quarta-feira, abril 14, 2004

jesus christ superstar

Acabei de ver A Paixão de Cristo com o Marcos. Eu gostei bastante. Não sou cristão, nem judeu. Sou agnóstico e analisei o filme friamente, e achei que é bom. Não me ofendeu e vejo apenas um pequeno potencial para ofender os Judeus. Na verdade me pareceu que os verdadeiros sádicos ali eram os Romanos, então quem tem que ficar revoltado são os italianos.

Valeu por finalmente esclarecer que Nicomedes (nome do meu pai) não ajudou Jesus a carregar a cruz, mas sim Nicodemos. E também por aprender de onde vem a expressão "lavo minhas mãos".

O filme é forte mesmo, tem bastante sangue e violência explícita; mas nada que quem tenha visto Irreversivel não possa aguentar (curiosamente ambos são com a Monica Belucci). Mas acho que a violencia faz parte da mensagem a ser passada. Que ao meu ver é explicitar bem a dor e o sacrifício de Jesus em nome de todos nós, inclusive em nome daqueles que lhe condenaram. Mas sei lá, muitas pessoas tem problemas em ver filmes com os quais não possam se identificar e/ou em que não acreditam (o que eu considero ser de uma ignorância ímpar, e é extremamente comum); acho que nunca tive grandes problemas com isso. Obviamente Gibson quer pregar com o filme; só que ele consegue fazer isso de uma maneira competente sem ser repetitivo (como digamos John Travolta com Battlefield Earth ou Xuxa com Xuxa e os Duendes).

Pra mim é mais ou menos como assistir Senhor dos Anéis. Eu fiquei convencido do fardo carregado por Frodo e todo o cenário que cercava aquela história principal; me envolvi no filme. A mesma coisa aconteceu com a Paixão. Não chorei em nenhum dos dois, como algumas pessoas o fizeram, nos dois também. Mas cada um encara o filme de formas diferentes.

Mas que o filme é bom, isso ele é.


"Pai, perdoa-lhes! Eles não sabem o que estão fazendo!" (Lucas 23:34)


Resolvi dar uma conferida na Biblia, e não encontrei algumas coisas que aparecem no filme, como a lavagem das mãos de Pilatos. Mas me parece que o filme é bem baseado no evangelho de João (mais precisamente João 18 em diante), vale uma conferida; o filme não equivale a mais de 4 páginas.

Sem comentários: