terça-feira, agosto 09, 2005

o dia seguinte

Bem, vendo a reação do Marcos (e nossa posterior discussão) gostaria de deixar algumas coisinhas claras para que não haja um maior número de desentendimentos:

Não acho a bomba uma coisa bonitinha, e também não acho que os EUA a lançaram por compaixão. Se exibir e amedrontar a URSS talvez seja conspiratório demais, embora bastante possível, mas de fato creio que, além de economizar vidas de soldados perdidas em uma eventual invasão, lançar a bomba foi uma real maneira de testá-la, e compreender todos os seus efeitos.

Como eu falei, era outra guerra, e outros tempos. E o peso da guerra no Japão pesava sobre uma população que pouco ou nada podia fazer, apenas sofrer. Claro que houve um sofrimento gigantesco por parte de quem teve contato com a bomba, e fico deprimido quase ao ponto de chorar de pensar no horror que deve ser passar por isso.

Naturalmente, a história é escrita pelos vencedores, e como o próprio Robert McNamara disse, ele muito bem podia ter sido julgado e condenado em um tribunal de guerra pelas decisões que tomou, só não foi pois estava do lado vencedor. Na guerra, algo terrível, até o seu final vem com um gosto amargo.

A bomba não é algo fofo e legal. Eu apenas quis colocar o acontecimento em perspectiva e ver o que aconteceu depois dele: Rendição japonesa; ocupação americana; reforma no sistema de governo japones; renúncia à guerra; renascimento nipônico. Outras decisões poderiam ter o mesmo resultado, claro, mas estou tentando olhar para o que de fato aconteceu.

Bom, não sou o único que pensa dessa maneira, e tem vários que discordam. Que venham os debates!

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