lost in translation
everyone wants to be found.
Só da Japão e cinema. Vi esse filme no sábado com a Ivy. Realmente muito muito bom. A tal Sofia Coppola realmente manda bem (quem não viu, recomendo As Virgens Suicidas). Num farei uma review, já existem o suficente pela rede afora. Mas vou dar um pitaco aqui.
Uma das questões do filme se passar no japão é justamente para criar a situação na qual os personagens uma vez se encontrando, desenvolveriam tal relação. Em qualquer outra situação um teria passado desapercebido aos olhos do outro. Na verdade acho que isso é bem óbvio, talvez.
Mas o que quero dizer é que sem esse isolamento visível em um lugar tão estranho, aquilo que acontecia dentro deles não ficaria tão evidente, não apenas para o espectador, mas na cabeça dos próprios personagens. Charlotte diz a Bob que ele esta tendo uma crise de meia-idade, mas ela também está passando por uma crise (bem parecida com a minha e de outros tantos amigos meus).
São crises opostas. Bob com certeza já passou pela indecisão de que caminho seguir, e sua crise agora gira em torno de rever o caminho que segiui. O interessante é que ele em momento algum tenta ser o sabichão e fica dando conselhos prontos pra Charlotte. Mesmo na grande pergunta de "fica mais fácil?" o filme e os personagens acham soluções mais originais, mais simples e interessantes.
E é tudo isso e muito mais que torna esse filme maravilhoso. Eu ando muito bicha emo então eu dei uma choradinha no final, que fecha com chave de platina a questão. Ah, e a trilha sonora ainda é detonante.
A Karla também escreveu umas coisas legais sobre ele no blog dela, assino embaixo também.
for relaxing times, make it santori time..."
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