sexta-feira, julho 20, 2007

aula de cinema 1: como não fazer um filme de ação - quarteto fantástico e o surfista prateado

Quando um filme ganha os tubos de dinheiro na estréia e na semana seguinte tem uma queda de 60% na renda, é sinal de algo muito simples: Ele não fez jus à antecipação.

Quarteto Fantástico 2 é assim. O filme é basicamente um saco. Se você achou o primeiro um filme fraco, vai querer se matar assistindo ao segundo. E aviso: A presença do Surfista não vale o preço do ingresso.

O filme se sustenta basicamente nas piadinhas estilo sitcom ruim que permeiam o filme inteiro, e são na verdade sua única constante. Elas são divertidas nos primeiros 10 minutos, mas depois da ponta de Stan Lee (que é a única coisa inteligente do filme) elas cansam, e muito.

O roteiro é risível, a tentativa descarada de mostrar uma tragetória "engrandecedora" nos personagens é mais uma piada de tão óbvia; tanto que só faltava ao final do filme aparecer o Gorpo ou o Mentor dando a lição de moral do dia. As explicações pseudo-científicas dadas para justificar o Surfista e Galactus são piores do que o technobable de um episódio ruim de Voyager. E como se não bastasse ainda temos um close ridículo no símbolo da Dodge quando surge o Fantasticarro.

Aliás, o Fantasticarro: Que merda. Se os executivos do estúdio não quiseram colocar Galactus em sua forma original dos quadrinhos pois pareceria bobo, qual a justificativa para o Fantasticarro? - Ah, eu mesmo respondi.

Falando em carros, a ação é besta. Quando você pensa que vai ver uma seqüência absurda, ela acaba no instante seguinte, e logo em seguida vem uma piadinha fora de lugar. Os efeitos especiais são competentes, especialmente para o Surfista, mas algumas seqüências pecam inexplicavelmente.

A presença e (falta de) lógica no raciocínio do Dr. Destino são um desserviço ao personagem. E o pobre Surfista (a verdadeira razão d'eu ter ido ao cinema) mal fala e não toma decisão alguma, ele é apenas uma ferramenta na mão dos outros imbecis personagens.

Eu até agora estou mesmo é embasbacado com a falta de coerência de um roteiro tão chinfrim.

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