quarta-feira, fevereiro 25, 2004

leaving hope

E mais uma vez perdi tudo que tinha em meu HD pessoal. Ser relapso e não fazer back-ups finalmente deixou conseqüências. Se alguém que lê isso aqui tiver algum trabalho meu que eu tenha mandado, ou que tenha feito junto comigo, por favor me avisa pq eu gostaria muito de ter de volta.

big fish

Vi esse filme ontem. É muito muito legal. Tim Burton se redimiu depois da Cagada dos Macacos com esse.

Achei bem simples e direto, mas ainda dá pra tirar alguma coisa. Claro que se vc tem um coração de pedra num vai tirar nada. Me fez pensar numas cosias. Especialmente depois de recentes eventos.

O que é a sua vida, afinal? De que ela valhe? Qual foi sua contribuição pro mundo? E praqueles que estavam bem ali do seu lado? Quem gosta mesmo de você vai sempre te entender? E vice-versa? Não necessariamente, mas espera-se sempre o esforço.

O que é a verdade? O que você conta é mais ou menos importante de como você conta? Ouvi dizer que um bom contador de histórias é aquele que conta a história que quer ser ouvida. Se sua história é um saco, mesmo que você entupa de palavras bonitas ela continuará um saco. Mas se você mudar a história, com as mesmas palavras pode ter outro efeito.

O que é mais importante, ser compreendido ou ser amado?


Most men, they'll tell you a story straight true. It won't be complicated, but it won't be interesting either.

and all that could have been

Só pra dizer que esse CD é muito melhor do que eu esperava.

Sempre que vejo CDs ao vivo eu lembro do André reclamando, dizendo que é algo muito tosco, e que em estúdio tudo fica muito melhor e bla bla bla (que eu acho um argumento válido pra discos ao vivo gravados nos anos 60 onde a tecnologia era limitada e num dava pra ter realmente a mesma qualidade de som). E me faz pensar também como é apenas uma muleta pros pobres coitados que não foram no show; ou algo para fãs absurdos que precisam ter tudo comprarem. Outra coisa que sempre pensei de CDs ao vivo é que eles são uma forma de vc perceber como a banda resolve situações facilmente solúveis em estúdio, onde pode-se refazer a mesma coisa mil vezes, acrescentar zilhões de efeitos e mixagens, mas que numa performance em tempo real pode ser um grande problema; e nada eu fico muito satisfeito quando vejo que a banda resolve o que seria uma merda, de uma maneira muito boa.

No caso desta banda, Nine Inch Nails, ou desse cara, Trent Reznor; o CD ao vivo é uma mistura perfeita de tudo isso que eu penso, e nada daquilo que o André pensa. É deveras excelente pra quem ama a banda, e pra quem ainda não conhece direito também, fora que ajuda nós pobres brasileiros que jamais tiveram sequer uma chance de ver Reznor no palco.

Me lembro quando lançaram o CD Pulse do Pink Floyd, cuja caixinha tinha uma luzinha vermelha que piscava no que seria o mesmo ritmo de uma pulsação humana. Eu devia ter uns 12 anos, lembro que foi uma pagação de pau e era meio que um objeto de desejo de várias pessoas (inclusive meu, mesmo que, confesso, não tinha certeza do porque). Fui comprar o tal Pulse na galeria, usado, quando tinha uns 18 anos. Gostei realmente, mas aquilo foi o final da minha fase de curtir Pink Floyd (embora ainda ache legal). Pois bem, foi mais ou menos nessa idade que conheci NIN, e sempre curti, e meu gosto por Reznor só veio crescendo ao longo dos anos. Ele é pra mim o que Floyd deve ter sido pro meu pai; nesse mundo de música barulhenta NIN é o equivalente do Pink Floyd, na nova ordem, Industrial substitui Progressivo.

10 anos depois de PULSE, compro All That Could Have Been, e ele é para uma nova legião tudo que PULSE foi para a geração anterior; e possívelmente muito mais. Enquanto eu vibro com Reznor hoje, me pergunto ao som de que meu filho vai refletir...


for all we could have done
and all that could have been

sábado, fevereiro 07, 2004

dark water

Farei um resumão dos eventos dessa semana:

- Fui colocado em férias forçadas do escritório, por conta de falta de clientes, pouca grana e isso sendo agravado pelo roubo dos PCs na semana anterior (o prédio foi arrombado e roubaram todos os conjuntos). - Eles chamaram de férias, eu chamei de demissão mesmo.

- Decidi me auto-promover como designer gráfico e fotógrafo free-lance. Espero poder atualizar meu portfolio e lançar uma versão on-line brevemente.

- Um amigo de longa data está tendo problemas com uma perda.

- Fui pela primeira vez na reunião do núcleo de estudos de quadrinhos na ECA. Interessante. Manter um estudo paralelo apenas pelo prazer da pesquisa ajuda a manter o cérebro maquinando.

- Estou com dois contatos para um possível novo emprego. Vamos ver se algum decola.

- Assisti aquele filme japa, o Dark Water; muito bom. E também revi "A Lenda de Billy Jean", quem se lembra desse?

- Tenho uma reunião hoje. Dependendo do desfecho, teremos novidades interessantíssimas.

segunda-feira, fevereiro 02, 2004

lost in translation


everyone wants to be found.


Só da Japão e cinema. Vi esse filme no sábado com a Ivy. Realmente muito muito bom. A tal Sofia Coppola realmente manda bem (quem não viu, recomendo As Virgens Suicidas). Num farei uma review, já existem o suficente pela rede afora. Mas vou dar um pitaco aqui.

Uma das questões do filme se passar no japão é justamente para criar a situação na qual os personagens uma vez se encontrando, desenvolveriam tal relação. Em qualquer outra situação um teria passado desapercebido aos olhos do outro. Na verdade acho que isso é bem óbvio, talvez.

Mas o que quero dizer é que sem esse isolamento visível em um lugar tão estranho, aquilo que acontecia dentro deles não ficaria tão evidente, não apenas para o espectador, mas na cabeça dos próprios personagens. Charlotte diz a Bob que ele esta tendo uma crise de meia-idade, mas ela também está passando por uma crise (bem parecida com a minha e de outros tantos amigos meus).

São crises opostas. Bob com certeza já passou pela indecisão de que caminho seguir, e sua crise agora gira em torno de rever o caminho que segiui. O interessante é que ele em momento algum tenta ser o sabichão e fica dando conselhos prontos pra Charlotte. Mesmo na grande pergunta de "fica mais fácil?" o filme e os personagens acham soluções mais originais, mais simples e interessantes.

E é tudo isso e muito mais que torna esse filme maravilhoso. Eu ando muito bicha emo então eu dei uma choradinha no final, que fecha com chave de platina a questão. Ah, e a trilha sonora ainda é detonante.

A Karla também escreveu umas coisas legais sobre ele no blog dela, assino embaixo também.


for relaxing times, make it santori time..."

ghost in the machine

Só quero fazer umas declarações:

Odeio teclado de Macintosh
Odeio mouse redondinho de iMac antigo
Odeio internet explorer de Macintosh
Odeio ICQ de Macintosh

zankoku na tenshi no thesis

Ainda de cinema e agora na Terra do Sol Nascente, vamos pra umas notícias interessantes. Mais dois filmes de terror japa estão sendo refilmados para o público ocidental.

Um deles, chamado "The Grudge" será dirigido pelo mesmo diretor dos filmes originais (um tal de Takashi Shimizu); o que é bastante interessante. Fora isso, alguns atores do original irão se juntar ao time de atores norte-americanos. E como se isso não bastasse, o filme será rodado em Tokyo. Vamos ver se isso vai dar um resultado positivo.

O filme parece bem esquisitinho e é sobre quando uma pessoa amaldiçoada num momento de extremo ódio; então sua alma busca outro pobre-coitado para iniciar sua própria maldição.



O outro remake de terror japa será dirigido por Walter Salles. Isso que é globalização. Diretor brasileiro refilmando um filme japonês em Hollywood.

O tal filme se chama Dark Water e é sobre uma uma mãe divorciada e sua filha. Elas se mudam para um apartamento que logo apresenta infiltrações e estranhas aparições de uma bolsa infantil. E depois de um tempo surge a dona da tal bolsa.

O original anda passando no Max Prime e eu vi alguns pedaços, parece interessante.


immortel (ad vitam)

Agora de cinema, e vamos pra França. Pra falar de um filme esquisitão chamado Immortel (ad vitam). Escrito e dirigido por um quadrinhista chamado Enki Bilal; baseado em uma trilogia de quadrinhos dele mesmo.



Nunca li nada nem nunca tinha ouvido falar do cara até agora. O filme se passa na Nova York do futuro vai falar sobre uma jornalista que descobre que seus artigos estão sendo enviados ao passado de alguma maneira, ao mesmo tempo que tem que lidar com a morte de seu namorado alienígena.

Tem uma mistura de computador e gente, espiem só essas imagens. Tem dois teasers aqui.