segunda-feira, julho 19, 2004

bh chronicles

Tudo começou há duas semanas. Decidi que iria para Belo Horizonte. Mais que rapidamente contactei meu bom amigo, hóspede e anfitrão constante, André. Ele mencionou que viajaria um dia antes da minha chegada, mas que eu poderia me hospedar em sua casa sem problema algum; algo que ele já havia oferecido em uma outra oportunidade mas acabou não acontecendo. Fiquei contente e aliviado e me preparei psicologicamente para tudo.

Na semana seguinte confirmei minha ida e ele disse que deixaria as chaves da casa na Rádio de seu pai, a Geraes FM. Perfeito. Dois dias antes da ida ainda liguei em sua casa, onde deixei um recado na secretária eletrônica imaginando que eles já havia partido para sua grande viagem sul-americana. No dia posterior tentei mais uma vez, e novamente ninguém atendeu, mas agora não deixei recados.

Então parti na terça à noite acompanhado de Marcos e na quarta de manhã fomos recebidos na rodoviária pela Mi. Fomos de táxi, com mala e cuia (e que mala!) direto para a geraes. Eram 8:30 e para meu espando não havia ninguém lá, o lugar estava fechado e vazio, no radio a programação continuava, e não tão espantosamente não havia qualquer locução, apenas musicas e vinhetas prontas. Começando a preocupar-me, ligo para o André, mais uma vez sem resposta, tento o Hugo, para me salvar, e obivamente ele provavelmente estava dormindo; Gabi então é convocada, e já está a caminho para nos ajudar. E é esperando a Gabi que a mocinha da rádio, cujo nome me escapou chega. Apenas para dizer:

"O André não deixou nenhuma chave"
e completar:
"Ele ainda está em BH"

Ela ainda confirma com Gil, o motorista da família. E é verdade. Tento ligar novamente para o anfitrião e fico sem resposta. Gabi chega em seguida e nos acolhe em seu lar. Almoço gostoso, uma cochilada e altos papos depois finalmente consigo falar com André.

Já acolhido em seu lar, Marcos e eu socializamos com a nova namorada, a tia/sogra e Alastair. Minha namorada chega e estamos preparados para levar o grupo até o aeroporto. Como sempre, saímos atrasados, ainda temos duas paradas pra fazer, na hora do rush mineiro (que equivale às 4 da tarde em SP). Uma das paradas é totalmente infrutífera e a segunda parada é abortada, fica decidido que eu e Mi deixaremos a tia na rodoviária na volta do aeroporto.

Acabamos chegando no ultimo instante e tudo dá certo. Deixamos a tia e voltamos pra casa. Até aí ainda tudo estava tranquilo até que....

Na sexta-feira à noite, prester a finalizar o jantar que estava preparando; o telefone toca, é o André com problemas para cruzar a fronteira. Ele recruta minha ajuda. Ele poderia ter resolvido atravéz de outros métodos e eu poderia simplesmente dizer que era fora de minhas capacidades ajudá-lo, mas por uma questão fraternal e de honra decido ajudar. Uma boa correria depois tudo parece que deu certo, afinal André não ligou novamente até hoje.

Na tarde seguinte, quando acordo, olho no lugar onde havia deixado a chave do carro (que usei na emergência da noite anterior) e não a encontro. Não dou muita bola pois creio que o Marcos ou a Gabi poderiam tê-la deslocado enquanto eu dormia. Marcos acorda e conta que a Gabi sequer subiu ao apartamento e que ele não vira a chave. Uma busca se inicia, sem sucesso. Mi sugere verificar se o carro ainda está na garagem. E não está.

No lugar, um Land Rover que conheço há anos com Gil, o mencionado motorista, dentro. Ele explica que Jeane (mãe do André) entrou no apartamento, pegou a chave, e levou o carro embora enquanto dormíamos.

Poxa, custava deixar um bilhete?

1 comentário:

Mi, de Camila disse...

Iara, o nome da moça da rádio.