quinta-feira, junho 03, 2004

revolution in the classroom

Eu ando assistindo à NHK, canal estatal Japonês. Assisto ao noticiário em inglês e um pouco dos noticiários em japones, mesmo não entendendo patavinas. Ontem estava vendo como de costume e vi algumas cenas gravadas em uma escola, com uma mulher feia falando numa espécie de coletiva de imprensa. Em certo momento, mostraram essa foto:



Mas continuei sem entender a notícia. Falei umas bobagens como sempre, e fim.

Mas hoje, lendo a Folha me deparei com a mesma foto e a seguinte notícia:

Menina de 11 mata colega de classe de 12 no Japão

A estudante Satomi Mitarai morreu de hemorragia em sua colégio primário. Seu corpo foi encontrado por uma professora durante o horário de almoço em uma sala de estudos vazia.

A autora do assassinato, cuja identidade foi mantida anônima, retornou à sala de aula coberta de sange e, mais tarde confessou o crime à polícia.

O assassinato é mais um de uma série de crimes violentos cometidos por crianças, que vem chocando o Japão.

O país registrou um total de 212 crimes graves cometidos por menores de 14 anos em 2003. O índice representou um aumento de 47% entre 2002 e 2003. (...)


[do site da BBC Brasil]

Violência gráfica e falta de valorização da vida humana. Pelas informações que peguei, as meninas se comunicavam pela internet depois das aulas; e a assassina teria se zangado com comentários de Satomi e por isso a matou. Mas de maneira nenhuma estou julgando o Japão como uma nação de desalmados, o que muitos provavelmente farão. Basta lembrar que no Brasil toda semana temos casos de violência em nossas escolas e filhinhos de papai agredindo mendigos ou membros da classe trabalhadora; fora outros casos de maior projeção como os assassinatos em escolas americanas. Ou mesmo as peripécias dos Hooligans no Reino Unido e as torcidas organizadas brasileiras...

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