer fisicamente Lúcia Freitas, uma figura muito simpática e prestativa. Em volta dela vários blogueiros com os quais já esbarrara realmente e virtualmente. Justamente pelo clima simpático, com um bom equilibrio entre conversa e quietude, além de diversas afinidades; acabei me colocando na área CampusBlog, ao invés da minha área designada de Criatividade. Junto comigo estava Daniel Duende, com o qual já tinha trocado algumas figurinhas e sua ilustre companheira. Eles se tornaram meus companheiros constantes em tentar compreender o que diabo acontece aqui e onde estaria nossa querida Marimoon.

Só para esclarescer: eu, Marimoon e Duende compomos os blogueiros da área de Criatividade. Entretanto, sou obrigado a ser honesto, e digo: Marimoon não é blogueira, não por excelência ao menos. Ela não é famosa por escrever, ela é famosa por tirar fotos de si mesma em roupas divertidas, cabelos coloridos e poses engraçadinhas. Ela preenche as fantasias do público nerd que adorariam uma noite com Rei Ayanami. O assunto que Marimoon trata é Marimoon, ela é famosa por ser famosa, como qualquer um dos participantes do Big Brother. Não vou dizer se essas coisas são boas ou ruins, mas não me colocaria na mesma categoria que Marimoon jamais.

Dito isso, ela só deu o ar da graça depois das 20:00, deu uma voltinha pelas dependências, conversou com a equipe espanhola, comeu pipoca e usou o compuador dos outros e sumiu! Questiono aqui e agora qual foi a contribuição dela para o evento. Já é 13:00 do segundo dia e ela ainda não deu o ar da graça. Teoricamente somos membros de uma mesma equipe e não fomos apresentados. Claro que ela pode estar ocupada na faculdade, ou no emprego, as possibilidades são infinitas. Vou dar uma chance para ver se ela é digna do meu respeito.

Mas tudo está bem. Tenho algumas intenções exploratórias, espero que meu marasmo não me impeça de criar posts interessantes baseados nessas intenções. E lembrem do encontro de twitters as 16 no stand da telefonica.

segunda-feira, fevereiro 11, 2008

bloggers vs jornalistas


A richinha entre blogger e jornalistas não é novidade. O debate sobre se o conteúdo publicado por bloggers é válido ou não como fonte de informações não terminou. A imprensa tradicional, embora tenha seu lugar, como uma criança amedontrada se sente extremamente ameaçada por aqueles que escrevem por gosto (e com alguma sorte e qualidade conseguem unir isso a remuneração).

E como todos aqueles que se sentem ameaçados, assume uma posição defensiva, de coitadinho e começa a difamar numa tentativa de descreditar bloggers como classe.

Ao mesmo tempo, blogger que levam a sério seu papel como fornecedores de informação (seja de qual tipo) e formadores de opinião (embasadas ou não) estão em uma constante luta para se legitimizar. É a velha batalha dos profissionais contra os diletantes.

Um momento curioso aqui na Campus Party ocorreu hoje à tarde, quando uma reporter da globo, acompanhada de um cinegrafista passou ao lado da área CampusBlog exclamou: "Não, não. Eles sao profissionais, são imprensa" quando o cinegrafista ameaçou fazer uma tomada dos blogueiros. Essa pequena confusão me causou uma certa satisfação, e é um ótimo exemplo de que jornalista não é significado de bom jornalismo. A tal (me desculpem, não lembro o nome) fez um julgamento superficialíssimo e negligenciou uma área do evento ainda por cima confundindo-nos com sua própria laia.

Mas vamos tomar um caminho mais light, ou ao menos bem humorado. Confiram as fotos da intervenção artística de protesto que eu, Duende e sua companheira fizemos na área de imprensa. Detalhe, a ideia de "não alimentar os animais" partiu de uma certa blogueira/jornalista.

campusParty começa devagar


Bom, cheguei as 11:00 em ponto no Campus Party sem diversas informações básicas, sendo que algumas dúvidas foram enviadas por email há mais de uma semana. Mas tudo bem, cheguei na cara e na coragem e fui tentar descobrir como entrar e pegar minha credencial.

Depois de duas horas zanzando em três entradas diferentes, falando com seguranças e meninas da confusa assesoria de imprensa fui resgatado por uma das meninas da produção.

A situação atual é a seguinte: Estou no notebook da Marina Vieira emprestado enquanto a minha máquina não aparece. Ao mesmo tempo estou tentando fazer com que minha máquina apareça no livestream do evento, o que após uma hora ainda não aconteceu. Imagino que seja uma questão de tempo. O twitter também está estranho no liveStream por culpa da própria equipe twitter que não garantiu o funcionamento. E já tenho uma reunião de pauta com o pessoal das TVs do evento as 16:00.

Nem preciso dizer o quanto fiquei puto de ficar esperando na porta do lugar sem que ninguém soubesse quem eu era ou me indicar à pessoa correta. Não que eu me ache o máximo, mesmo sendo, mas pelo que entendi meu trabalho e do Duende aqui é parte das atrações, e eu nunca vi um evento em que as atrações tem que ficar panguando por duas horas na porta do lugar.

Graças à Lu Freitas estou conseguindo me virar um pouco. Estou inclusive instalado na área do CampusBlog só pra conseguir um pouco mais de ajuda, sendo que na verdade eu deveria estar na área de Criatividade.

A questão toda é que o evento ainda está sendo montado. A organização não deixou tudo pronto para quando os colaboradores e campuseiros chegassem já pudessem usufruir de tudo plentamente. Estão terminando de montar o evento enquanto os usuários (de todas as esferas) estão montando suas máquinas.

Se eu tivesse sido informado que o esquema seria esse talvez ficasse menos indignado, mas eu não curto bagunça. Não esse tipo pelo menos.

Pode parecer que estou odiando tudo. Só pra esclarecer que não é o caso. De fato o clima agora é ajeitar as coisas, queria ter feito isso antes, mas até o fim do dia tudo deve se acertar. Ainda mais que meus amigos ficam aparecendo no msn e no gtalk querendo saber de tudo e eu nem sei de tudo. Mas sei que vai ser divertido. E espero que esse post saia no livestream. Por via das duvidas vou twittar um link pra ele.

sexta-feira, fevereiro 08, 2008

daft bodies


Isso é demais. Tem tambem o Daft Hands. E outras músicas do Daft Punk também. Me deu vontade de rescucitar uma idéia que tive pra technologic, aceito ajuda - e não se preocupem, não preciso de corpos de menininhas nem de pintar a mão.

a fonte da picaretagem


Há alguns anos fiquei empolgadíssimo quando ouvi falar a respeito de The Fountain, terceiro longa de Darren Aronofsky. Tinha gostado muito de Π e Réquiem para um Sonho e estava louco pra ver como Aronofsky iria tratar uma Ficção Científica declarada.

A sinopse era ambiciosa: Uma história encompassando três épocas: As grandes navegações, os dias e hoje e o futuro distante; sobre um mesmo homem em busca de sua amada (ou algo assim). Fiquei bolando várias possibilidades de como a trama poderia ser, como ela se amarraria e tudo o mais.

O tempo passou, o projeto foi cancelado, foi parar no limbo e então voltou. E foi na mostra de 2006 que consegui finalmente matar minha sede por The Fountain. E foi bem diferente de qualquer coisa que eu esperava. O visual e a trilha sonora eram sensacionais, os efeitos eram diferentes de tudo que eu tinha visto, com uma direção de arte impecável. Já a história deixou a desejar.

Depois de ver novamente o filme repensei alguns conceitos, amarrei pontas na trama e passei a gostar muito mais. Outro dia elaborei uma sinopse melhor do que a oficial quando recomendei o filme a um amigo: Uma ficção científica sem tecnobable, sem trajetória do herói, sem missões absurdas ou escapadas miraculosas. É de fato ambicioso e diria até um 2001 do coração, ao invés da cabeça.

A produção do filme foi turbulenta, e quando Brad Pitt teve problemas com o diretor e foi fazer Tróia (fico imaginando o que se passou na cabeça do sujeito: "Ao invés de fazer um filme cabeça, diferente, com um diretor novo e cheio de talento acho que vou fazer um blockbuster com um alemão maluco sem imaginação que só vai acentuar minha fama de corpo gostoso e casca vazia." vai entender) Aronofsky guardou para ele os direitos de publicar a história em quadrinhos, e foi o que ele fez pela Vertigo.

Sempre ouvi dizer que o roteiro havia mudado e sido simplificado desde a saída de Pitt para comportar um orçamento mais "modesto" e que o quadrinho era baseado no roteiro original e mais megalomaníaco. Com essa informação, comprei recentemente a Graphic Novel.

E me senti enganado. A história é exatamente a mesma que a do filme. Para não ser tão drástico existem pequenas diferenças no que ocorre durante as grandes navegações e um toque no final que não muda em nada a trama ou a experiência em si. Mudanças cosméticas no máximo, meio como a diferença entre A Sociedade do Anel e sua edição estendida, aliás, bem menos que isso.

O pior de tudo é que o meio do quadrinho nem é explorado de maneira alguma. Ao contrário de títulos nobres como V de Vingança, Sin City ou mesmo O Gralha, a graphic novel não vai além de um momento de exibição do artista. Os desenhos são de fato muito bonitos, pinturas praticamente, mas em nada elas acrescentam à experiência de leitura da história. É como quadrinhos ilustrados por Alex Ross, é tudo muito bonito e tudo o mais, mas eu gosto de ler quadrinhos, não ver pinturas com balões; se for assim prefiro uma exposição do Lichenstein - que mesmo assim consegue explorar mais o meio dos quadrinhos do que The Fountain.

O que acreditei ser uma nova experiência nada mais se mostrou do que um golpe financeiro em forma de item de colecionador. E por mais que eu tenha gostado do filme não quero colecionar todos os itens relacionados.

Muitos dizem que Requiem Para um Sonho e Π são a mesma coisa, e mesmo gostando bastante dos dois sou obrigado entender o raciocínio: estilisticamente são a mesma coisa, lidando com outros temas. Achei que estava comprando uma nova interpretação e levei um embuste. Estou decepcionado com Aronofsky, que está se mostrando um belo de um picareta, e começo a concordar mais com os críticos de Π e Réquiem.

sexta-feira, fevereiro 01, 2008

rejeição, uma arte

Estive pensando nesse assunto recentemente. Sofri o meu punhado delas e distribui algumas migalhas também. Das mais recentes, direi com orgulho que encarei bem, só uma ou outra tiveram um toque amargo mas sei que o resultado final foi para a melhor pois não era nada extremamente valioso.

Em contrapartida, não posso medir o impacto de minhas migalhas. Seria muita presunção achar que causei ondas de choque irrefreáveis e muito derrotista acreditar que sequer serei lembrado (calorosamente, por favor!).

Rejeitar é uma arte. Que ninguém domina. Tendo dito isso, é sempre importante lembrar que existem valores relativos e absolutos na vida. E o que você pensa de si mesmo costuma ser absoluto. Por mais que os outros digam o quanto você é isso ou aquilo, em sua cabeça o que pesa mais sempre é o que você pensa de si mesmo; e com isso em mente acaba projetando esses valores aos outros (tanto os referentes à você quanto os referentes aos outros).

Todos gostamos de coisas diferentes, sejam livros, filmes, carros ou pessoas. E esse tipo de diferença ajuda a moldar personalidades e priorizar vontades, objetivos e necessidades. Essa coisa toda que acaba pesando bastante quando queremos passar tempo com uma pessoa. Não necessariamente buscamos os mais parecidos, nem aquela merda de "os opostos se atraem"; procuramos sempre aqueles que nos deixam mais a vontade para sermos nós mesmos; voltando à questão do valor absoluto - buscamos o conforto de expressar nossos valores absolutos sobre tudo.

Se você não se sente confortável para ser absoluto com alguém, pode apostar que o oposto é valido. O resultado será dois inrustidos.

Entretanto, alguns tem mais noção de seus absolutos do que outros e/ou percebem o absoluto alheio mais rápido, e assim querem pular fora mais rápido (homens são mestres nisso). E é aí que entra a arte da rejeição, e o problema de encará-la bem.

Ao invés de relativizar os absolutos, o rejeitado costuma interpretar a rejeição como um ataque direto à sua pessoa. Não considera a simples e inofensiva incompatibilidade e todos os tons de cinza que ela carrega. Enxerga apenas em preto e branco o grande não que acaba de levar. Assim absorve aquilo como uma crítica direta à sua pessoa, como se ela fosse uma pessoa ruim, tosca, mal-feita e que nunca ninguém vai querer.

Não é bem assim, é uma questão de falta de equilibrio. Ser rejeitado não significa que você é um lixo, significa que apenas não é a sua vez. É uma questão de preferência, não de utilidade. Alguém do nosso tamanho eventualmente chegará.

Por favor, não estou tentando simplificar a questão. Estou querendo apresentar uma interpretação possível, ao menos é assim que eu encaro de maneira geral. Claro que já conheci demônios de carne e osso que não valiam um aceno, e esses vão queimar no inferno; e são geralmente os mais sem noção. Cada um sabe de verdade o quanto vale, e nem todos podem pagar nosso preço.

OBS: Preciso começar a escrever auto-ajuda.
OBS²: Se você for aquela ruiva gostosa que eu chutei, esse texto não é pra você. Te chutei porque você é uma anta mesmo.

mulher: bicho inagradável

Hoje encontrei com uma amiga no escritório e comentei:

"Nossa, você está bonita hoje."
"Obrigada...
Só hoje?"

"Deixe-me mudar a frase: Você é bonita, mas hoje está mais arrumada."
"Eu costumo ser bagunçada?"

Quando uma mulher não quer um elogio, nada a fara aceitá-lo. Melhor eu ter dito que era um desastre completo e que nem plástica salvaria.

Existe a possibilidade de as pessoas estarem acostumadas comigo escrachando geral e simplesmente não acreditarem nos meus elogios. Quando na verdade justamente por isso elas deveriam ficar o dobro de lisonjeadas, meus elogios são raros, portanto, valiosos.

sexta-feira, janeiro 25, 2008

seja gentil com estranhos 3

Hoje foi minha vez de ser gentil. Estava em um cruzamento próximo à estação Paraíso com o vidro arreganhado. Logo uma menininha pedinte se aproximou, e não podia por bem subir o vidro literalmente na cara dela. Então quando ela me pediu um trocado eu neguei, como faço de costume. Mas em seguida ela viu os dados de pelúcia que tenho pendurados em meu retrovisor, presente da minha irmã.

Ela logo os pediu, eu neguei com a mentira de que era um presente da ex-namorada, e se comprasse um novo não seria a mesma coisa. Ela então saiu dizendo que devia um presente a ela.

Foi então que me lembrei de uma Pucca do McLanche Feliz que estava perdida no carro. Procurei e logo dei para a menina, que feliz agradeceu.

Minha lógica foi: O que diabos um aliciador pode fazer com uma boneca de plástico? Não custa nada alegrar um pouco a vida da menina com um brinquedo inocente. Bem, na verdade custou, já que a Pucca não era minha, mas sim do Fábio.

quarta-feira, janeiro 23, 2008

o ano do rato


Não percam a 3ª Festa do Ano Novo Chinês na Liberdade esse sábado e domingo. Estarei lá no sábado.

don't!


Para nós que não tivemos grindhouse na íntegra, aqui todos os trailers falsos. O melhor continua sendo o de Machete, que aparece no começo de Planet Terror (e vai virar filme afinal).

terça-feira, janeiro 22, 2008

keep the faith


Ontem, conversando sobre música, o papo acabou seguindo uma vertente meio gay, onde Britney Spears, Kylie Minogue e Justin Timberlake foram mencionados (e eu gritei AC/DC para me salvar). Invariavelmente caimos em Madonna, e declarei que não gosto.

Especialmente agora, mãe de dois, casada e já coroa. Ela insiste em ficar fazendo declarações e performances sensacionalistas, dignas de uma adolescente revoltada. Como esse lance da cruz espelhada que coloquei aí em cima. Me pergunto qual o nível de ridículo que uma pessoa dessa tem? Alguém que sai pulando de religião em religião tem a pachorra de ficar humilhando a religião dos outros. Se continuar assim ela vai acabar virando uma caricatura de si mesma (se já não virou) e ficar uma mala sem alça no melhor estilo Dercy Gonçalves.

Mas não é bem sobre isso que quero falar. Todos sabem (ou deveriam saber) que sou uma pessoa secular, e acredito que nossa sociedade como um todo deve ser regida por princípios seculares. Nada de falsas moralidades baseadas em mitologias. Não que mitologia não me interesse, sendo um amante de fantasia e ficção-científica, acredito que esse interesse esteja subentendido.

Entretanto, várias pessoas à minha volta, por seus próprios motivos, seguem vidas nada seculares, e escolheram suas próprias religiões para seguir. Minha avó reza para mim todos os anos, e faz questão de me dizer isso em meus aniversários. Imagino que se eu fosse Madonna acharia isso um absurdo e ficaria puto. Pelo contrário, fico muito feliz.

Não que eu acredite em sua reza. Mas essa é a maneira dela me oferecer algo, e tomar uma atitude real quanto ao meu bem estar. O efeito disso é irrelevante. O que importa é o ato em si, que demonstra compaixão e preocupação. Se ela acredita que está me fazendo bem, sem hipocrisia, e não estou sendo perturbado em qualquer esfera, do que eu tenho que reclamar?

Nesses tempos recentes, confesso que tenho sentido falta da fé em algo maior simplesmente para ter um poder mágico ao qual recorrer e pedir coisas. Não que minha vida esteja uma merda, pelo contrário, está bem movimentada e divertida, mas com o movimento vem decisões e turbulências, que as vezes são difíceis de lidar.

Então, como sempre, recorro aos meus amigos. Conto as fofocas e choro as pitangas. E ontem especificamente, pedi a um deles para rezar por mim. Pois eu não poderia fazer isso, não acreditando, seria uma mentira. Já ele, acreditando, faria alguma diferença. Talvez meu ponto esteja confuso. Não estou tentando avaliar quem está certo ou errado na questão religiosa. Mas em termos de fé, no caso dele estar certo, seus esforços serão sinceros e puros, gerando assim algo de positivo. No caso dele estar errado, ninguém sairá perdendo: ele desejará o bem ao próximo e eu me sentirei querido. De qualquer maneira, na pior das hipóteses, uma conexão humana será estabelecida.

tecnologia a favor do desperdício

Desde pequeno fui ensinado a fechar a torneira enquanto escovo os dentes, e conforme cresci, lavar o rosto e fazer a barba. Ao mesmo tempo, aperto o botão do elevador apenas em uma direção: a que me interessa ir.

Aliás, isso é algo que poucas pessoas parecem compreender. O elevador sabe onde ele está, e sabe de onde o estão chamando. Não sabe apenas para onde você quer ir. E ele irá buscá-lo quando estiver indo na mesma direção para onde você vai, assim economizando energia. Ou seja, se você vai ao 5º andar, o elevador está no 20º, e você no primeiro; não precisa apertar para baixo para ele descer, ele sabe que o térreo é para baixo, aperte para cima, pois é pra onde vamos. Já até saí no tapa com minha irmã por isso.

Dito isso, recentemente meu prédio instalou displays de andar em todos os andares. Assim você sabe qual dos elevadores está mais próximo e pode chamar apenas o que está mais próximo, assim economizando energia. Entretanto, esse simples conceito ainda não foi captado por todos do meu condomínio, já que muitos continuam chamando dois elevadores, a ponto de papel ter que ser gasto pedindo para que não se faça mais isso.

Enquanto isso, em uma determinada agência em que estou temporariamente, o mictório possui detectores de pinto para dar descarga automaticamente, e a torneira é daquelas de botão. Mas hoje mesmo testemunhei um sujeito já possuidor de cabelos brancos, segurando o botão da torneira enquanto escovava os dentes.

Moral da história: Não há tecnologia que barre o desperdício por ignorância.

thin air


Não gosto quando só fico cuspindo vídeo aqui, mas esse é muito engraçado.

double jeopardy

Pra quem ainda não se inscreveu, perdeu a promoção de fim de ano, ou não ganhou um convite meu pro CampusParty, estão rolando duas promoções simultâneas: aqui e aqui.

E corram, só tem 250 vagas sobrando, e diminuindo a cada dia. Quem ainda não entendeu o que é Campus Party está perdendo tempo.

UPDATE: Estudantes de Jornalismo e RP podem estagiar do CP com ajuda de custo.

domingo, janeiro 20, 2008

quinta-feira, janeiro 17, 2008

clean air




Agora que o MacBook Air saiu, todos estão debatendo se ele vale o preço abusivo que tem. Pessoalmente não tenho utilidade para um notebook que depende total e completamente de outro computador. Querendo ou não, ou você gasta ainda mais comprando acessórios que no fim das contas derrotam o propósito de ter algo pequeno e leve; ou regularmente precisará estar perto de outro computador para suprir a falta de um drive de DVD e a presença de uma única porta USB (e nenhuma porta de rede, apenas wi-fi).

Como regra, não acredito em pagar mais caro por algo apenas por ser pequeno (especialmente quando ele tem menos recursos que outros mais baratos). Talvez abra excessões no caso da pequeneza ser algo que de fato mude minha interação. Cabendo em um envelope ou não, o Air ainda é carregado e usado da mesma maneira que qualquer outro notebook, pode ser mesmo mais leve, mas eu não costumo sair em caminhadas com computadores à tira-colo. Se fosse algo absurdamente mágico, como um notebook que dobra todo e cabe no meu bolso, aí sim eu o consideraria mais.

Com tais recursos, o Air mais parece uma plataforma para executivos em salas de embarque ou um visualizador de slideshows em reunião. Claro, que numa roupagem ultra-chique. Na batalha entre os notebooks ultra-light, o vencedor, por incrível que pareça, é o Dell XPS.

Claro que admiro as conquistas do produto, a engenharia por trás é admirável. Em especial por um fato que as pessoas parecem não estar falando o suficiente. o MacBook Air é o computador mais amigável ao meio ambiente produzido pela Apple até hoje. Ano passado a Apple sofreu bastante no ranking de eletrônicos montado pelo Greenpeace (agora é a vez da Nintendo sofrer). O Air é uma boa reação à isso, com menos PVC e mercúrio e livre de bromo

Assim, a maior conquista do Air não é ser mais leve na sua mochila, mas mais leve na sua lata de lixo.

segunda-feira, janeiro 14, 2008

iDork


Nos últimos dias de 2007 eu andei com minha fabulosa Katrina (um Ka, pra quem não decifrou esse nome super enigmático) paralelamente à uma Porsche a cinquenta quilômetros por hora em uma estrada. Sim, não estou mentindo, e estava a essa velocidade pois meu vidro estava estilhaçado e não queria que ele desmoronasse lançando cacos mortais sobre os ocupantes. Eventualmente a Porsche me deixou para trás em tremendos 70 mk/h. Tenho testemunhas.

Claro que não estou contando isso para me gabar, mas sim para ilustrar uma situação extrema em que uma incrível ferramenta é usada por um completo idiota que não sabe tirar proveito dela. Vemos isso o tempo inteiro: carros caros com motoristas terríveis; computadores velocíssimos nas mãos de operadores de Word ou, para as meninas, belas jóias enterradas em cabelos e maquiagem tenebrosos.

No mercado de trabalho isso também acontece muito. Claro que com o desenvolvimento tão rápido da tecnologia fica difícil explorar ao máximo todas as ferramentas disponíveis, mas ao menos uma ou duas devemos nos dedicar a compreender plenamente, mesmo que para descartar. Um bom profissional de qualquer área não depende de sua ferramenta, ele se vira com o que tem, e mesmo que o resultado saia cru, é possível ver nele a qualidade de alguém dedicado.

Boas ferramentas facilitam o bom trabalho, claro, todos sabemos. Mas se você é um fotógrafo porcaria, não adianta comprar uma câmera melhor. E se seu gosto musical é uma merda, ter um iPod não o deixará mais cool. E é por isso que estou escrevendo isso. Hoje no metrô havia um sujeito que era o típico analista de sistemas dos anos 80, daqueles que trabalha com mainframes em porões empoeirados e não têm discernimento suficiente para usar uma camisa não-xadrez ou colocar a cintura da calça em qualquer lugar que não acima do umbigo.

Ele possuia um iPod, ou ao menos o fone de um. E provavelmente estava ouvindo Enya, Mike Oldfield, Yanni, David Arkenstone ou qualquer coisa horrenda assim. Bom, só pra dizer isso mesmo: Não importa qual embalagem feita pelos outros você dê ao seu gosto ou seu trabalho, ele continuará sendo uma porcaria se você assim o fizer.

É como em Mateus 7:6 - "Não deis aos cães o que é santo, nem lanceis ante os porcos as vossas pérolas"

domingo, janeiro 13, 2008

namoro sobre rodas


Estou de novo namorando scooters à distância, em especial as elétricas. Depois desse video fiquei ainda mais curioso para fazer um test-trive, ainda mais abendo que a motor-z está para lançar um modelo mais potente, de 1000W.

bye bye bill


O que me irrita em Appletards é justamente o fato de serem tards. Acreditarem que Steve Jobs é um deus perfeito sendo que ele não é capaz nem da humildade de usar roupas diferentes de vez em quando. Não que ele não seja um cara muito esperto, mas pensando bem, isso o Bill Gates também é, se não fosse, não seria podre de rico.

Mas claro, não consigo pensar em nada mais deprimente do que ser um Microtard (a não ser que você seja Gates ou Steve Ballmer).

Mas a diferença ao menos está no humor, algo do qual tenho que admitir, Gates tem; sendo capaz de tirar com a própria cara e até mesmo fazer piada com o Windows Vista. Simpático.

confissões galacticas



Não seria meu blog se não houvesse algo de BSG logo no começo do ano. Tem um outro preview com entrevistas no youtube mas não vou colocá-lo aqui pois contem spoilers descomunais. Também há outras versões desse mesmo teaser com personagens e frases diferentes.

Mais uma vez digo: quem não vê está perdendo! Só não acredite no lançamento em março no final do vídeo, pois será em abril.

sábado, janeiro 12, 2008

o que é nosso por direito


Me lembro de uma amiga que viveu por um tempo na Inglaterra, e depois de ter voltado ao Brasil recebeu uma grana do governo inglês referente aos impostos que pagara mas dos quais não tirara proveito. Não sei bem como isso funciona, mas lembro que fiquei triste (mais uma vez) pelas coisas no Brasil não funcionarem dessa maneira.

Entretanto o Estado de São Paulo começou a caminhar nessa direção. Desde o ano passado foi lançado o programa Nota Fiscal Paulista, sobre o qual eu ouvira falar marginalmente. Basicamente basta fornecer seu CPF ao pedir a nota fiscal em qualquer restaurante, e acumular créditos no estado que futuramente poderão ser utilizados em descontos no IPVA, crédito em cartão e outros usos.

Trabalhando fora de casa essa semana, tenho comido fora bastante, e no Shopping Villa-Lobos a maioria dos estabelecimentos estão já treinados para pedir seu CPF na hora da compra. Foi então que resolvi olhar melhor o programa, e embora não seja o ideal, já é algo do qual sinto orgulho de ver por nossas terras.

Uma das belezas do programa é que o consumidor não precisa fazer nada para participar fora fornecer seu CPF. Apenas para consultar e utilizar os créditos existe um pouco de trabalho, mas que pode ser realizado on-line. Residentes em outros estados fazendo compras por aqui também podem participar. Além dos restaurantes, há um cronograma de implementação para outros estabelecimentos, confira:

Outubro/07: Restaurantes
Novembro/07: Padarias, Bares, Lanchonetes e outros
Dezembro/07: Artigos Esportivos, Óptica, Fotográficos, Viagem e outros
Janeiro/08: Automóveis, Motocicletas, Barcos, Combustíveis e outros
Fevereiro/08: Materiais de Construção
Março/08: Produtos para Casa e Escritório
Abril/08: Produtos Alimentícios e Farmacêuticos
Maio/08: Roupas, Calçados, Acessórios e outros

Agora é sair cuspindo o CPF por São Paulo e denunciar os estabelecimentos que não estiverem dentro do esquema. É bom mesmo ver alguma coisa de fato voltar às nossas mãos.

sexta-feira, janeiro 11, 2008

water4fuel



A imagem é ótima, mas o site é tosco demais pra ser verdade. Não dá pra acreditar. Pelo menos o tal gas mencionado é real. Quem quiser conferir tem também vídeos no YouTube.

2008

Começou! Bom, a vida continua. As mesmas decisões de sempre a serem tomadas. Em termos de blog, espero continuar falando de coisas mais interessantes do que minha vida pessoal. Pretendia fazer um post super interessante de inauguração do ano, mas a hora disso já passou, portanto fiquem só com essa porcaria.