sexta-feira, maio 27, 2005

galactica

Demorou, mas finalmente consegui assistir Battlestar: Galactica. E digo o seguinte: Assistam.

Vi apenas dois episódios, do final da primeira temporada (a segunda ainda não estreou nos EUA). Mas achei o que vi excelente. Boas seqüências de ação, história intrigante, bons diálogos e ótimas interpretações. As coisas ainda estão um pouco confusas pra mim, me parece um universo muito bem estabelecido. A desvantagem da série está justamente em sua complexidade, sempre há muitas coisas acontecendo ao mesmo tempo, as vezes mais do que em 24, e pra quem está embarcando agora fica difícil acompanhar, e isso também complica a dinâmica da história, com problemas de compasso entre as cenas. Mas nada grave, longe disso.

Depois dos finais de Star Trek e Star Wars terem sido tão amargos (ao menos pra mim) ficou um grande vazio em meu coração de ficção científica em termos de grandes sagas. Mas Galactica rapidamente preencheu isso. Não só é boa ficção científica, como é bom drama em geral.

A Terra acabou. Dizimada pelos Cylons, máquinas que nós criamos. Agora, uma frota de naves do que restou das colônicas humanas tenta acabar com a ameaça Cylon enquanto busca a mítica Terra e estabelecer a civilização em um planeta.

Terças e Sábados à noite na TNT. E melhor ainda, no site oficial há o primeiro episódio de graça, sem intervalos pra assistir.


e alguns parecem, e pensam que são, humanos

flickr


IMG_9479
Originally uploaded by f_mafra.
Nunca pensei que postaria a foto de um gato! Acho meio meloso demais pessoas que ficam falando o quanto seus gatos são fofos e quanto os amam.

Mas isso é só pra mostrar o novo recurso da net que estou usando, o flickr. Por ser grátis tem suas limitações, mas tem coisas muito legais como colocar tags pra organizar as fotos, esse botãozinho dinâmico aí do lado e o lance que estou usando agora, de postar a foto direto no blog.

Ah, sobre o gato: É o Horus, o gato da Bianca. Ele até que é legal, mas as vezes enche o saco.

movieline

Andei assistindo a alguns filmes essa semana.

Sob o Domínio do Mal (The Manchurian Candidate): Remake de um filme com Frank Sinatra, agora com Denzel Washington. É médio. É um thriller paranóico político. Tem uma temática interessante, que merece ser explorada, especialmente eu, que temo as corporações, mas o filme não perde seu grau de previsibilidade e um tom de ficção científica barata. Não há pressa pra assistir, mas com certeza fiquei curioso pra ver o original.

Peixe Grande (Big Fish): Eu já tinha visto no cinema, e o filme realmente é fantástico. Lindo, maravilhoso, bem escrito, bem conduzido, com boas atuações e merece ser possuído por mim. Sempre gostei de bons finais, e pra mim esse filme inteiro é sobre um final, um final para uma história espetacular.

Lisbela e o Prisioneiro: Bem legal. Sem grandes firulas. Comédia Romântica com elementos da cultura brasileira. Bem-humorado e bem feito. Merece ser visto. A Mi fez uma observação muito pertinente. Após apenas uma cena juntos acreditamos que os personagens principais estão apaixonados, algo que dois filmes e meio não fizeram em Star Wars (tá certo que a temática cômica de Lisbela ajuda nessa aceitação, mas cada gênero tem seu desafio, desafio esse que SW não chegou nem perto de vencer).

Alien vs Predador: Sou fã dos Aliens e gosto muito do Predador. Consigo até ver o valor de Alien 3. O filme é entretenimento barato. Barato mesmo. É daqueles filmes que eu sei que é ruim, mas me divirto vendo. Não no mesmo nível que Battlefield Earth ou House of the Dead. Eu genuinamente me diverti. Mas muitas oportunidades foram desperdiçadas, e o lance de fazer acordo com Predador não colou comigo nem um pouco. É uma visão muito ingênua e simplista da coisa. Tem umas boas seqüências, e o esqueleto da trama não é de matar, mas o resto deixa a desejar. Eu tenho uma idéia muito melhor pra um filme dos dois bichos, assim como uma melhor pra Resident Evil, deviam botar esse Paul WS Anderson na rua e me contratar.

terça-feira, maio 24, 2005

kanedaaaaaaaaa

Bom, não precisa ser um veículo do passado. Além de ficar namorando fuscas, ando flertando com a idéia de ter uma motoca, e então esbarrei na mais legal de todas na net:

sexta-feira, maio 20, 2005

rua augusta

Nossa, quero muito um fusca. Mas além dele, agora fico namorando lambrettas das antigas também, bicolores obviamente. Eu sou um playboy da época em que a Augusta não era um reduto de putas, mas sim o lugar que se cruzava a 120 por hora.

quinta-feira, maio 19, 2005

oh vader, where are though?

Bem, ontem eu disse pura e simplesmente que o filme era ruim. Mas talvez não seja tão simples assim.

Meu ranking Star Wars em ordem decrescente é:

Império Contra-Ataca
Nova Esperança
Retorno de Jedi
Vingança dos Sith
Ataque dos Clones
Ameaça Fantasma

As seqüências de ação são muito boas, com destaque para a luta no planeta vulcânico, não só uma boa luta, mas com um fator dramático que conseguiu se salvar no meio do roteiro mal acabadinho. A história é boa quanto os diálogos são horríveis. O amor entre o casal principal ainda não dá pra engolir e Amidala não faz nada além de engravida e parir. A revelação de Sidious é legal mas tem uns detalhes que podem instigar risadas. A transformação definitiva em Vader é decepcionante, já que culmina em um xilique.

O que me deixou meio confuso foi o tempo transcorrido no filme. Alguém que for assistir podia prestar mais atenção nisso e me iluminar, a barriga de Amidala incha em questão de minutos e as viagens interplanetárias são praticamente instantâneas (sempre foram assim na saga?).


Agora, se quiserem mais detalhes, eis alguns pitacos sobre questões específicas:

A trama: É boa. Tudo faz sentido. Até aquele engodo de midi-chlorians parece ter um propósito (apenas não digo que era realmente necessário). O arco realmente se fecha e é plausível entender como uma República bonitinha virou um Império impiedoso e como aquele que deveria ser o maior Jedi de todos os tempos acabou caindo pro Lado Negro.

Os diálogos: Seria novidade dizer que são uma porcaria? Eles realmente quebram o clima e tiram a força da história, você acaba tendo que ouvir coisas tão mal escritas e mal interpretadas que se sente incomodado.

Cenas de ação: Todas muito boas, as tretas Jedi são eficientes e as vezes meio confusas e talvez desastradas (o Mace Windu solta umas caretas), mas eu conto isso como positivo.

General Grievous: Pra quem não viu o desenho animado Clone Wars ele é algo totalmente novo, pra quem viu, pode haver um grau de decepção. O visual do bicho está realmente muito legal, os movimentos e tudo o mais, e o close-up do olho dele talvez seja o melhor enquadramento de todo o filme. Mas ele passa a maior parte do tempo fujindo e pulando do que de fato lutando sujo, mas quando a luta acontece é legal.

Darth Sidious: Se você é tão cego quando o conselho Jedi e não percebeu o óbvio ululante eu não estou aqui para entregar a trama e dizer quem é a figura. A revelação dele é interessante, e eu fiquei meio em dúvida quanto a transformação física pela qual ele passa. Só acho que o biquinho adiciona um fator cômico totalmente desnecessário.

Padmé Amidala: De uma política inexperiente ela passou pra uma gostosinha que dava tiros para terminar como a dona de casa chorona porque o marido não vem pra casa. Ela não vaz muito além de engravidar e parir. O que é extranho é que logo depois de contar a notícia pro maridão ela já está com um bucho considerável.

Obi-Wan Kenobi: Eu conclui que toda essa nova trilogia na verdade mostra o quanto ele é massa. Ele é o personagem que realmente se desenvolveu durante os três filmes e teve uma trajetória convincente. E Ewan McGregor parece tirar proveito dos bons momentos e passar por cima dos diálogos ruins como um trator.

Yoda: Ele precisa mesmo soltar a bengala e puxar um sabre de luz?

Anakin Skywalker: É um pobre coitado. Depois de se comportar como um adolescente mimado de hormônios à flor da pele (como ele continua fazendo) ele fica pulando de um lado pro outro como uma bolinha de pingue pongue e na verdade ninguém dá a mínima pra ele, todo mundo só quer saber de mantê-lo na coleira com seus poderes absurdantes. O que em termos de trama é bom, mas o roteiro faz de uma forma chinfrim. E Hayden Christensen tem as mesmas qualidades de interpretação quanto a porta do meu banheiro.

Treta no planeta vulcânico: Muito legal. Boa mesma, até o diálogo de despedida de Obi-Wan ficou legal, ajudado em muito por McGregor.

E agora o momento que todos esperavam, Darth Vader: Quando finalmente o vemos de roupa e capactece, ele anda como o monstro de frankenstein e em seguida dá um xilique!

Tentei ser o menos estraga prazeres possível. O filme merece ser visto, tirem suas próprias conclusões, e depois posso debater mais com quem viu para chegar a novas. Bom filme.

it's alive! it's alive!

Acabei de voltar da pré-estréia de Episódio III, e se você não gostou dos dois anteriores é bem possível que partilhe a minha opinião sobre esse filme: ruim!

Fui simples pois quero dormir, quem sabe depois eu falo mais. Mas já dou a dica: Palpatine não é Darth Sidious, é o Doutor Frankenstein!

quarta-feira, maio 11, 2005

captain, she's givin' all she's got!

Existe um diálogo em Star Trek III que é mais ou menos assim:

Scotty: Os reparos devem levar oito semanas senhor, mas eu consigo fazer em duas.
Kirk: Sr. Scott, você sempre multiplica seus cáclulos por quatro?
Scotty: Claro senhor, senão, como vou manter minha fama de milagreiro?


Pois então, eu não sou o Scotty, não sou milagreiro. Se me dão uma tarefa e pedem uma estimativa de tempo, eu sou sincero e tento dar o tempo em que eu realmente acredito consigo realizar tal tarefa. Existe sempre uma grande chance de que eu erre, pra baixo ou pra menos. Se eu termino antes, viro milagreiro, se eu termino depois, viro enrolador. E eu não gosto de ser enrolador, mas também não tenho a necessidade de ser milagreiro, de sair por cima, sabe? Quero ser honesto e espero o mesmo dos outros.

Pois então, fico puto quando simplesmente limam minha estimativa e a dividem pela metade como se eu fosse algum trouxa. Pior ainda, fica aquela impressão de que eu estou tentando é embromar, dar um prazo longo só pra poder ficar batendo punheta ao invés de trabalhar. O que isso diz sobre mim? Cadê a confiança?

"Mas isso é porque eu honestamente acho que dá pra fazer em menos tempo." Ah, maravilha, então eu tenho que fazer tudo correndo para satisfazer as espectativas fantasiosas alheias? Seja realista! Isso ainda por cima vindo de quem não tem a menor noção de tempo, para quem cinco minutos se esticam até uma hora.

Existem certas coisas que eu não gosto de fazer com pressa, justamente porque as chances de dar merda aumentam proporcionalmente, especialmente quando há muitos elementos sobre os quais eu não tenho controle, não posso adaptá-los, tenho é que me adaptar a eles. E ai, como faço dentro do limite de tempo? Sento e choro ou faço de qualquer jeito? E depois estou sujeito a reclamações do mesmo jeito.

Pra mim é uma questão de respeito. Pura e simplesmente. Respeito pelo meu trabalho e pelo meu caráter.

Se quiser impor limites, escolha um, ou o tempo, ou as tarefas. Alguém tem que ceder.

Nota pessoal: Aprender a escrever posts mais sucintos e instigantes e não desabafos anonimos que pra quem sabe fica bem óbvio.

sidecar

Vou contar um pouco sobre como as coisas estão indo. Pra começo de conversa, Moeda é um lugar agitadíssimo, ao menos arqueologicamente. Eu não tenho base de comparação, sequer perguntei pro Alastair e o André se eles partilhavam da minha impressão, mas o lugar é cheio de sítio pra todo lado, não teve um dia em que não encontrássemos ao menos quatro estruturas ou ocorrências relevantes.

Bom, o trabalho é puxado, tem que andar bastante carregando bastante coisa. E sempre tem bastante coisa pra registrar, tudo é bastante.

Agora o trabalho meio que se sistematizou e nos dividimos em duas equipes principais: De prospecção (que percorre faixas selecionadas em um mapa da região a ser prospectada, não dá pra andar literalmente tudo, só as faixas já tá difícil) e de registro (que após a equipe de prospecção ter percorrido uma faixa e achado coisas relevantes, vai lá e registra em fichas e fotografias).

Na verdade a equipe de registro é simplesmente eu e outra pessoa, é só isso que precisa de fato. Por enquanto a outra pessoa foi só a Janine, mas acho que vai rolar um rodízio. O que ao meu ver será ótimo, assim a pessoa que percorreu a faixa hoje, e sabe onde estão os achados, vai comigo amanhã no ponto exato pra registrarmos.

O ideal seria ter mais um GPS (temos 2, os dois na equipe de prospecção) e uma moto potente, tipo bmw, com sidecar, tudo isso só pra equipe de registro.

No geral eu estou gostando do serviço. Acho que já tenho um entendimento bem claro de como as coisas devem ser feitas e tudo o mais. Mas eu estou cheio de picadas e carrapato e formiga, tanto que até fui no dermatologista.

Repetidas vezes o André me perguntou se eu estou gostando do trabalho. E realmente estou. Mas nesse último fim de semana ele perguntou se eu preferia estar em um escritório. Na verdade eu não sei, gosto também da vida de escritório, desde que seja um lugar que preste. Sou um cara bem urbano afinal.

A grande verdade é que sempre estou indeciso. Gosto também das coisas que rolam no mato, eu só não gosto de situações extremas. E gosto de um ambiente agradável de trabalho, nada de gente fazendo intriginha ou querendo mostrar serviço à toa.

Rolam sim momentos de stress, mas pra que vou ficar fritando neles aqui. Eu acho que é um trabalho nobre com um objetivo louvável, e estou fazendo o que posso para contribuir. Ao mesmo tempo também rola camaradagem, muitas besteiras e muitas risadas. Tem um esforço coletivo entre todos para se darem bem sem parecer forçado, sem deixarmos de sermos nós mesmos.