wife of GOB
Nas sábias palavras de GOB:
I mave have made a HUGE mistake.
Agora trabalhando no Conjunto Nacional, uma das coisas que decidi foi comprar um passe de 20 filmes e assistir à mostra de cinema em peso. Agora, logo que voltei do primeiro dia tive a idéia de publicar minhas impressões no overmundo, e o farei simultaneamente aqui, lembrando que aqui a crítica permanecerá inalterada, e no Overmundo ela está sujeita a edição.
Filme 1 - A Scanner Darkly
Como um scanner vê? Claramente ou obscuramente? Esta é uma tentativa tosca de traduzir a frase que dá nome ao conto de Philip K. Dick e ao filme baseado nele. Quão imparcial é um observador? E quando seu objeto de estudo inclui ele mesmo? Quem controla os controladores? Afinal, estamos à serviço de quê? Essas são algumas das perguntas que o observador perspicaz terá ao final da sessão de "A Scanner Darkly" de Richard Linklater.
Nessa época em que temos cada vez menos privacidade (algumas vezes por vontade própria), em que entretenimento rápido é uma opção cada vez mais preferida à relações duradouras e existe uma busca incessante por imagens instantâneas e super-realistas, Linklater parece tomar a decisão certa quanto a maneira de "arte-finalizar" o seu filme.
Aos desavisados, o Scanner a utiliza a versão digital de uma técnica chamada Rotoscopia, em que desenha-se sobre imagens capturadas por uma filmadora ou camera fotográfica (muito utilizada em desenhos animados desde o tempo da Branca de Neve). O filme assim ganha mais uma etapa que parece uma ponte entre produção e pós-produção, quase que aproximando-o do processo de criação de uma história em quadrinhos, onde por mais habilidoso que seja o desenhista, o trabalho final não pertence apenas à ele, mas também ao arte-finalista.
Da mesma maneira, não basta confiar nos fotógrafos e atores do filme, no final, cabe aos animadores (por mais digital que seja o processo) interpretar e de fato nos apresentar com a versão final dos eventos.
E considerando as temáticas de drogas, voyeurismo, conspiração e paranóia embutidas no filme, é difícil pensar em um acabamento melhor. Linklater já havia usado a mesma técnica no etéreo "Waking Life" onde tudo se encaixa muito bem, mas por diferentes motivos.
Pode ser apenas uma questão de distanciamento, mas a técnica agora parece mais apurada, existem mais detalhes a ser notados, e a sensação de flutuação é menor (que em Waking Life pode muito bem ter sido intencionalmente exagerada).
O filme corre com muito bom humor, e confesso que analizar interpretações em rotoscopia não cabe a mim, especialmente em se tratando de Keanu Reeves, que sempre me lembra de uma tábua de passar roupa, e Winona Ryder, a menina chorona do bairro. Mas serei audaz em dizer que Robert Downey Jr., mesmo embutindo canastrices e exageros, pareceu se sair muito bem e é o personagem mais memorável.
Fred, o personagem principal entra e sai do filme da mesma maneira, como uma tela em branco, ou talvez multicolorida. E apesar de o filme encerrar uma grande dúvida que a trama deixa no ar logo no início, várias outras, interpretativas, que surgem ao longo da história permanecem lá, e resta ao observador perspicaz decifrá-las.
Filme 2 - El Laberinto del Fauno
Particularmente, quanto menos eu souber sobre um filme antes de assisti-lo, melhor. Meus amigos estão cansados de saber disso, e por isso fico atento à opiniões (não sinopses) de pessoas selecionadas. E é sempre um dilema, é preciso saber alguma coisa a respeito antes de entrar na sala de cinema.
Neste caso sabia que envolvia a Espanha, um Labirinto, e obviamente, um Fauno (criatura mitológica que conheci de fato em As Crônicas de Nárnia). Pois bem, logo imaginei algo como de Alice no País das Maravilhas, em que a Espanha seria brevemente mostrada no início do filme e em seguida entraríamos em um mundo mágico repleto de fantasia.
Mas em se tratando de Guilhermo Del Toro (Espinha do Diabo e HellBoy), logo imaginei que haveria um toque dark, ou ao menos de humor negro. E eu estava afogado em razão. O Labirinto do Fauno não é o centro do filme, ele é o estopim que carrega uma trama bem escrita e conduzida.
É de fato um mundo mágico, mas ele não está além de uma porta pequenina no fundo de um buraco, ele corre lado a lado com a Espanha pós Guerra Civil. É difícil saber em que lado está o Fauno, mas o monstro mais importante da história logo nos é revelado em uma cena que me lembrou Irréversible (o polêmico filme do estupro de 12 minutos) - mas caso esse não seja o seu estilo de filme, por favor não se deixe levar por esse comentário.
Há bastante violência, e muita fantasia, e apesar de ser simples distinguir o real do mágico, em alguns pontos do filme eles se entrecruzam, e chegamos a ter três histórias paralelas igualmente fascinantes mas que parecem pertencer a três filmes totalmente distintos se não fosse Ofélia, a personagem-elo; mas mesmo com esse contraste tudo parece fluir de maneira bem planejada.
A ambientação é impecável, bem como a fotografia e a caracterização dos personagens. Não há falhas de caráter, todos agem de acordo com um histórico anterior que desconhecemos mas que somos capazes de deduzir facilmente.
Del Toro fascina com sua imaginação e crueldade. Ele parece uma mistura de Tolkien com David Cronenberg, injetando imagens fortes em uma fantasia intrigante. E mesmo ao final do filme, racionalizando os eventos, paira no ar qual é realmente a verdade a respeito do Fauno.
Definitivamente um conto de fadas para adultos.
Desde que a gente foi no show do Cardigans a banda agora tem um outro sabor pra mim. Algumas músicas ficaram mais doces, outras mais agridoces.
For 27 years I’ve been trying to believe and confide in
Different people I’ve found.
Some of them got closer then others
Some wouldn’t even bother and then you came around
I didn’t really know what to call you, you didn’t know me at all
But I was happy to explain.
I never really knew how to move you
So I tried to intrude through the little holes in your vanes
And I saw you
But that’s not an invitation
That’s all I get
If this is communication
I disconnect
I’ve seen you, I know you
But I don’t know
How to connect, so I disconnect
You always seem to know where to find me and I’m still here behind you
In the corner of your eye.
I’ll never really learn how the love you
But I know that I love you through the hole in the sky.
Where I see you
And that’s not an invitation
That’s all I get
If this is communication
I disconnect
I’ve seen you, I know you
But I don’t know
How to connect, so I disconnect
Well this is an invitation
It’s not a thread
If you want communication
That’s what you get
I’m talking and talking
But I don’t know
How to connect
And I hold a record for being patient
With your kind of hesitation
Se Eric Hobsbawn escrever sobre a época atual, creio que a irá batizar de Era dos Excessos. Guerras arbitrárias, presidentes com mania de grandeza, cleptomaníacos e consumo desenfreado.
Agora com a digitalização de praticamente tudo tenho a impressão de que o grau consumismo retornou aos anos 80, quando as versões para consumidor de tudo que é tipo de produto começaram a surgir.
Mas não basta consumir, temos que ter o maior carro; o melhor mp3 player; a melhor comida; o DVD com mais extras; a melhor câmera digital. Posso estar enganado, mas há cerca de 10 anos o único produto em que nos preocupávamos (e mesmo assim nem tanto) em manter atualizado e no topo era o computador. Agora está em tudo, até quadrinhos são afetados por versões maiores e "edições especiais".
Mas será que dá? Temos tempo de fazer tudo isso? Claro que um dos recursos laudeado em muitos produtos é a velocidade. Mas como bem observado em um comentarista do History Channel, quando gastamos menos tempo em uma tarefa temos o hábito de realizá-la mais vezes. Como vamos andar no nosso carro gigante enquanto tiramos fotos, ouvimos música, lavamos roupa, acessamos a internet e vemos os extras da edição super-ultra-colecionador-especial do Senhor dos Anéis?
Não sou um daqueles que acha que devemos retornar aos tempos de fogão à lenha e ferro de passar à carvão. Adoro tecnologia e novidades no ramo multimídia e do entretenimento. Mas também acho que as pessoas não estão preparadas para essa gama de opções.
É preciso entender qual é o produto certo para você antes de comprá-lo. Acho muito esquisito você gastar os tubos em um jipe muito louco pra depois aprender a andar em trilhas. Isso é colocar o carro na frente dos bois. Claro que você pode se quiser, mas será que vai conseguir? Você então compra o tal jipe, sai andando, vê que o treco é duro demais, ou tem opções demais, não sabe o que é torque, reduzida, diferencial, eixo cardã ou o raio que o parta. Então não consegue operar a porcaria do jipe direito, cujo manual você não leu porque nunca lê manuais, e acaba odiando o jipe e nunca mais coloca o pé na lama. Você aprendeu? Bom, se você vender o jipe para comprar uma moto em seguida eu acho que não aprendeu porcaria nenhuma.
É assim que as coisas funcionam hoje em dia, gasta-se primeiro e quem sabe, depois, quando tiver tempo, aproveita.
Cometo erros assim, mas até hoje em escala reduzida. Quem sabe com o tempo aprendo a não cometê-los mais.
Achei que ia ter um carro essa semana, ele foi semi-meu por dois dias. Tinha um nome, Starbuck, e tinha até um CD especialmente pra ele.
Mas não foi. Com meu gosto peculiar para automóveis fiquei ansiosíssimo com a expectativa da retaliação por parte da família, mas no final meu pai olhou o carro e deu uma opinião sincera, lógica e abalizada. Se eu estava preparado para combater preconceitos bestas com lógicas para justificar minha emoção, eu tinha que aceitar argumentos lógicos também.
E assim Starbuck por enquanto foi o mais perto que cheguei a ter um carro.
Agora pode ser a vez do Apollo, mas depende do dono.
Eu de fato uso o blog para dar tiradinhas semi-espertas em pessoas que conheço no mundo real e não tenho coragem de tirar na cara. Mas isso normalmente porque não quero estragar uma amizade ou uma importante relação comercial.
Quem eu quero tirar eu tiro mesmo.
Mas independente disso. Em minha humilde opinião eu escrevo como sou, como falo, como aconteço ou deixo de acontecer. Não invento devaneios aqui que não sou capaz de dizer em voz alta, sendo bobagens ou não.
Não sei bem se estou falando de "esconder-se" no blog, o que com certeza muita gente faz. Mas acho que mais falo de "inventar-se" no blog; falar de coisas sobre as quais você de fato não aptidão para falar, e menos ainda costume, numa tentativa de criar uma versão maior de si.
Claro que tudo dá voltas e estou falando de pessoas do mundo real, mas nesse caso jamais falaria isso na cara delas. Não quero tirar ninguém.
Homem: "Alô."
Mulher: "Oi gato."
Homem: "Oi. Agora não posso falar, estou vendo Girls of the Playboy Mansion."
Mulher "Tá bom. Um beijo"
Rock'n'Roll!
"It's not that I have a bad memory. I just don't care about other people."
Penn Jillette
Isso dá até nome de música. Mas é só pra dizer que hoje meu chefe falou que devido à minha inteligência eu costumo humilhar os menos favorecidos.
Isso eu já sabia!
Mais um passo para a adultice (ou quase): Formei uma empresa com minha irmã, a Katamari Limitada. Que, como uma boa Katamari, engloba praticamente todas as minhas aspirações profissionais e pseudo-artísticas.
Seria muito. Mas será? Mta dúvida, angústia, ansiedade, medo. Quando prospectos desse naipe surgem eu sempre fico paralisado.
"Vocês tem que parar de olhar só livros de imagens e olhar mais livros com texto". Minha professora de marketing falava muito isso, e essa frase sempre ressoa em minha mente, quase toda vez que pego um livro na mão (seja ele de texto, de imagem, ou um mix).
Ela tem toda razão. Todos deviamos de fato ler mais, não livros de marketing, claro, pois eles são do demônio.
O ruim de ficar vagabundando no last.fm é que os servidores deles também são vabagundos, ao menos para aguentar a carga que eles estão recebendo ultimamente. Direto as coisas param de carregar no meio ou o site inteiro simplesmente pára de funcionar (como agora, no meio de um post).
Na verdade estou transformando o last.fm em um novo orkut, o orkut da música. É genial, mas não é pra qualquer um. Só pra diretoria, ok?
Algumas idéias acabam de converger. Ao mesmo tempo que mostro pra vocês esse anúncio da Vulva um amigo meu me mandou algumas idéias de camiseta que ele teve.
Uma delas dizia "você iPode" com um desenho de um iPod do lado. Falei na hora que achei babaca. É o típico comportamento de applemaníaco, aquele que se acha superior porque se masturba diante de um MacBook Grill e depois anda pela rua com aqueles fones brancos como se emanasse uma aura de santo que o protege de trombadinhas.
Isso acabou unindo com uma conversa que tive com o chefe essa semana, estávamos falando sobre vírus, foi algo assim:
"Mac não pega vírus"
Também, quem vai querer infectar Mac? A DreamWorks pra atrasar o próximo filme da Pixar?
"Que isso? Vai atingir a nata da sociedade!"
Nossa, se mata!
Sinceramente, desde quando comprar alguma coisa te torna superior aos outros? Beleza, você tem uma BMW, mas é da máfia dos sanguessugas, seu cu! Criar alguma coisa te torna superior, e de preferência algo que não crie sentimentos de animosidade (como um Mac).
Voltando. Algumas outras camisetas eram variações de apropriação de marca da Apple (tipo pear, strawberry, e etc com desenhos de frutas mordidas correspondentes). Hmmm, certo, ok, haha, mas e aí?
Eu honestamente acho que essas brincadeiras com marca já cansaram, na galeria do rock e está lotado disso, a piada já foi. Uma vez eu pensei em Pinapple, logo no começo da faculdade, algum tempo depois houve uma palestra do "Elesbão e Aroldinho" (uma dupla de designers cariocas) e eles tinham feito exatamente o que eu imaginei. No fim das contas acaba virando um exercício de photoshop/illustrator e só. É uma piadinha de 2 segundos que na verdade alguém com certeza já pensou, já fez e já ganhou 15 pratas com isso. Você dá uma risadinha e segue em frente.
Quando comecei a moddie nunca pensei em fazer esse tipo de coisa. Queria algo que estimulasse conversa. Com uma camiseta escrito iPode você no máximo (ou mínimo?) começa uma briga.
A Vulva é uma piada de cinco minutos mesmo. Está num concurso disso! Jamais colocaria ela numa camiseta. Mas quem fizer isso e eu ver, vai apanhar!
Hoje mandei meu primeiro telegrama. E era de pêsames. Ontem morreu Joseph Luyten, marido da Prof. Sonia Luyten, que me deu muita força em minhas incursões acadêmicas. Não podia deixar de manifestar os sentimentos.
Achei todo o processo meio surreal. Mas tive que fazer já que não tinha como ir ao funeral.
Está um pouco atrasado, mas acho que ainda vale a pena postar:
Counting Backwards - The Velvet Teen
maybe tomorrow marks the end
of this painful phase we're in
maybe the sunrise shows the way for us
maybe the stars that fill your eyes
are the stars that have been
leading me my whole life
just to end up with you
but when you get too close
i run and hide
close your eyes, count backwards
i don't give up
without a fight
here i come, i'll find you
and love, i'm yours
if you'll turn me out
when you need me, i'll be there
we hide and seek, but always leave
hand in hand
maybe this chapter marks the start
of no more broken hearts
maybe the letters all spell out happiness
maybe the words aren't always kind,
but they're never meant
to make you feel alone,
just to stand up to you
and i'll carry you
if you promise to carry me
we'll carry we
it's a simple thing
you and me
you and me
Um koreano expansivo e um carioca retraído. Sim, esses paradoxos existem, e eu convivo com eles.
Um deles me angustia.
"The desire of the man is for the woman, but the desire of the woman is for the desire of the man."
Madame de Stael
A que veio antes doeu.
Uma faixa "preferencial". É assim que procuram apaziguar a guerra no trânsito de São Paulo. Isso mostra a total falta de conexão com a realidade que o poder público tem. E é de fato uma guerra, de um lado motoqueiros, que aumentam em número a cada dia, muitos deles trabalhando sem qualquer segurança trabalhista ou física, se enchendo de rancor e nesse sentido se unindo cada vez mais contra o outro lado, os motoristas, que se acham os donos da rua (a maioria de uma maneira ou de outra utiliza hipocritamente serviços de motoboys).
O problema, como sempre, é educação e fiscalização. Uma regulamentação mais rígida para motoristas e motociclistas profissionais, embasada com o devido treinamento e fiscalização ajudariam em muito a resolver essa situação desagradabilíssima onde ninguém sai ganhando.
Enquanto aqueles os profissionais do trânsito não derem o devido exemplo, ninguém irá respeitar absolutamente nada. Eu como ciclista veicular tenho todos os dias algum tipo de experiência desagradável que resulta do puro e simples desrespeito por parte dos motoristas, e digo sem pestanejar que a maioria desses respespeitosos são motoristas de táxi ou de ônibus. E como ciclista não tenho o menor desejo de ciclovias, não vejo como segregar os veículos em áreas restritas irá ajudar um trânsito já afogado e soterrado, eu desejo respeito.
Há uma questão de física. Tenho a consciência de que se eu sofrer algum tipo de acidente, eu levarei a pior da situação, e portanto ando equipado e faço tudo dentro da lei, pois quero no mínimo ter a razão.
E nesta situação em que nos encontramos, ninguém a tem, motoristas, motociclistas ou poder público. Todos querem encontrar a solução que mais os favoreça e não que resulte em um bem coletivo.
Eu: agora tenho ainda mais orgulho das minhas entradas (no last.fm) com nomes em kanji que não consigo ler
Mi: seu indie!
Mi: (te amo!)
Eu: indie é quem consegue justificar ouvir titãs
Há tempos queria falar de amigos que se foram, ou que sequer o foram.
Hoje em dia se cruza com tanta gente todo dia, e tantas delas poderiam ser bons amigos, mas por algum motivo não o são. E todos passamos por um momento em que olhamos em volta com um ar de auto-questionamento e pensamos: "esses são os meus amigos?" e desejamos que aqueles estranhos entrem nas nossas vidas.
Temos aqueles de longa data, que jamais sairão de nossas vidas, por mais diferentes rumos que elas sigam, eles acham um jeito de estar do seu lado, mesmo sem fazer questão de se esforçar. Não adianta tentar distanciar-se, eles fazem parte de você, mesmo que hoje você seja o oposto de quando a amizade parecia inevitável.
E quando os perdemos? Os motivos para isso são tantos que listá-los seria um exercício de encheção de lingüiça. Tenho uma pequena lista mental, que pertence só à mim, de pessoas com as quais gostaria de ter partilhado um companheirismo maior, e que até cheguei a fazêr-lo, mas algo aconteceu no caminho.
Recentemente tenho feito um esforço maior para conectar, pois não adianta ter a mente aqui e o coração totalmente em outro lugar, é preciso misturar tudo num liquidificador. E mesmo antigas amizades distanciadas parecem estar voltando.
E agora, uma grande amiga acaba de partir. Um ano de sentença no mínimo. Não quero tentar prever as conseqüências disso, embora as vezes seja inevitável. Penso nas pessoas agregadas que posso perder, e ao mesmo tempo, relembro de outras pessoas que gostaria que estivessem mais presentes.
"Se um homem não faz novas amizades à medida que avança na vida, ficará logo sozinho. Um homem, senhor, deveria manter suas amizades em contínuo restauro."
S. Johnson (1775)
Não, não falo da cidade, falo do buteco, aquele ali perto do espaço unibanco. Onde fiz um happy late hour ontem com o Praia e a Gama. Foi bem divertido. Divertido pois eu raramente faço isso, e gosto muito, é o tipo de atividade na verdade constante na cidade de BH.
Já no trabalho passei o dia com queimação de estômago, provavelmente o resultado de muitos cigarros com muitas cervejas. Mas beleza.
Ando com as mesmas frustrações e as mesmas satisfações. mas uma boa notícia acadêmica apareceu por aí e meu projeto de julho está envolvido nisso. Fim de semana no mato, mas espero que acompanhado dos devidos livros e arquivos de computador.
Blog sem graça esse, né?
Sou um péssimo leitor, demoro horrores pra terminar um livro e leio vários ao mesmo tempo misturado com quadrinhos e revistas. Hoje conclui que os livros que leio mais rápido (que demoram umas duas semanas) são justamente os livros que eu não planejo ler, que por algum impulso ou apenas para ter algo pra ler eu pego emprestado e acabo ficando preso.
Foi o caso do livro que terminei de ler hoje cedo quando voltei de BH, "O Dia em que o cão morreu", do Daniel Galera; que conheci pessoalmente numa seção de autógrafos do livro novo em que fui obrigado a dizer que não tinha nenhum livro dele, apenas lia emprestado da namorada, para quem os autógrados eram afinal.
No fim das contas é um livro bem rápido e gostoso de ler, e o personagem central é, apesar de nulo em vários aspectos, bem interessante, e me identifiquei especialmente com seu talento para nomear cachorros e admissão de que não sabe ler direito.
Estava assistindo agora a um pedacinho de Top Top. Aquele programa de listas da MTV. Dessa vez era uma lista de artistas soturnos, e eu peguei só um pedacinho, Nick Cave, Nine Inch Nails, Black Sabbath e Bauhaus.
Achei interessantíssimo, especialmente com o Cave e o Sabbath, que apesar de serem cheios de músicas macabrinha, não tinham nada de ficar só vestindo preto, usar penduricalhos, milhões de anéis ou toneladas de maquiagem. Porra, no clipe do black sabbath o baterista estava com uma camiseta cheia de estrelinhas! Estrelinhas!!!!
Achei absolutamente sensacional.
Ir de bike pro escritório fez toda a diferença nessa segunda feira de Beirute que São Paulo viveu. Enquanto todos os carros se degladiavam por espaço usando suas buzinas para tal, eu usava minhas pernocas para avançar sem parar.
Estamos todos bem, nos auto-preservando.
O título pouco tem a ver com o conteúdo do Post. Mas acabo de assistir a esse filme com a Xú. E tão logo saímos do cinema fomos abordados por um sujeito perguntando se falávamos inglês.
Me esqueci o nome da figura, mas sua história é de que era um sul-africano que foi assaltado na Praça da República (nos mostrou o B.O. datado de 20 de Abril) e perdeu dinheiro e passaporte. Tendo ido ao consulado, eles só conseguiriam emitir os papéis na segunda feira, e sem os documentos não consegue tirar dinheiro no banco.
Então ele nos humildemente, como os garotos que fazem malabarismo nos sinais, pediu algum dinheiro pra comprar comida e arrumar um lugar pra dormir. Depois de trocarmos algumas impressões sobre o centro de SP, o Rio de Janeiro, cachaça e caipirinha, sermos interrompidos por um pedido de cigarro, uma distribuição de folhetos de teatro e um cara perguntando se ainda estava passando ônibus, acabei dando dois reais pro cara, a Xú não deu nada.
Segundo ela o inglês dele era muito limpo, ou muito certinho para engolir a história. Eu discordo, ele tinha sim um sotaque, um que eu não era capaz de identificar a origem (podendo muito bem ser sul-africano, afinal ouvi pouquíssimos sul-africanos falando na vida - devo acrescentar: Afrikander, pois ele era branco). A minha teoria é que ele foi na república comprar crack e levou a pior, e agora precisa de dinheiro pra comprar mais crack.
Todo esse movimento na Av. Paulista as 2 horas da manhã.
Soh pra avisar que ainda tenho esse blog.
E que ando jogando muito Katamari e Poderoso Chefão. Dois jogos incríveis pro PS2. katamari e Shadow of The Colossus são dois jogos que entraram pra história dos video games.
Acabou a lua de mel. Caí na rotina e fico frustrado com trabalhos caseiros pequenos, além disso, quando as coisas atrasam e tenho que ficar até mais tarde, fico estressado, louco pra jogar um video-game ou fazer qualquer outra coisa.
Mas sei que dias melhores virão, e melhor uma rotina que ocupa a cabeça. Mente vazia, casa do diabo...
Sim, eu acabo de ler o livro da Bruina Surfistinha. E não me arrependo de maneira alguma. É curioso notar que, ao falar-se do livro, logo pensamos apenas em literatura barata e/ou putaria desenfreada. Quando surfistinha é na verdade uma mistura de Christiane F. com Memórias de uma Gueixa dos pobres.
O livro não é ruim, mas também não é excepcionalmente bom. Sou longe de crítico literário, e demoro pacas pra ler um livro (surfistinha foi quase um recorde, dois dias, só perde pro "Menino do dedo verde", um dia). Mas eu fiquei satisfatóriamente surpreendido com a história e a maneira como ela é contada, e a putaria também está lá para quem quer. Recomendo, acho uma leitura válida sim.
Eu sempre achei curiosíssimo o quanto algumas pessoas (especialmente mulheres) acham lindo o filme "Uma linda mulher". Eu acho um porre. A idéia básica do filme tem potencial, mas só seria bom mesmo se fosse dirigido pelo Tarantino ou pelo Kubrick (por méritos diferentes, naturalmente)
A questão aqui é: enquanto todos torcem pela Vivian (sim, eu lembro o nome dela) no filme; muitos torcem o nariz para a Surfistinha. Na febre de reality shows em que vivemos, a fábula nesse caso prevalesce.
Realmente não podemos comparar os méritos de uma ficção holywoodiana contra as crônicas da alameda franca. Mas o que me deixa indignado é a hipocrisia do publico em lidar com duas peças que tratam de um mesmo assunto.
Mas a hipocrisia não é exclusiva do público, ela também cabe aos autores de ambos exemplos. Pois a mensagem que tiramos no final dos dois é: "Puta só é feliz quando deixa de ser puta."
Eu gosto de macintosh, e gostaria ainda mais de ter um. De maneira alguma eu questiono a qualidade de um produto Apple, de maneira geral. Claro que eles já pisaram na bola, mas isso faz parte. Não duvido que em termos gerais um computador Apple seja melhor que um PC em termos de performance.
Entretanto, eles são muito caros. Principalmente os que fazem a maior diferença no desepenho. O único apple com boa relação custo benefício, na minha opinião, é o iBook (acho inclusive que é o notebook com a melhor relação custo benefício de todos). E um notebook é justamente o tipo de produto onde uma plataforma fechada dá a confiabilidade necessária. Talvez o macmini também seja uma boa, embora não conheça bem a máquina.
O que realmente me tira o tesão em Macintosh's são os macmaníacos. Haja paciência pra ficar ouvindo buzinação na orelha. Um professor meu disse uma vez que o pior tipo de público que se identifica com um produto são os macmaníacos, e concordo plenamente. Há raras exceções. Mas mesmo pessoas que gosto muito conseguem ser muito chatas quando o assunto é Macintosh.
Dito isso vou elocubrar aqui o motivo pelo qual tenho um lugar no meu coração para os PC's: Anarquia.
PC é uma plataforma aberta. Você pode montar o seu da maneira que quiser. Qualquer empresa pode desenvolver software e hardware diferenciado para ele. Isso gera competitividade, o que sempre traz produtos cada vez melhores e/ou mais baratos. O desempenho, claro, sofre com isso, pois a falta de padrões em alguns aspectos não permite o total aproveitamento do hardware, mas é um dos preços que você acaba pagando pela "liberdade".
Enquanto a Apple é uma ditadura. Ou você paga o preço da etiqueta, ou não tem um. Um ótimo exemplo disso é o iPod, cujo preço é um assalto.
Quando a Microsoft fez uma parceria com a Apple alguns applemaníacos disseram algo como "Jobbs fez um pacto com Darth Vader." Acho o oposto, claro que Bill Gates não é flor que se cheire, mas ele não é dono da PClândia, você pode ter um PC sem windows, embora isso signifique que você estará de fora do maior círculo de usuários e de compatibilidade de programas e jogos, mas isso não é inerente ao PC; já com Macs, você estará sempre sujeito à Apple. Ou a apple faz, ou autoriza, ou você não tem.
Se todos tivessem Mac, como os macmaníacos teoricamente gostariam (mas no fundo não, pois assim não seriam pessoas tão superiores) teríamos um belo monopólio.
É como diz aquela comunidade do orkut: Designer macho usa PC.
Finalmente dei início a um projeto que estava afim faz uns anos. A árvore genealógica da minha família. E garanto que será algo bastante complicado, e tenho que aproveitar os membros mais velhos enquanto eles ainda estão por aí e com memória.
Estou usando a WikiTree, um projeto WikiMedia que pretende fazer uma árvore, ou floresta, genealógica gigante da humanidade. O projeto ainda está nas fases iniciais, tem alguns engates técnicos e poucas entradas, Mafra, por exemplo, por enquanto eu coloquei todos.
Mas vale a pena contribuir e ir aumentando.
Numa tentativa de manter esse blog atualizado e antenado no que está acontecendo, vamos comentar a viagem de nosso ilustríssimo cosmonauta, Marcos Pontes.
Não estou empolgadíssimo nem achando a coisa mais sensacional que aconteceu à um brasileiro. Se fosse comigo ou com algum amigo/parente, aí pode apostar que eu estaria radiante.
Mas a questão é que tampouco sou contra essa viagem. Na verdade acho bastante importante. Ouvi um papo sobre o Lula ter feito questão de pagar a viagem com os russo só para que Pontes não fosse com a Nasa, mas ouvi na forma de boato, e não de notícia, mas se for verídico concordo que é uma grande palhaçada.
Analisando a situação apenas do ponto de vista de que o gasto dos 10 milhões não foi uma escolha, e sim algo totalmente necessário, creio que a palhaçada é da parte de quem critica esse tipo de atitude, que ao meu ver não é um gasto, e sim um investimento. Aliás, palhaçada não, ignorância.
Entra aquele caquético argumento de que “tem tanta gente passando fome no Brasil e gastam 10 milhões com isso”. Haja bonequinho pra ouvir a mesma coisa tantas vezes. Isso não é um argumento, é uma desculpa para a ignorância, falta de visão ampla, ou mesmo para a hipocrisia.
Uma missão astronáutica brasileira (mesmo que englobada por uma missão russa ou estadounidense) é sim algo de valor. Para aqueles que não sabem, existe um campo do conhecimento humano chamado ciência, em que o Brasil luta para achar e manter seu lugar. Ciência não é apenas pessoas indo pra lua ou catalogar espécies desconhecidas de animais, é o que possibilita termos toda essa tecnologia sensacional à nossa volta, e por mais que você se diga averso à ela, usa computadores, telefones, eletricidade, carros e o escambau a quatro, tecnologia não significa computadores de última geração, um monjolo é tecnologia. E na ciência existe uma parte dedicada à pesquisa pura. É sim um tiro no escuro, é um salto de fé, em que um assunto é estudado apenas por ser estudado, os frutos serão colhidos depois.
Assim o é com a missão de Pontes. É difícil justificar com números um gasto de 10 milhões de reais. Mas eu mesmo, em minha imensa ignorância já sou capaz de encontrar argumentos para tal. E o maior deles é a inspiração. Antigamente uma criança brasileira se contentava em comemorar o pouso de americanos na lua ou lamentar a perda de um ônibus espacial americano, as crianças da nova geração poderão se lembrar do nosso marco no espaço. Claro que comparando o histórico das outras nações ele é ridículo, mas só porque já foram lá primeiro não devemos nos preocupar mais em ir? O assunto gera debate e perguntas dentro da comunidade científica e dentro da sala de aula, causa interesse em um assunto morto na mente dos brasileiros e do mundo: conhecimento e conquista.
Acreditar que a viagem de Pontes é um desperdício de dinheiro é o mesmo tipo de mentalidade que povoa a mente das mulheres sem-terra que destruíram um laboratório de pesquisas. Está certo que o laboratório era de uma companhia privada que pode ter muitos podres, mas por que não destruir as casas dos donos que enriquecem com isso? Destruindo o laboratório dano maior é para o conhecimento. Raiva mal direcionada não dá resultados.
Vejo o assistencialismo e o sindicalismo lutando pela manutenção da servidão. Não há um interesse em mudar a situação, apenas em remenda-la. “Sou cobrador de ônibus e não quero catracas eletrônicas pois elas me tiram o emprego.” – Porra, a máquina é que não muda de função, o sujeito pode fazer qualquer outra coisa da vida, e pode contribuir realmente para o mundo, com criatividade e inventividade. Existe um medo da liberdade e da descoberta que agrilhoa a nação. É uma luta pela continuidade do marasmo. Eu sei que não é tão simples assim, mas ao menos eu percebo que o ser humano é uma entidade pensante e criativa, e não precisa ficar no mesmo emprego repetitivo, escravizante e enfadonho para o resto da vida.
Na verdade achei bastante irônico que essa missão tenha sido financiada pelo partido do assistencialismo. Um conhecido resumiu bem nossa situação: “Plantamos laranja e importamos suco de caixinha”. Nesse bate e boca sobre padrões de televisão digital a adotar, eu acho triste que não exista o padrão brasileiro, e não para que ele fosse eleito apenas por esse critério, mas porque ele seria de fato o melhor de todos. Mas não, tecnologia não é com a gente, temos que importar. Pesquisa não é com a gente, temos que sentar e ver os outros fazerem.
Marcos Pontes ir ao espaço não vai ajudar em nada a vida de Juvenal, o cobrador, isso é óbvio. Mas é uma semente plantada para que no futuro não sejam mais necessários cobradores. Os Juvenais ainda o serão necessário, mas em ramos em que eles serão conhecidos como Juvenal, não como “o cobrador”. A função não dita o homem, o homem dita a função.
A humanidade tem uma vasta gama de exemplos em que fizemos algo apenas para provar que podemos faze-lo. A presença de Marcos é isso. È mostrar que não somos um país de plantadores de laranja, mas de pilotos, engenheiros, cientistas e muito mais.
Vendo as fotos da minha festa Glam fui capaz de resumir a situação fraternal paulistana que vivo. Há alguns anos eu me sentia confortável para dar uma festa e saber que pessoas viriam e que seria legal, hoje não.
Li numa reportagem sobre a Bienal do Livro uma mulher dizendo que comprara muitas coisas "Tenho de Paulo Coelho à Nárnia."
Essa afirmação me intrigou. Ela por acaso estava se referindo à pluralidade temática de sua coleção? Como assim? Ambos exemplos citados são livros de fantasia infantil. Fiquei confuso.
Mas então me dei conta, a diferença é que Nárnia é um ótimo exemplo de literatura infantil bem-feita, enquanto Paulo Coelho é uma merda com capa dura.
Se você é de BH, esteve recentemente no bar do Gibi e se deparou com um postal da festa CENSURADA todo rabiscado, quem rabiscou fui eu. Sinto um certo desdém pelo CENSURADO e sua companheira CENSURADA (e o fato de já terem me perguntado várias vezes se eu sou ele não ajuda).
CENSURADA é uma relaxada. Ela é uma designer badaladinha em BH, e tem bastante envolvimeto na noite mineira. Entretanto, apesar de alguns momentos de inspiração, ela sempre se envolve em erros crassos de falta de atenção, falta de esmero, falta de consistência, falta de conceituação e sobra de arrogância.
Paralelamente trabalho em um pequeno escritório que lida com clientes grandes e agências grandes. Uma em particular (puxa, será que um dia mencionarei seu nome aqui?) é bastante confusa. Essa semana em particular tive que fazer um projeto que foi e voltou varias vezes por problemas de decisão e hierarquia da agência, que pouco ou nada tinham a ver com a minha capacidade de realizar o trabalho.
No longo tempo que fiquei sem trabalhar realmente na área de design, e também no começo desse emprego me questionei muito. Ficava me perguntando se eu realmente sabia o que estava fazendo, se eu tenho algum talento ou disciplina necessários na área. E honestamente ainda não sei, o que me orgulho é da minha consistência e ética, e da constante necessidade de fazer algo embasado.
Independente disso o que mais me revoltou em toda essa questão foi o fato de que eu fiz o meu trabalho bem constantemente, mas tinha que refazê-lo pois desde o primeiro momento ele saiu da agência confuso e mal acabado. Tentei apenas manter a consistência que achei necessária para que tudo ficasse coeso. Mas nada disso adianta quando aqueles que estão "acima" colocam o carro na frente dos bois. E que autoridade eles tem de questionar minha dedicação e qualidade se o nível de excelência exigido de mim é muito maior do que o exigido deles mesmos?
Por isso creio que na verdade minha implicância com CENSURADA é valida, e pretendo continuar com o Jogo dos 7 erros até que eu encontre algo que realmente me satisfaça.
Da agência, além de serviços constantes, eu pelo menos ganhei um elogio pela qualidade e agilidade do trabalho. Ainda bem que alguém reconhece que sou bom.
"Quanto você pode saber sobre si mesmo se nunca esteve numa luta?"
Eu não saberia dizer. Pois nunca me envolvi numa briga. Já estive em meio de confusões e participeis de pequenas disputas de poder, também troquei uns sopapos inofensivos com colegas de escola, o beça que o diga.
Pois bem, nunca tive tanta vontade de entrar numa briga quanto agora. Sou pacífico e esquelético, mas entendo o valor de uma boa briga. E sei que essa seria uma luta tola e meio sem propósito, mas o desprezo se mistura com a raiva e a vontade de defender a honra.
A irônia da situação me diverte.
Estou postando do meu novo brinquedinho, um palm TX. Te falar que postar com Graffiti não é fácil, ainda mais sem saber os acentos. Sem falar que a conexão tá caindo direto. Agora vou almocar.
Depois da Mi, que é minha namorada e portanto, au concour, meu melhor amigo chama-se PlayStation 2. Mesmo com ela morando longe, é a pessoa com quem mais interajo, converso e me divirto, e depois dela, vem o PS2 (com o qual obviamente não converso, apenas xingo esporadicamente).
Antes de julgarem-me, não pensem que troquei meus amigos pelo PS2, eu fiquei sem o anterior antes de adquirir o posterior.
Em BH tenho alguns grupos de amigos, mais notadamente dois: Os Canastras e o Pendragon. Duas pontas em uma linha do tempo de 10 anos. Uma linha com altos e baixos, participações especiais e protagonistas diversos, mas uma linha sem qualquer falha.
Quando voltei a morar em São Paulo, continuei com inúmeros amigos mineiros. Em contrapartida, em SP passei um longo inverno, digno de Nárnia, sem rumo fraternal. Tinha conhecidos com os quais interagia espóradicamente, e um colégio inteiro que me ignorava completamente.
Batalhei mas conseguiu arrebatar algumas amizades muito boas, e um grupo à moda mineira até surgiu. Não tinha nome, mas chamarei aqui de Daltonettes. Mas o tempo passou e o grupo se dissolveu, eu arrumei dois namoros e parei de investir o quanto deveria nas supramencionadas amizades.
Ainda tenho sim um grupo de pessoas que gosto muito e encontro bastante. Mas eles estão englobadas por um grupo maior com o qual falo pouco e encontro menos ainda, e sinto falta. Não por uma razão maior do que simplesmente me fazerem boa companhia.
Assim, perco os filmes que entram em cartaz, pois não quero ser o chato que liga sempre, mais uma vez retrocedendo aos 17 anos, e alimento uma tola esperança de que irão me ligar. Puxa, mal consigo lembrar da última vez que me ligaram para um programa, ou quando fui numa balada. Não gosto de ir ao cinema sozinho, logo, fico em casa jogando Grand Turismo.
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ENTP - "Inventor". Enthusiastic interest in everything and always sensitive to possibilities. Non-conformist and innovative. 3.2% of the total population. |
Acabo de ficar duas horas assistindo ao último episódio de Project Runway. E torcendo por um dos competidores. A minha salvação contra ser chamado de bicha por isso é que foi minha namorada que me colocou nessa roda.
Voltei de Moeda hoje cedo e fui trabalhar normalmente. O Bruno definiu bem a situação? Lama.
Enfim, o sábado lá foi mega tranquilo, já que o André se embananou todo e foi até BH buscar papéis que estavam de fato na fazenda, e eu e a Dani ficamos um tempão de bobeira esperando por ele pra ir trabalhar.
Mas o quente rolou ontem mesmo. Todo mundo foi junto até uma fazenda bem longe, e ao entrarmos fomos recebidos por uma amistosa matilha de filas, todos sorrateiros, silenciosos e observadores, o que não é um bom sinal. Depois de sermos socorridos pelo peão do local, nos dividimos em dois grupos (um de registro e um de prospecção, o modo clássico) e fomos trabalhar.
Eu, Dani, Gó e Fabrício fomos registrar alguns sítios na beira do rio. Tudo foi tranquilo, apesar do calor, e até demos uma nadadinha na hora do almoço. Para encontrar o último sítio é que foi uma merda, em vários momentos tivemos que meter o pé na água mesmo (sendo que eu só tinha um calçado pra viagem toda, e pra pegar o onibus pra SP - como resultado peguei um tênis idêntico emprestado do André).
Depois de registrar o último sítio retornamos sorrateiramente ao local do carro, pelo quintal da casa, munidos de facões, pedaços de pau e uma escala da 2M, para enfrentarmos eventuais filas. Michel, o peão, novamente veio em nosso socorro, e Dani pegou uma carambola da árvore. Ao chegar no curral próximo ao carro nos deparamos com uma figura semelhante ao Tio Oscar do Arrested Development.
Enfurecida.
Ele tremia de nervoso. Questionou nossa presença nas terras dele, achou um absurdo, "que mundo é esse?" e tudo mais. Só quando a Dani (de carambola dele na mão) começou a explicar o trabalho ele se acalmou. Aí mudou tudo, começou a nos alugar, e comentar que fez e faz um trabalho de pesquisa na serra também, sempre embutindo o fato de que a gente tava fazendo tudo errado e sem qualquer conhecimento prévio do lugar ou metodologia, como definiou o Alastair: "Like a Frenchmen".
Piada pra quem assiste Arrested Development: Enquanto estávamos levando bronca aguardei a passagem de um tanque a qualquer momento, no qual a figura iria sair correndo com uma jarra de limonada.
Bom, soh pra situar meus leitores. Andei mais sumido que de costume pois comprei um Playstation 2. Fiz um pacotão e comprei o Slim com dois controles, cooler, tapete de dance dance revolution e pistola. Peguei uns jogos emprestados com o Adriano do escritório e comprei mais alguns, então to bem viciado.
A febre PS2 tá baixando, mas de qualquer maneira estou muito contente com a aquisição e mais satisfeito ainda pois todo o dinheiro que gastei nele veio do meu próprio bolso. Faz muito tempo que não peço dinheiro pro meu pai ou uso o cartão de crédito dele, é uma sensação muito boa. Melhor ainda levando em conta que ganhei um aumento ;)
Promessa de ano novo: Fazer um novo layout pro blog que funcione.
Agora o resumo de tudo: Natal muito legal em que a Mi foi passar em Ribeirão e fui o único neto a receber um envelope branco, pequeno e vazio. Depois duas semanas em BH direto, onde passei o Reveillon com a Mi, o Bruno, os pais dele, a Cecília e o Zecão.
E a boa notícia: Serei padrinho do gabriel, filho do bruno e da cecília.
Junto com a má notícia: Estou fora do programa de rádio, aparentemente o dono do projeto me acha muito cheio de opinião pessoal agressiva e arrogante.