sexta-feira, dezembro 28, 2007

join up!


Não há mais romance na guerra

Tive um fim de ano militarístico. Quem me conhece sabe que me interesso por assuntos relacionados à guerras e conflitos em geral, não que eu entenda muito do assunto, e de longe creio que Guerras são a solução para qualquer questão. Mas negar que algumas guerras foram necessárias, e acreditar inocentemente que elas não ajudaram a nos moldar como uma sociedade, isso não faço.

Tendo dito isso, já era um fã de longa data do filme Starship Troopers, sem nunca ter lido o livro. E agora que o li, me tornei um fã de ambos. Para quem não sabe, Starship Troopers é um clássico da ficção científica com uma fortíssima veia militar, e é basicamente um veículo para as idéias políticas e filosóficas de seu autor: Robert A. Heinlein (de Um Estranho Numa Terra Estranha).

A idéia central do universo de STPs é que civis não são cidadãos. Para se tornar um cidadão pleno, com direito à voto e concorrer na política é preciso alistar-se nas forças militares, cumprir um termo básico de serviço e se aposentar (com honras, claro). Um fato importante na organização militar da Federação é que todos lutam. Não há serviços confortáveis em escritório, e para seguir carreira de oficial é preciso estudar muito e lutar ainda mais. Funções burocráticas, de instrução, recrutamento e manutenção são realizadas no tempo "livre", por civis contratados ou soldados incapacitados (a maioria mutilados) que se negam a sair da corporação mesmo com a óbvia dispensa médica.

A teoria por trás dessa aristocracia meritocrática voluntária é que alguém que se alista nas Forças Armadas está disposto a colocar seus interesses pessoais, ou sua própria vida, em segundo plano em relação ao bem comum. Voluntários militares possuíriam uma abnegação natural inexistente naqueles que não têm coragem de lutar. E por conseguinte também seria uma maneira de acabar todas as revoluções. Já que a revolução é resultado de insatisfação com um instinto de lutar, ela jamais aconteceria, pois todos aqueles que têm o instinto de lutar já estão na classe que detém o poder e portanto as ferramentas de mudança sem o uso da violência.

Mas não se engane, em STPs existe plena liberdade de expressão e de ir e vir. Qualquer um pode reclamar a vontade, mas não são todos que podem fazer algo a respeito. Existem outras questões levantadas por Heinlein no livro, como pena capital e como criar seus filhos, mas isso seria uma outra discussão.

Honestamente, não posso dizer que discordo. Já declarei que ao menos no papel, concordo com qualquer forma de governo: Anarquismo, Totalitarismo, Comunismo, Democracia e provavelmente outros que nem conheço. Mas isso, no papel, pois na vida real todas as formas de governo são falhas, em especial uma baseada em dar poder apenas àqueles que detém a força.

E é aí que entra o filme de Starship Troopers. Dirigido pelo mestre Paul Verhoeven (de RoboCop e Vingador do Futuro) ele é em essência uma paródia de tudo aquilo que o livro representa. E o faz com acidez e bom-humor excepcionais.

Vários elementos do livro foram mudados, o que a maioria dos fãs reclamam é a falta da Powered Armor, um ítem importante na história, ignorado pelo filme; mas ela é apenas um elemento high-tech em uma história que lida com questões muito mais profundas, e para a mensagem do filme se tornar clara ela não é necessária, talvez até distraísse do ponto (que tão poucos conseguiram capturar). Embora sua presença no livro seja um marco na história da Ficção Científica, no filme ela seria apenas um gadget numa história sobre conflitos, e não gadgets. No final o filme consegue apontar dedo e dar risada de toda a exarcebação militar presente atualmente nos EUA.

O que conecta-me a outro filme que vi recentemente, Why we Fight, documentário justamente sobre a industria de armas e sua influência em escalar o tamanho e quantidade de conflitos militares no mundo. Basicamente denunciando as indústrias que no "futuro" irão fabricar as Powered Armors. Industrias essas que por tabela enchem os bolsos de contrabandistas de armas, como no outro filme recente, Senhor das Armas.

Com Nicolas Cage e Jared Leto, dirigido por Andrew Niccol (do maravilhoso Gattaca); o filme consegue levar as questões de War on War ao seu extremo dramático, com uma acidez semelhante á de Starship Troopers, mas com um cinisismo ainda maior, já que o narrador é o vilão/herói da história.

E a maneira como a presença militar atua hoje em dia, é basicamente uma máquina de jogar tempo e dinheiro (além de vidas) no lixo, como é possível ver em Soldado Anônimo (de Sam Mendes, que nos trouxe Beleza Americana). Um conflito envolvendo 500.000 tropas em que passa-se mais tempo esquivando-se do tédio do que combatendo o inimigo.

E é exatamente isso que a máquina militar se transformou hoje. Um enorme desfile de gastar recursos que podiam ser melhor empregados simplesmente para defender interesses econômicos atravéz de Intimidação. Onde cada lado fica mostrando o tamanho de seu pinto até que o outro corra de medo de ter seu cu arrombado. Não existe mais defesa de território, liberdade ou ideologias. Os pobres soldados são tão enganados quanto os civis, e não detém poder algum. Robert A. Heinlein estava errado, Dwight D. Eisenhower estava certo.

Agora vou jogar America's Army.

segunda-feira, dezembro 24, 2007

corram party


As inscrições pro Campus Party já estão à mil. Literalmente. Das 3 mil vagas, quase metade já foi. E ainda está acontecendo uma promoção de 100 ingressos grátis. Pode ser que já tenha acabado, senão, está acabando - portanto: corram.

Pena que tiraram meu nome do site. :(
Mas estarei lá!

UPDATE: A promoção já era. Mas ainda estão abertas as inscrições normais.

apple, shut me up

Bom, se a Apple quiser fechar meu blog, lá vai:

"I believe in January will be seeing a brand new device from Apple: A multi-touch notepad to wipe-out Microsoft's UPC. It shall be called MacNote"

Aguardo o contato dos advogados

sábado, dezembro 22, 2007

please don't go, FSJ

A história da Apple comprar o silêncio de webautores está crescendo como uma bola de neve. Tanto que achei que merecia um post só pra dizer isso, mesmo que pequeno (ao invés de dar um update nesse aqui).

Agora meu admirado Fake Steve Jobs está na mira dos advogados da maça também. Inicialmente confesso que fiquei confuso, já que antes de mais nada FSJ é um piadista, e não sabia se era fato ou não. Considerando que não é primeiro de abril, acho que ele está extendendo demais o assunto para ser só uma pregação de peça.

Me faz lembrar a propaganda de um computador inspirada em uma revolução anti Big-Brother (de 1984, não o reality show, sou obrigado a dizer) e controle total. Puxa, de quem era mesmo?



Xmas update: De fato os posts que preocupam a Apple têm a ver com "informações vazadas". E parece que FSJ tomou a rota nobre, se esse post for verdade, confesso que eu pensaria a respeito (ao menos em minha atual posição.

muito amor pra dar

Sou um espectador da série Big Love da HBO. Para quem não sabe ela trata de uma família suburbana mórmon norte-americana, que seria típica não fosse o fato de ser composta por um homem, três mulheres e uma renca de filhos.

A poligamia é ilegal nos Estados-Unidos e não é reconhecida como uma prática pela Igreja de Jesus-Cristo dos Santos dos Últimos Dias (ao menos não mais). Entretanto é de fato praticada por alguns indivíduos e em algumas instituições duvidosas como a Igreja Fundamentalista de Jesus-Cristo dos Santos dos Últimos Dias.

Eu honestamente não estou nem aí se o meu vizinho pratica poligamia ou não. Muitos homens sonham em ter mais de uma mulher. Mas para ser bem honesto, só um louco pra tentar isso pra valer. Se eu já apanho para entender uma só, ou quase uma, imagine então duas ou mais. Claro que instituições reclusas e duvidosas como a supra-mencionada não têm a minha simpatia.

Mas o que me intriga nessa história toda é Hugh Hefner, o conhecido e simpático fundador do império Playboy. Assistindo ao programa Girls of The Playboy Mansion, logo vemos que ele é adepto do princípio, algo que ele pratica há muito – aliás, monogamia é a exceção para ele. Entretanto o comportamento dele é bastante (amplamente seria uma palavra forte demais) aceito, tanto que o programa é um de destaque no canal E!.

A hipocrisia (em potencial?) me chama a atenção. E o pior de tudo é que no caso de Big Love, cada uma das esposas do personagem principal é uma mulher formada, com seus defeitos e qualidades. Já no caso de Hef, são um trio das estereotípicas bimbos, cujas únicos atributos são cabelos loiros e corpo em forma.

Quando é só putaria, até pode, mas se você quer ter uma pegada religiosa na questão, aí não...

sexta-feira, dezembro 21, 2007

um pouco mais 2.0


Há um tempo atrás estava discutindo flash drives e afins com meu pai. E ele questionou qual a necessidade de se ter drives tão pequenos com capacidades tão grandes. Para aqueles que ainda se perguntam isso, direi o que disse à ele: A tendência atual é você deixar cada vez menos informações no computador, deixando-o como uma pura ferramenta de trabalho, e carregá-la consigo para onde for.

Acompanhando os flash drives temos inúmeros serviços na internet: Emails com capacidades enormes, agendas, redes de amigos, drives virtuais e muito mais.

Paralelamente, costumo brigar com alguns amigos entusiastas de internet quando tenho que avisá-los que há coisas novas de seus interesses em meu flickr blog ou coisa que o valha. Sempre digo que isso é muito retrógrado e que eles deveriam ser mais 2.0.

Agora vem o mea culpa. Nunca me aprofundei no uso de RSS e Atom, tenho usado porcamente o leitor que vem no GoogleDesktop e meus blogs favoritos no Technorati, e só. O que significava ter que ficar pulando de site em site atrás de certas novidades. Até agora.

Na casa da Mi aprendi a usar o GoogleReader. E todos vocês lendo isso deviam fazer o mesmo. Usar um leitor de feeds atrelado a um computador meio que derrota o propósito de se manter atualizado sempre, já que muitos de nós usam mais de um computador, incluindo diariamente. Creio que a combinação ideal é organizar seus feeds preferidos no Reader e pegar o feed do próprio Reader no GoogleDesktop ou em alguma extensão do FireFox em seus computadores pessoais.

Agora, se você não sabe o que são feeds, RSS, Atom ou FireFox, não sei que diabos está fazendo aqui. Crie vergonha na cara, leia na Wikipedia e corra atrás. Agora, se você não sabe o que é Google, se mate, agora.

another one bites the apple




Resuminho da situação: A Apple entrou num acordo com o site Think Secret, um site de fãs que fofoca sobre possíveis lançamentos da companhia. Uma batalha judicial tem sido travada desde que os sites PowerPage, Apple Insider e Think Secret vazaram informações sobre o lançamento do MacMini em 2005. A Apple queria desesperadamente que as fontes dos sites fossem reveladas. No acordo foi estipulado o desligamento do site e provavelmente uma polpuda soma em dinheiro.

Não discuto que manter segredos industriais seja importante para a sobrevivência de uma companhia, assim como o boca-a-boca/hype. A questão era que os blogueiros citavam o direito jornalístico de manter suas fontes em sigilo, enquanto a Apple argumenta que blogueiros e donos de sites não são jornalistas e portanto não têm os mesmos direitos.

Desenvolvo esse argumento(canalha) para concluir que quem não está protegido pelos mesmo direitos não está atrelado às mesmas obrigações. O que para mim é algo pior ainda, e que coloca aqueles que levam a sério sua posição como jornalistas livres em uma posição vulnerável e de maior descrédito.

Até grandes veículos se pronunciaram em favor dos autores durante o caso. O que pra mim é uma notícia feliz que ajuda a colocar essa história sob um ponto de vista agridoce.

Serem reconhecidos e defendidos por veículos tradicionais é uma conquista importante para os fornecedores independentes de informação (proclamo direitos autorais sobre este termo!). Infelizmente isso se deu sob a luz de um processo feio, onde uma corporação mais uma vez se coloca à frente do direito de um indivíduo. Essa é a diferença entre um jornalista tradicional e um fornecedores independente de informações, ele dá pessoalmente sua cara a tapa constantemente, e não tem uma empresa por trás que pode ajudá-lo (se caso for de seu interesse, claro).

Outro problema desse caso é que ele pode gerar um precedente legal (no caso dos EUA) ou moral (no caso do resto do mundo), estipulando que blogueiros, donos de site e jornalistas cidadãos em geral, não são jornalistas e são obrigados a revelar tudo que uma grande companhia quiser (A Apple chegou a ter acesso a e-mails). Todo tipo de situação em que o poder de corporações é legitimado em detrimento do poder e liberdade individual me assusta e me enraivece, especialmente num caso como esse, contemplando uma atividade da qual (mesmo que levemente) faço parte.

Como foi feito um acordo, não há precedente legal. Mas a mensagem que a Apple manda é "te dou uma grana, e você cala a sua boquinha pra sempre". De fato colocando uma etiqueta de preço na liberdade de expressão de um sujeito que só queria partilhar sua curiosidade por algo que gosta.

No fim das contas, com o acordo o ThinkSecret conseguiu manter sua fonte anônima, ao custo de sua "vida". Espero que essa decisão tenha sido considerada como a única alternativa para proteger uma fonte (a alternativa nobre) e não como uma chance de tirar uma grana extra (a alternativa podre). Mas parece que estou enganado, já que o advogado do ThinkSecret está falando por aí que a Apple saiu perdendo e a liberdade de expressão venceu, não consigo entender como aceitar um suborno para calar a boca é uma vitória. Honestamente, me parece que ninguém saiu ganhando, já que o site foi calado e a Apple não conseguiu a informação que queria.

Como disse, concordo que o vazar de informações constitui um problema para a Apple (como para qualquer empresa), mas esmagar um agente externo por causa de um problema claramente interno me soa bastante injusto. A Apple deveria de fato rever internamente como a informação e o treinamento de seus funcionários atua para evitar que esse tipo de coisa se repita, já que ela preza tanto pelo sigilo.

Jornalistas por opção, uni-vos!

sexta-feira, dezembro 14, 2007

fuck peta

Eu sempre achei que a PeTA tinha algo de suspeito...

quinta-feira, dezembro 13, 2007

war on war

Acabei de ver isso na TV. Fenomenal, nem tenho como descrever, quase chorei de desespero. Muito melhor do que qualquer coisa que o Michael Moore possa fazer:

Da necessidade de civilidade aérea nacional

Esse texto foi originalmente publica no Overmundo e removido poucas horas depois.



A crise aérea aparentemente passou, e essa semana o assunto entre as companhias aéreas e a Infraero é a possível aquisição do novo Airbus A-380, o recém-lançado maior avião de passageiros do mundo. Mas com ou sem crise aérea, a questão maior é: Temos a capacidade de suportar o uso de uma aeronave desse tamanho?
Estive no aeroporto de Cumbica na terça-feira para conhecer esse mamute dos céus, apenas um dia depois de voltar de uma viagem não livre de incidentes de incompetência. O ponto que quero fazer é simples, mas para compreendê-lo terão que me aturar nesse pequeno diário de viagem:

Na sexta-feira em que parti já houve problemas, não por parte da companhia, mas por parte dos próprios passageiros. Após aguardar cerca de 15 minutos em uma organizada fila, tive o desprazer de ser passado para trás por um trio de passageiros que deixara seu amigo na banheira da fila enquanto eles iam fazer sabe-se lá o que. Quando terminaram seus afazeres simplesmente se juntaram a ele e passaram na minha frente como se não houvesse problema algum. Quando chego ao aeroporto, minha primeira atitude é o check-in, todo o resto pode esperar, afinal estou ali para pegar um avião, não para fazer compras, navegar na internet ou flertar com atendentes de companhias aéreas.

Sempre há um espertinho. Quando se trata de filas e esperas, os adeptos da “lei de Gerson” sempre saem de suas tocas. No recente programa “Aeroporto 24/7” retratando o aeroporto de Cumbica não faltam exemplos de passageiros impacientes sem motivo algum que não conseguem compreender que existem outras centenas de pessoas ali com os mesmos direitos e restrições.

Após alguns atrasos de praxe, a aeronave onde estava ainda foi atrasada ainda mais pois uma misteriosa passageira despachou suas malas mas não embarcou. Tivemos que aguardar enquanto sua suspeita bagagem era removida do porão. Obviamente diversos resmungos de indignação foram proferidos pelos que estavam no avião, sem parar para pensar um minuto no possível risco que uma mala sem dono pode representar para suas vidas. Não sou paranóico, e acho difícil acontecer algum atentado a bordo no Brasil, mas é melhor prevenir do que remediar. E a espera nem foi tão longa, mal terminou o aviso do capitão, já estávamos em movimento.

Mas a experiência mais indignante foi o regresso à São Paulo. Não vem ao caso anunciar qual de aeroporto eu parti, apenas que ele existe, e pertence a uma capital. No check-in, duas filas: Uma modesta e outra ofensivamente quilométrica. A lógica aplicada era a seguinte: Aguarde na fila absurda, quando o check-in para seu vôo estiver perto do fechamento, vá para a fila menor. Ou seja, se você chegar civilizadamente cedo e esperar na fila que mais parece um xingamento, você corre o risco de ter que mudar para a outra depois de esperar umas duas horas e ficar atrás de um sujeito que acabou de chegar.

Com esse sistema estupendo, em um vôo marcado para partir as 11:35, meu check-in foi realizado as 11:15, e o horário de embarque no cartão era de 11:05. Procurei mas não encontrei a máquina do tempo. Na sala de embarque sequer encontrei bancos o suficiente para comportar a quantidade de pessoas esperando, acomodei-me no chão frio e duro como muitos outros. No alto-falante, dois anunciantes diferentes brigavam por atenção em um sistema de som com péssima qualidade e quase incompreensível, em diversos momentos falando ao mesmo tempo. Após a troca de portões, afobados formaram uma fila inútil ao saber que a aeronava estava em solo. Me acomodei novamente no chão, e levantei-me apenas ao abrir das portas, e embarquei junto com aqueles que decidiram ficar meia hora em pé.

O resultado final foi que cheguei a São Paulo apenas as 14:30. Acordando no mesmo horário e pisando fundo, teria gasto o mesmo tempo de carro. E na chegada, mais papelão dos passageiros: Mesmo sendo avisados da não-permissão todos sacaram seus celulares para conversas importantíssimas do tipo “já cheguei, estou no avião.” Com total conivência dos comissários. No trajeto da aeronave até o terminal, um sujeito teve a proeza de realizar quatro ligações telefônicas, todas as quais poderiam ter sido feitas enquanto aguardava sua bagagem ou no táxi. Na esteira, famílias de cinco pessoas tinham a necessidade de ficaram inteiras na beirada da esteira, afinal, apenas uma pessoa não pode pegar as malas enquanto os outros aguardam confortavelmente; e surpresa: ninguém falava ao celular. E na saída das bagagens não havia viva alma para me assegurar de que não estava roubando a mala de ninguém.
Isso tudo aconteceu em um Boeing 737-800, com capacidade para 189 passageiros. Em sua configuração mais folgada um A-380 carrega 525 pessoas, e na mais apertada, 853. Além disso, o 737 é o avião mais popular do mundo, com um pousando a cada a cada cinco segundos com mais de 1,250 aeronaves sempre no ar. Se não possuímos a capacidade de manejar um vôo na aeronave mais comum de todas, como faremos para a maior e mais incomum?

É uma questão de ostentação. Coisa que nós brasileiros adoramos. Antes de arrumar o vazamento do banheiro, compramos um iPod. Antes de reformar os aeroportos e treinar os profissionais, compramos um avião monumental.

Tudo que se discute sobre a adoção nacional do A-380 são questões como tamanho da pista ou quantidade de rampas de acesso, mas e a educação? Visitando a aeronave tive a oportunidade de conhecer os bastidores de Cumbica, e notei o bom-humor e boa vontade de inúmeros funcionários, que entendem as limitações e riscos envolvidos em se estar em um aeroporto. E quanto aos passageiros?

Se um vôo de 200 pessoas atrasou tanto, imagine um com 800. Com ou sem A-380 os passageiros brasileiros ainda precisam aprender muito sobre civilidade. O sistema aeroviário tem um equilíbrio delicado a ser mantido, com questões logísticas e de segurança a serem observadas. Claro que uma ligaçãozinha depois que o avião pousou não o fará cair, mas se você dá a mão, logo querem o braço. Quanto mais permissões você dá, e mais complexas as regras, mais fáceis elas são de quebrar.

Passageiros se comportam como crianças, furando filas, dando chiliques, se achando mais importantes que todos os outros à sua volta. E não irão mudar esse comportamento facilmente. A responsabilidade disso está com os profissionais ali presentes, controladores, comissários, pilotos e atendentes. Eles não são isentos de culpa, e a desorganização do meu regresso é a prova disso. Respeito se adquire com excelência, faça sua parte bem e exija o mesmo dos outros.

quinta-feira, dezembro 06, 2007

liberte-se

Quando forem falar de mim, eis um pequeno release:
FERNANDO MAFRA é designer na área de web e membro do Núcleo de Pesquisas em Histórias em Quadrinhos da ECA. Entusiasta da web 2.0, está na internet há mais de 10 anos, comandando um blog sobre o cotidiano desde 2002 e contribuindo com a Wikipedia. Colaborador assíduo do site Overmundo, já cobriu eventos como a Mostra de Cinema, a Virada Cultural e o Motomix; além de elaborar crônicas e dicas culturais para o guia.

Para medidas corporais, entre em contato em PVT.

seagul screaming marry him, marry him!



Se não entendeu o que Neil Gaiman escreveu no livro da garota, veja aqui.

liane martins é um travesti

Escolher um título para falar sobre o assunto não foi fácil. Pensei em algo mais poético como "culpem a eva", mas essa vagabunda não merece nada nobre conectado à ela. Acabo de ler na versão impressa da Folha de SP essa delegada da corregedoria falando absurdos dos quais eu espero que ela se envergonhe muito depois de lembrar que é uma mulher.

Vamos partir de dois princípios básico:

- Quando você tem algo a perder, você tem boas chances de mentir para se resguardar.
- Quando você já perdeu sua dignidade, seu tempo e a integridade do seu corpo, o que você busca é justiça, e para isso, fala a verdade.

Liane diz que os "policiais foram levados ao erro" pela garota que teria mentido sua idade. Pois bem, em primeiro lugar, um policial deve AVERIGUAR declarações feitas por suspeitos, pois esse tem algo a perder, e portanto pode estar mentindo. Busca-se documentos e testemunhas para assegurar-se de que o suspeito está dizendo a verdade. Segundo, qual possível vantagem a garota teria em mentir sua idade? O que ela exatamente ganharia com isso? Então o motivo para ela ter mentido, ao meu ver, não existe. Terceiro: Não importa a idade! Não se colocam mulheres e homens na mesma cela, nunca.

Ainda lembrando o princípio que propus: E se os policiais estiverem mentindo para a srta. Liane? A garota já perdeu tudo, não tem porque mentir, já os policiais podem (leia-se: deviam) perder o emprego e a liberdade. Puxa, será que eles combinaram uma história para contar para a delegada?

Mas Liane não pára por aí. Além disso, pinta a menina como se fosse uma máquina manipuladora e maligna, que se insinuou e provocou os presos, se ofereceu. Diz que apenas um dos atos sexuais foi abuso - quantos é preciso para se perceber que algo está fora do normal? Talvez devêssemos fazer uma fila e nos revesar com Liane Martins até ela descobrir. Vou contar uma novidade: Quando se está preso, não se pode transar, e homens ADORAM transar, se você colocar uma cabrita na cela é capaz dos presos dizerem que ela se insinuava para eles.

Mesmo que a menina tivesse se insinuado para todos os presentes, sexo com menor ainda é crime. Menores já se insinuaram pra mim, a infância e a inocência estão acabando, e os únicos que as usam como defesa são os marmanjos; numa cara de pau sem tamanho.

O mais horrorizante dessas declarações da delegada é que ela é uma mulher. Ao menos diz que é, na minha opinião, só pode ser um travesti. Depois de anos de lutas por direitos não é possível que uma mulher enxergue essa situação dessa maneira. Agora só falta descobrirmos que ela tem um caso com esse juiz ignorante de sete lagoas.

PS: Peço desculpas aos travestis por compará-los ao esse monstro. Usei a palavra apenas em sentido alegórico.

quarta-feira, dezembro 05, 2007

saiba onde você está

Pelo amor de Deus! Qual é a dificuldade em compreender que Ribeirão Preto e A Fazenda são dois lugares completamente distintos? Não é à toa que os distingúo quando me refiro a eles. Com certeza são bem mais próximos entre si do que qualquer um deles é de SP, ainda sim são localidades diferentes com propósitos diferentes. É como dizer que Maceió e Natal são o mesmo lugar.

Para facilitar aquela que espero ser a última explicação, desenhei, ou melhor, mandei o Google desenhar. A fazenda está marcada com o treco azul, Ribeirão é uma cidade claramente visível no mapa:


Exibir mapa ampliado

terça-feira, dezembro 04, 2007

reuni



Submarino, ensinando o bom português às nossas crianças.

pop

Peguei a dica do Fake Steve Jobs:

Esse povo que empolga demais com novidades é foda. Até os quadrinhos e as tulipas já sofreram com isso.

look(ing) sharp

Sabe quando você quer alguém, mas é meio que descontinuado da vida da pessoa sem grandes explicações e só fica com a pulga atrás da orelha? E então, num belo dia quando está bem largado, mal vestido, com o cabelo tosco e uma barba escrota, comprando presente em um shopping tosco, cruza com a dita pessoa. O que fazer? Fugir, claro! Porque apresentável é que você não está.

Só podemos ficar relaxados quando cercados de pessoas que temos intimidade, caso contrário passamos a imagem de tosco - a não ser que você seja tosco mesmo, caso for, que se dane. Isso foi só para lembrar que é sempre bom estar alinhado e limpo.

Se estivesse assim, com certeza teria cumprimentado, para lembrar-lhe que existo e que estou arrasando. Pois se estiver arrasando, no mínimo um de dois pensamentos irá passar pela cabeça do outro: "Merda, desperdicei um partidão." ou "Putz, preciso desse sabor."

Assim você deixa uma marca boa. Bem, espero ter aprendido a lição: Jamais sair de casa parecendo um bicho reçém saído do zoológico.

segunda-feira, dezembro 03, 2007

banalizando a imagem

Uma amiga acaba de me dizer que quase me passou um freela para desenvolver uma marca. O que seria uma notícia deliciosa, já que desenvolver marcas é a epítome do que um programador visual faz, e é algo que eu gosto de fazer e tive poucas oportunidades para tal.

Mas o chefe dela pediu que ela utilizasse um serviço on-line do qual eu não tinha conhecimento. Algo como marcas remotas por demanda: você manda o briefing para um site, eles te dão algumas opções, você dá uma opinião e voilá! Sua marca está pronta.

O negócio começou a feder pra mim quando a palavra "opções" surgiu na conversa. Ao desenvolver uma marca, deve-se encontrar soluções, uma marca de fato é o resumo de uma série de conceitos em uma imagem e/ou palavras. Se o conceito está bem-definido, o resumo é apenas um, não há inúmeras opções.

Embora os sites que ela tenha me mandado como exemplo (esse e esse) não sejam o fim da picada, e de maneira geral integrem as etapas do proçesso que eu considero correto para o desenvolvimento de uma marca, ainda sim o banalizam. Afinal, cobrar 300 dólares por algo que pode chegar a valer bilhões (como a Nike - um exemplo extremo, confesso) me parece uma depreciação do seu próprio trabalho.

Uma marca bem-resolvida e sólida pode ganhar asas próprias e se tornar um bem por si próprio. Uma marca pode ser basicamente uma empresa que se concentra em direcionar os rumos a serem tomados, e para a execução desses rumos terceiriza fábricas e instalações de pesquisas - tal como a Nike faz. Supondo que alguém comprasse a Nike, compraria apenas o nome, o desenho e alguns escritórios aqui e ali, não fábricas de tênis.

Embora eu concorde que serviços desse tipo possam ser uma ótima solução para pequenos negócios que não podem arcar com profissionais timbrados (como Alexandre Wollner); um profissional de fato timbrado sabe medir e reconhecer o porte e potencial de seus clientes a ponto de oferecer orçamentos e soluções condizentes com ele. Não existe uma fórmula pronta ou tabela de preço para desenvolver a imagem de uma empresa, cada situação é única, assim como toda marca deve ser única.

O que me leva à extensão do problema. O caso extremo desse tipo de atitude seriam os sites que oferecem uma vitrine de logos e layouts prontos, onde o cliente escolhe o que acha mais bonitinho, enfia seu nome e pronto!

Você consegue angariar tanto respeito quanto confere a si mesmo. Portanto se você trata a sua marca com banalidade, ela será exatamente isso, uma banalidade. Da mesma maneira não devemos contratar alguém para criar a nossa imagem de uma forma banal. É como foi resumido aqui, no ramo de identidade visual, um trabalho profissional e de qualidade jamais será gratuíto, exceto em casos de filantropia e amizade.

Escolher sua imagem baseado únicamente no quanto será gasto (seja escolhendo o menor ou o maior preço) demonstra falta de visão. Uma boa imagem não é gasto, é investimento, pois se bem-feita renderá excelentes frutos. Afinal, porque os medicamentos genéricos são mais baratos? Justamente por serem isso, genéricos, sem marca. Sua empresa é genérica ou única?

domingo, dezembro 02, 2007

a fighting chance



Sempre achei isso.

banalizando o oriente


Quando criança adorava comida chinesa. Ia sempre com meus pais no restaurante Golden Palace, em moema, ficava ao lado de um bizarro estabelecimento em forma de castelo - com fosso e tudo, que nunca entendi o que era. Foi lá que adquiri minhas habilidades com o hashi na tenra idade de 6 anos.

Com o passar dos anos fui conhecendo outras cozinhas, inclusive a japonesa. Essa que de uns tempos se alastrou como catapora pela cidade, com algumas especulações de que agora há mais restaurantes japoneses do que pizzarias ou churrascarias em São Paulo. Isso levou a uma queda considerável na quantidade e qualidade dos restaurantes chineses.

Hoje em dia chinês é quase sinônimo de fast food: quilo no shopping (nos quais só tive más experiências) ou China In Box. Fica cada vez mais difícil encontrar um chinês de qualidade, e quando se encontra não é raro o lugar estar às moscas.

Pois bem, hoje comi china in box. Considerando as limitações do serviço, cheguei a uma conclusão importante: Não peçam yakisoba (que por todo o direito é um prato japonês, o equivalente chinês seria macarrão chop suey). Considere os seguintes fatores:

1 - O Yakisoba tem grande tiragem no China In Box. Sem dúvida é o prato mais pedido.
2 - Existem várias opções de "mistura" nele: Com ou sem carne, camarão, frango, porco ou sei lá mais o que.
1 + 2 = 3 - Assim, o yakissoba é preparado da seguinte maneira: Uma panela cheia de macarrão, e panelas separadas com diferentes misturas. Quando chega o pedido eles tacam o macarrão na caixinha e depois cobrem com mistura. Isso é fácil de se notar quando o pedido chega.
4 - O tempero é muito doce e grosso, o que torna a refeição pesada.
5 - Não é raro o macarrão estar mole demais, passado do ponto.

Portanto recomendo o bifum. É um macarrão leve e branco, feito de arroz. A mistura é um pouco diferente e também mais leve. Como a tiragem é menor, as chances de ser preparado na hora são maiores, e como o macarrão é mais fino, está sempre mais bem integrado com a mistura na caixinha.

E jamais peçam o guyoza, sempre está uma droga.

adoro um 69

69% Geek

Portland Dating

dark aliegences

Como mencionei nesse post, estarei trabalhando na CampusParty ano que vem.

Pois bem, agora soube de mais alguns detalhes. Se forem até o final esta página, verão alguns deles, inclusive de que trabalharei ao lado da famosa MariMoon e do ilustre Daniel Duende. Tirem suas próprias conclusões. E sobre eu ser do RJ, bem, não sei de onde tiraram isso, mas também não vou pedir correções pra não colocarem a MariMoon no meu lugar. Fiquei triste porque não tem link pra mim, isso pretendo corrigir.

Mas pensei que linkar para esse blog iria necessitar de uma maior dedicação minha aqui para falar assuntos que interessem aos outros além de mim mesmo. Além de dar uma recauchutada no visual. Como podem ver, a segunda parte está resolvida.

TAKE BACK THE WEB

quinta-feira, novembro 29, 2007

the best night of your life?


Jesse kiss, originally uploaded by f_mafra.

Seria um exagero. Mas que foi boa, isso foi. Pra começo de conversa não estava muito animado pra ir, pelos seguintes motivos:

1- Era longe
2 - Não ia nenhum conhecido meu;
3 - Eu ia lá fazer algo que mesmo me achando no direito, outros discordam e eu poderia ser desmascarado como uma fraude; já que não tenho tanta experiência em cobertura assim.
4 - Não tinha certeza se teria que pagar para entrar ou não.
5 - Não conhecia nenhuma das bandas.

Ok, até agora não disse o que eu faria e onde ia. Fui cobrir mais um dia de Motomix, agora no Clash, durante o show do Eagles of Death Metal. Já que se eu não fosse iria ficar em casa de bobeira resolvi arriscar.

E como valeu a pena. Na entrada achei que teria problemas pois o segurança de nada sabia sobre produtora ou overmundo ou o raio que o parta. Mas logo fui socorrido por um dos produtores que estavam no Ibirapuera domingo. E não, não paguei entrada. Inicialmente fiquei zanzando que nem barata tonta, tirando umas fotinhos bestas do lugar.

Enquanto nada acontecia encostei num canto, e foi quando a fotógrafa da Rolling Stone veio trocar uma idéia. Se eu fosse mais tiete teria deixado transparecer, e se fosse mais escroto teria dispensado. Papinho à toa mesmo, coisa de colegas de trabalho. Fiquei surpreso ao saber que ela não conhecia nenhuma das bandas de todo o Motomix, que vergonha!

Com o decorrer da noite virei coleguinha de outros dois fotógrafos, uma delas do omelete, super gente fina que me deu umas diquinhas do ofício. De todas as pessoas que conversei, só esses dois (que não incluem a Rolling Stoner) conheciam o Overmundo.

Não podíamos usar flash nas fotos, e só ficamos no fosso no começo do show. Depois de umas cinco músicas: Expulsos. O motivo é simples: ira da platéia, que eu senti na pele com alguns tapas na minha cabeça. Ainda levei uma baquetada na cabeça, quando o baterista lançou a baqueta; a qual eu dei na mão de uma menina na esperança de suborná-la e conseguir um aliado que evitasse maiores espancamentos.

Acabei por esbarrar com Paulo Castilho, um conhecido da TV Cultura. Fui entrevistado para o Metrópolis, quando descobrir digo quando irá passar. E bem no final ainda esbarrei com outros dois amigos.

Querem saber como foi o show? ANIMAL. Jesse, o líder do Eagles, é um dos maiores showmen que já vi. Em breve a crítica em si. Essa noite mostrou como é bom as vezes fechar os olhos e pular...



UPDATE: O texto já está no Overmundo.

sábado, novembro 24, 2007

piu piu

Na cozinha logo que acordei ouvi alguns passarinhos piando e cantando. Minha mãe colocara algumas sementes de manga perto da janela para secarem, então pensei: "vou deixá-las do lado de fora, assim os passarinhos virão comer e alegrar o dia!" Logo depois de executar a manobra ouvi outro piado, mas esse parecia próximo, vindo de dentro da cozinha. Depois de mais um percebi que não se tratava de um pássaro, mas sim da tampa da cafeteira...

sexta-feira, novembro 23, 2007

i love you golden blue

Novo objeto inatingível de desejo:

sexta-feira, novembro 16, 2007

órbita estacionária

Já estou começando a ficar de saquinho cheio de ficar desempregado. Estou mandando portfolios, tem alguns freelas em vista, mas nada ainda é tangível. Não estou ficando preocupado, ainda, só extremamente entediado. Eu até poderia fazer algumas mil coisas para me manter ocupado, mas a inércia é uma lei filha da puta e minha marcha está cada vez mais lenta.

Para celebrar isso tudo, finalmente criei um twitter, assim todos podem bisbilhotar minha vida em tempo real. Isso se eu continuar alimentando aquilo. Hesitei em entrar pois acho que coisas suficientes da minha vida já estão disponíveis on-line, achei que esse olhar em tempo real talvez crie uma paranóia dentro de mim. Mas dane-se, vamos testar!

Acho que também vou mentir no twitter, colocar pistas falsas sobre minha vida enfadonha. Alimentar a imaginação daqueles que já criaram para mim uma vida cheia de aventuras. Vocês verão, vou fazer sexo como nunca.

quarta-feira, novembro 14, 2007

by your command

Para os espertos que acompanham Galactica, a espera está sendo torturante. Para eles e os bobos que não acompanham fica aqui o preview do que virá na quarta temporada:



Finalmente entendi o que a Starbuck grita: "We're going the wrong way!" - Puta merda. Juntando isso com as informações do Razor, o caldo fica ainda mais grosso. Pra quem está por fora, Razor é um filme para TV que ainda não estrou, mas já vazou na rede. Pode não ser o melhor que Galactica já nos ofereceu, mas ainda sim é muito bom; além do engrossador de caldo, temos o retorno dos centuriões da série original - que também aparecem nos Razor Flashbacks.

quarta-feira, novembro 07, 2007

carreira não-carreira

Há um tempo atrás rolou um papo de Agência Overmundo, não sei se mencionei aqui no blog. Mas seria um esquema dentro do Overmundo onde alguns colaboradores seriam selecionados para integrar uma sub-rede de correspondentes para produzir conteúdos específicos, cobrir eventos e coisas do tipo. Eu seria um dos integrantes.

O tempo passou e o assunto morreu. Por um lado eu tinha ficado empolgado e por outro procupado. Overmundo é algo que gosto muito, mas que faço realmente por amor, não ganho nada pra isso, então faço quando posso e sobre o que eu quero. Integrando uma agência interna eu talvez fosse convidado para fazer algo que não gosto, e a questão que entraria é: Eu ganharia para isso?

Bem, com ou sem Agência, acabei de conseguir o primeiro trabalho no estilo. Cobrir a Campus Party Brasil e ser pago por isso. É um evento muito doido, que eu iria como usuário, mas conseguir um esquema desses é sensacional, estou ansioso.

Em paralelo também fui contatado pelo MOTOMIX para ajudar na divulgação, mas não sei se isso irá se estender para algum tipo de cobertura do festival. Veremos como se desenvolve.

À época em que apareci no Estadão, meus parentes queriam entender exatamente o que era esse tal de Overmundo e o que eu fazia nele; quando eu dizia que era por esporte e não ganhava nada por isso, só o prazer de ser lido, alguns ficavam levemente chocados. Portanto, vale mencionar que os dois contatos foram por contatos Overmundianos. O que mostra que fazer algo apenas pelo fazer pode depois trazer benefícios extras.

terça-feira, novembro 06, 2007

cagonices digitais

Eu não sou um bot, não sou um e-mail falso de banco ou da Americanas, sou um ser humano. E se sou seu amigo e estou te indicando um link no gTalk ou no MSN significa que quero partilhar algo com você.

Gostaria de deixar claro que não infecto computadores alheios, muito menos os dos meus amigos. Portanto, se estou passando a porra de um link é para você olhar, pois é de seu interesse, caso contrário guardaria pra mim.

Só hoje duas pessoas me perguntaram se os links que eu estava mandando eram seguros ou não continham vírus. É como se você fosse abraçar seu amigo e ele lhe perguntasse "esse abraço é seguro? você não vai quebrar meu pescoço não, né?"

Haja saco. A tendência é TROCA de informações. Acostumem-se, paranóicos, e por favor confiem ao menos nos seus amigos.

segunda-feira, novembro 05, 2007

walk the walk and talk the talk



O Bruno fica comentando sobre zumbis em um post nada relacionado ao assunto, então acho por bem fazer uma menção no blog à Zombie Walk. Pronto, está mencionado. É que os relatos principais estão no YouTube (nesse video aí de cima), no Flickr e no Overmundo.

Enjoy, and run!

quarta-feira, outubro 31, 2007

a caminhada dos mortos



Estejam lá.

não se pode ganhar todas

Essa semana tive minha primeira colaboração não-publicada no Overmundo. Acho que estão ficando cansados dos meus Diários da Mostra. A pena é que se os outros dias forem publicados ficará um buraco no meio.

Entretanto, o dia de ontem foi relativamente interessante e há um detalhe sobre o filme Fragmentos de Tracy que acho que tornam a colaboração digna de publicação.

E agora em votação está uma modesta entrada sobre o Motomix 2007, pelo qual fui contatato para publicar algo no Overmundo. Entrevistei os curadores dos projetos e espero em breve publicar essas entrevistas na íntegra e também a programação do festival em si.

segunda-feira, outubro 29, 2007

mostrando escondido

Apesar do último filme que eu falei aqui ser de segunda-feira, vi vários outros essa semana, os "Diários da 31ª Mostra" no Overmundo estão lá como prova. Quero falar mais afundo sobre os filmes, mas o pique é difícil, estou pensando no que fazer exatamente, talvez fale só dos meus preferidos, talvez não fale mais nada, veremos.

quinta-feira, outubro 25, 2007

take it back!

Além de ser o melhor browser da história, o Firefox está com uma das melhores campanhas, digo, estará. E como é um software aberto, a campanha também será, através de intervenções públicas feitas pelos usuários.

Basta mandar seu plano de intervenção para o Operation Firefox e concorrer a um Nintendo Wii ou um MacBook Pro. Gênios.

Foxkeh banners for Firefox 2

segunda-feira, outubro 22, 2007

Lust, Caution - 31ª Mostra de Cinema de SP

Muitas vezes não ler a sinopse no site da mostra é uma boa opção para manter a surpresa. E na verdade é o que geralmente acontece, faço uma leitura dinâmica e a partir daí tomo minha decisão. Eu sei que parece tosco, mas muitas vezes guarda a surpresa e me poupa de possíveis momentos de raiva.

No caso de "Lust, Caution" me rendeu excelentes surpresas. Esperava um filme cheio de Luxúria, e acabei levando um filme com bastante, mas com mais Cuidado do que imaginava.

O pano de fundo é a China ocupada por japoneses nos anos 50, Mak Tai Tai, uma jovem aristrocata joga mahjong com suas amigas e troca um olhar suspeito com o marido de sua anfitriã. Logo imaginamos que algo está no ar, pois ela parte em seguida. Um caso amoroso seria a resposta óbvia.

Então somos lançados ao passado e descobrimos que nem tudo é o que parece. Tentando montar o quebra cabeças logo imaginamos que os dois não são amantes, mas sim comparsas no crime, ou melhor, em contravenção. O filme se mostra um thriller de espionagem, com nossa Wang como fio condutor da história, uma espécie de James Bond de saias e olhos puxados.

A luxúria é vasta sim, é um dos filmes mais explícitos que vi na mostra, para deixar Instinto Selvagem com inveja. Mas não é vazio como tolices estilo Shortbus. O próprio cenário histórico e a trama traçada acabam por colocar o sexo em segundo plano, ao menos na minha opinião, embora a força das cenas seja de suma importância para compreendermos o desfecho final da relação entre Mak e Sr. Yee.

E tal relação se constrói em traição em cima de traição, qual delas seria a maior? Fica difícil entender as verdadeiras intenções de Yee e mesmo de Mak, que com seu rosto delicado nos passa (e a Yee) uma falsa inocência. Em certos aspectos ambos são de fato inocentes, depositando fé um no outro baseados apenas na tal luxúria, não há promessas ou palavras de carinho, apenas os atos entre quatro paredes.

Definitivamente o melhor de ficção que vi na mostra, nota 4, mas provavelmente merecia um 5.

por uma vida mais web 2.0

Se meus amigos lessem esse blog ao invés de ficarem me perguntando as coisas eu não teria que digitar as mesmas coisas um zilhão de vezes no messenger. Isso é especialmente irritante quando estou tentando me concentrar em escrever para postar aqui e no overmundo sobre justamente o que estão me perguntando.

O Ano do Peixe - 31ª Mostra de Cinema de SP

Acabei perdendo cerca de 20 minutos do início do filme, portanto podem considerar minha opinião incompleta. Mesmo assim consegui pegá-lo em um ponto aceitável para compreendê-lo e envolver-me.

Ao perceber que se trata basicamente da história de Cinderella em Chinatown, achei que estava fazendo algum tipo de descoberta - mas é isso que dá não ler a sinopse direito, já que isso está claramente explícito nela.

O filme utiliza uma técnica de rotoscopia digital semelhante à de "O Homem Duplo" e "Waking Life", não com o mesmo efeito cartunesco, mas numa tentativa de aproximar-se de uma pintura impressionista. Mas o resultado ainda é parecido, ainda mais considerando o tom de fábula da história, que quase a coloca como um quadrinho de Neil Gaiman.

Ye Xian é uma imigrante sofrida que padece nas mãos de uma chefe cruel, e atravéz de encontros fugazes com Johnny e figuras bizarras nas ruas de Nova Yorque consegue encontrar um fio de esperança para sua situação. Seu único amigo é um peixe mágico que cresce demais para seu próprio bem.

A trilha sonora é exagerada em alguns momentos, assim como a narração ao final do filme - nos beneficiaríamos com algo mais sutil. Mas o filme não tenta mascarar seu positivismo em momento algum, assumindo o que é: quase infantil. Um dos pontos positivos é ver diversos atores orientais que estamos acostumados a ver como coadjuvantes em produções hollywoodianas como os protagonistas da história.

Acabei por dar 4 em 5, mas ainda estou na dúvida se vale tanto. É provável, mas considerando que não vi o filme todo deveria ter me abstido.

Perdido em Pequim - 31ª Mostra de Cinema de SP

Tenho dificuldades para escrever quando um filme é mais ou menos. Se ele é o máximo ou um desastre completo eu me esbaldo, mas no caso de Perdido em Pequim acabo ficando em cima do muro - e em se tratando da Mostra, acabo sempre em dúvida se a culpa é minha ou do filme - a sorte é que pude conferir com amigos independentes e no caso é culpa do filme mesmo.

Na verdade o filme é bom, competente. Mas não é imperdível, se você tem outro do qual está mais seguro para ver, não vale a pena mudar os planos. O mesmo que eu diria sobre O Ano do Peixe, mas aquele tem um toque a mais que o diferencia.

Uma produção bem feita, com boa história e performances muito boas, Perdido em Pequim tem tudo para ser um filmaço. Mas acaba se perdendo em sua própria narrativa, criando armadilhas para si mesmo na trama - especialmente no último terço do filme, que poderia ser completamente diferente, mais simples e mais curto, dando muito mais impacto.

Vale como um retrato da China atual, muito mais competente do que Solstício de Verão, mas ainda inferior à Dumplings. O contraste entre a classe emergente a aqueles que lutam para sair dos cortiços, e à confusão de valores que isso acarreta são temas poderosos que poderiam diferenciar este drama com toques de comédia incidental.

Eu digo, assistam, mas não percam Dumplings: Nota 3 em 5.

Solstício de Verão - 31ª Mostra de Cinema de SP

Primeiro exemplar do meu chamado "Dia do Dragão". Apesar de o Marcos e o Kawano estarem na mesma seção não assisti ao filme exatamente com eles, pois fui o único que entrou na sala no horário.

Começo dizendo que a cópia estava um lixo, a pior cópia que já vi na Mostra ou em qualquer cinema em toda a minha vida. Partindo daí o filme não se esforçou muito para elevar a qualidade dessa experiência decepcionante. As limitações de tempo e orçamentárias são visíveis, mas em princípio eu não considero isso um defeito, a questão é que como Robert Rodriguez diz: Quando não se tem recursos é preciso compensar com mais criatividade e inventividade - qualidades em falta neste filme.

A história tem um potencial incrível, mostrando as dificuldades da China contemporânea, e que o lema de "New York, New York" na verdade se aplica aqui: If you can make it there, you'll make it anywhere. E no caso nenhum dos personagens é capaz de "make it" - um paralelo do próprio filme. Confesso que até agora não entendi se é inspirada em fatos reais, nenhuma informação que encontrei sobre o filme na web diz isso, mas uma legenda ao final dá esse tom.

A edição e o som são sofríveis, em especial no final do filme, a trilha sonoroa é totalmente ausente e as atuações são bestas. O único apelo que o filme tem está na pequena LiuXiao, que infelizmente é sub-aproveitada. Durante a meia-hora final estava considerando fugir do filme, especialmente porque já estava atrasado para o filme seguinte (calculei errado a duração deste), e só não o fiz pois estava sentado ao centro da fileira e acabaria atrapalhando outros espectadores.

O ponto mais baixo da mostra até agora: nota 2 em 5.

domingo, outubro 21, 2007

agenda

Com o Palm ainda debilitado estou usando outra ferramenta para organizar meus desejos cinematográficos, Google Calendar, totalmente web2.0. E os disponibilizo à vocês. Observem que onde há intersecções entre filmes é onde eu tenho que tomar decisões difíceis, algumas já foram tomadas, outras não.

sexta-feira, outubro 19, 2007

MOEBIUS REDUX – A VIDA EM IMAGENS (2006) - 31ª Mostra de Cinema de SP



A vida e obra de Jean Giraud, mais conhecido como Moebius desde os tempos da Metal Hurlant são expostos aqui pelo próprio e por alguns ilustres colegas de trabalho. Através de entrevistas filme traça um belo perfil geral dessa figura importantíssima na história dos quadrinhos, tanto em atitudes como em influência visual.

Iniciando com uma sequência animada inspirada no estilo gráfico Moebiano "listando" alguns de seus principais trabalhos, o documentário coloca os prós e contras da vida do personagem, do ponto de vista do próprio e daqueles que conviveram com ele.

A trilha sonora é competente, mas não impressionante, mas para compensar o filme consegue alternar bem a paisagem trocando de personagem antes que eles se tornem profusos demais; e em quase todos os momentos em que o próprio Giraud está na tela há uma troca constante do fundo, alternando entre seu local de trabalho, sua loja e exemplos de seu trabalho.

O filme peca por mencionar apenas pontualmente sua vida pessoal, deixando de fora completamente entrevistas com familiares. Mas isso não o compromete, pois transparece vir de uma decisão consciente: Analizar Moebius como artista. E ele definitivamente o é.

nota 4 em 5.

AS CRIANÇAS PERDIDAS DE BUDA (2006) - 31ª Mostra de Cinema de SP


No interior da Tailândia vive um ex-lutador de mai-thai, agora um monge budista ele recolhe crianças para educá-las e ajuda como pode os vilarejos montanheses perto de seu monastério até a fronteira com a Birmânia (você pode conhecâ-la como Myanmar agora, mas sempre será Birmânia pra mim).

O filme do Holandês Mark Verkerk mostra o dia a dia dessa figura e aqueles que estão à sua volta (destacando três crianças ao longo de um ano). O filme é competente, mostrando como crianças vão parar sob seus cuidados, o dia a dia, a maneira que o monastério se sustenta e uma viagem de 100km à cavalo até a fronteira, entre outros eventos.

A narrativa se constrói apenas pela observação dos eventos e através de algumas entrevistas diretas com o monge, sua "freira"(?) e algumas das crianças. A primeira vista o filme parece distânte e averso à interferências mais diretas, mas ao observar a maneira como algumas cenas são executadas, complexas demais, é de se questionar o quão expontâneos alguns eventos mostrados foram. Em paralelo, a ausência de um narrador, em uma história com tanta carga emocional por trás pessoalmente fez falta, todas as informações complementares são passadas através de legendas.

Interessantemente, isso traça um pequeno paralelo com a própria figura do monge, que em suas próprias palavras acredita no "tough-love" (amor durão), misturando doçura com severidade no tratamento das crianças e dos aldeões.

Nota 3 em 5.

revele-se!

A mostra começa hoje, e como o passe de 20 filmes se esgotou, comprei o passe especial desempregado: filmes ilimitados de segunda à sexta até as 17hs. Minha lógica foi: Se continuar desempregado, vejo vários filmes, se arrumar um emprego o salário compensa o preço do passe.

Hoje já tenho duas solitárias incursões cinematográficas enfileiradas, espero falar sobre elas aqui mais tarde.

Refletindo sobre minha overausência, essa seria uma boa oportunidade para retornar ao Overmundo, do qual faço parte à exatamente um ano por causa da Mostra. Mas tenho que encontrar o "ângulo certo" para os meus diários da mostra.

Para me atrapalhar, o Palm Desktop, o software que me salvou ano passado, permitindo que eu montasse uma complexa programação, resolveu dar um pau ferrado e tive que entrar em contato com o suporte da Palm para resolver o problema - aguardando resposta. Espero não ser prejudicado por esse empecilho.

Aos que participarão da odisséia cinematográfica fica aqui o convite a se juntarem à mim. Lembrando que dou preferência à seções frequentadas por aposentados...

quinta-feira, outubro 18, 2007

diet

Bom, voltei da fazenda e agora estou com (quase) tudo. A versão lite do portfolio está no ar: enjoy.

quarta-feira, outubro 10, 2007

sugar, spice and everything nice...

Essa é a receita anglo-saxã para criar a garota perfeita. Mas eu discordo. Na minha opinião só tudo de bom não é o suficiente, é preciso um pouco de malvadeza.

Não digo malvadeza com relação à minha pessoa, à là Femme Fatale, mas uma dose de crueldade e descrença em relação ao mundo, aquele toque de sarcasmo. Da mesma maneira é preciso haver um mix entre realidade e fantasia: saber planejar um plano de aposentadoria (fantasia) e em seguida debater qual o melhor plano para sobreviver à iminente ascenção dos zumbis (realidade).

Basta pegarmos desenhos animados como exemplo: Com quem você se casaria, a Hello Kitty ou a Pucca?

Meninas que se prezem precisam de um pouco de Chemical X.

segunda-feira, outubro 08, 2007

os puros

Já devo ter mencionado aqui uma vez que minha prima me chamou de certinho pelo fato d'eu não compartilhar o expresso familiar do fumacê, o que me deixou extremamente nervoso e quase fisicamente violento; mas em seguida um primo me falou uma das coisas mais legais que já ouvi a meu próprio respeito.

Pois bem, nesse fim de semana ouvi tal julgamento de alguém que encontrei apenas duas vezes por não mais que duas horas de tempo somado. Esse tipo de julgamento rápido para mim é um indicativo de limitação intelectual, cuja "lógica" de pensamento só posso atribuir ao fato de que uso óculos.

Houve uma época em que esse tipo de coisa me balançaria, pois é justamente o que não quero ser - não que eu seja o rei da contravenção também - mas ficar enumerando os motivos pelos quais eu seria ou não certinho seria um exercício de futilidade e aos olhos de Schopenhauer um erro crasso. O tempo de ficar nervoso com esse tipo de coisa foi-se, e obviamente o de ficar surpreso também. É apenas decepcionante. Ao invés de se preocuparem em conversar e descobrir coisas interessantes em comum ou assuntos inflamatórios para debater e ficar merecidamente nervoso, alguém decide simplesmente cuspir um julgamento aleatório que só pode criar bloqueios sociais e levar a mais erros de julgamento.

Mas me fez pensar: Afinal o que é ser certinho? Achar que o mundo é podre e que tudo está do avesso ou se conformar com tudo o que aparece e só se preocupar em garantir o seu? É transar com inúmeras pessoas ou ficar em casa vendo pornografia animal? É fumar camel e beber vodka ou fumar haxixe e beber chá de cogumelo? É passar o Carnaval em Salvador ou fugir para Buenos Aires?

Não há respostas claras. As convenções somos nós mesmos que criamos, o que parece certinho para mim pode não ser certinho para os outros. Vamos pensar em termos mais abstratos: Qual o oposto de certinho? Erradinho? Malzinho? Se apenas eu tivesse um bom dicionário de antônimos...

Especulo que a maioria goste de pensar que é uma pessoa boa. Assim, o básico: faz o bem para si, para os que estão à sua volta e para o mundo (a doce ilusão global). Isso não seria o mesmo que ser certinho? Todos que pensam assim na verdade são certinhos, mas não querem admitir, provavelmente porque os malvados se vestem melhor nos filmes.

"Tudo é puro para os puros"
Apóstolo São Paulo, Epístola a Tito, I, 15.

under pressure

Que tem gente me cobrando o portfolio já faz um tempo é sabido. Agora que estou na última semana de trabalho a encheção de saco padrão está começando a apontar....

sexta-feira, outubro 05, 2007

concurso 2.0

Agora o Flickr deu mais uma dentro. É o concurso Apresente o seu Brasil para o Flickr. Basta usar os recursos normais de um grupo e dos mapas do Flickr para participar com quantas fotos quiser.

Estou nessa com certeza.

sábado, setembro 29, 2007

churrasco grego



Kosta, o greco-libanês, está há uma semana em SP. Temos nos falado e nos encontrado bastante, vários programas e tudo o mais. E agora o André está aqui em casa também. A grande notícia é que graças a sua fascinação por picanha e o atraso/sumiço do Bruno na quinta feira acabamos sofrendo de intoxicação alimentar nessa sexta.

Enquanto isso as pressões para terminar o portfolio continuam, ai meu coraçãozinho...

terça-feira, setembro 25, 2007

lets get out of this country?



Thanks for your interest in Last.fm Your email has been forwarded to the appropriate hiring manager, who will be in touch shortly if an interview makes sense.


I hope it does!!

quarta-feira, setembro 19, 2007

a terra do faça o que quiser


Na Graphic Novel V de Vingança, sobre a qual já falei várias vezes, a Inglaterra, por uma série de eventos é tomada por um governo totálitário e opressor, onde a liberdade é inexistente e as restrições e vigilancia do povo são intermináveis.

Bem, até a algum tempo eu estava testemunhando esse mesmo tipo de transformação em uma escala menor. Quando minha voz começa a perder cada vez mais a força ante as autoridades, mesmo quando o povo clama, tive duas opções:

1- Iniciar uma revolução.
2- Cair fora.

Como a revolução era financeiramente e matematicamente impossível, já que não estamos de fato falando de um governo a ser derrubado; e a opção do "ame-o ou deixe-o" foi claramente estipulada por aqueles com o poder, escolhi a segunda opção.

Sinto-me mais leve, apenas triste pois estou abandonando alguns amigos nesse navio que está obviamente afundando, espero encontrar um porto seguro em breve, e que eles façam o mesmo. É triste ver algo que você já gostou muito deixar esse gosto amargo na boca, poderia ter sido mais consistente na minha luta, mas tenho certeza de que no fim o resultado seria o mesmo.

Espero que essa manobra signifique o primeiro passo de muitos para resolver meus problemas de atitude, ainda mais porque ela exigirá várias outras manobras subseqüentes para estabilizar minha situação.

Estou pronto para novas aventuras e aberto a propostas e sugestões, só tenho que cumprir o aviso prévio...

Deixo vocês com Suburban Kids With Biblical Names:

Loop Duplicate My Heart

And it's bigger than everything i have ever done before
And it's bigger than everything i have ever done before

I've found a reason for staying home tonight
just by myself tonight - all by myself
i'm gonna loop duplicate my heart into a million songs

I've found a reason for going out tonight
i'm making out tonight - with my computer
I'm bringing guitars on hold on my multitrack - goes around

And is it really so?
So many interesting effects
I wanna try,
I wanna try them more on you

And it's bigger than everything I have ever done before

Can't get no sleep tonight - feels so good tonight
damn it feels so sweet tonight! - all by myself
the neighbours can't complain 'cause i got my head phones on

Can't get no sleep tonight - damn it feels so good tonight!
everything is allright now (my computer)

I'm gonna sing a million songs for you
so i hope you enjoy it

And is it really so? So many interesting effects
I wanna try,
I wanna try them more on you

And it's bigger than everything I have ever done before
And it's bigger than everything I have ever done before
And it's bigger than everything I have ever done before

sábado, setembro 15, 2007

fotomusica 2.0

Já falei sobre as maravilhas do Flickr duas vezes, e também sobre as maravilhas do last.fm. Agora é hora de uní-los. Como deveriam saber, na quinta estive no show do Nouvelle Vague, e lá fiz algo que não fazia a algum tempo: tirei fotos do evento.

Prontamente as postei no Flickr e em seguida usei um recurso que para mim é novidade. Ao organizá-las online acrescentei uma tag recomendada pelo last.fm que linkam as fotos diretamente à página do evento do site; que juntamente com o review que fiz, ajudam àqueles curiosos por opiniões e registros encontrá-los mais facilmente.

Mais um ponto para o last.fm. Bem, além das fotos fiz dois breves vídeos com trechos da última música tocada: Just Can't Get Enough, em uma versão diferente da que conhecia. Estão no YouTube, enjoy.

vá de bike!

Morando a 10 quarteirões do Metro Sta. Cruz e trabalhando no Conjunto Nacional, em média gasto o mesmo tempo indo trabalhar de ônibus, metrô, carro ou bicicleta. Sendo que de carro é a maneira mais cara a estressante de fazê-lo, e de bicicleta a mais cansativa emocionante e saudável.

Embora eu esteja parado há algum tempo e não tenha ido de bike, essa semana reparei algo curioso: Pela vi marcas espalhadas pela Av. Paulista e pela Estados Unidos, como marcando uma faixa de bicicletas; procurei pela internet e não descobri se é alguma iniciativa governamental, parte de algum evento ou intervenção de algum grupo pro-bike.

De qualquer maneira é algo legal de se ver e é o registro de algum tipo de iniciativa, mesmo que tímida. Espero descobrir logo e que isso incentive as pessoas a usar esse meio de transporte sensacional.

Vale lembrar que o Dia Mundial Sem carro está se aproximando, e essa intervenção pode ter alguma relação com isso.


UPDATE: Cheguei a mandar um e-mail para a vereadora Soninha perguntando se ela sabia do que se tratava, até agora sem resposta. Mas meu amigo Ícaro sanou a dúvida, foi o pessoal da Bicicletada. E hoje, 18 de setembro, saiu uma nota na Folha (só para assinantes), mas lembre-se, você viu primeiro aqui ;)

sexta-feira, setembro 14, 2007

vox populi, vox dei 4

Mais um voto. Entretanto as chances d'eu sair da disputa são grandes.

terça-feira, setembro 11, 2007

you gotta give to get back

Bom, um ínfimo passo rumo ao futuro foi dado, na forma de fmafra.com. Não tem nada demais ainda, só uma telinha teaser e uns links para minhas atividades web2.0 mais respeitáveis. Espero dar notícias maiores a esse respeito em breve.

Por enquanto fiquem com "El Perro Del Mar"

god knows
I've been taking a lot without giving back
god knows
I've been taking a lot without giving back

you gotta give to get
you gotta give to get back
you gotta give to get
you gotta give to get back
you gotta give to get
you gotta give to get back to the love

god knows
I've been taking a lot without giving back
god knows
I've been taking a lot without giving back
god knows
I've been asking a lot without giving back

you gotta give to get
you gotta give to get back
you gotta give to get
you gotta give to get back
you gotta give to get
you gotta give to get back to the love

get back got to get back
get back got to get back
get back got to get back
get back got to get back

Em alguns casos pra mim é o contrário...

segunda-feira, setembro 10, 2007

vox populi, vox dei 3


Conquistei mais um voto. Pena que não é uma democracia...

monday, monday, monday

Depois de uma "week of hell" fui pra BH no feriado como uma decisão de ultima hora (que deveria ter sido a primeira decisão na verdade) e acabou sendo um feriado estranho, uma montanha russa de emoções praticamente.

Comentei com o André como a face de BH mudou para mim ao longo dos anos. Primeiro era o lugar onde eu passei minha adolescência, em seguida era só farra, depois namoro. E agora? Olho em volta e não vejo grandes chances de ser o lugar da farra de novo. Claro que ainda dá pra fazer farra, mas não de SER farra, se é que me entendem. Ainda é uma cidade que eu gosto muito, cheia de pessoas que eu adoro, tenho certeza de que algo será resolvido a esse respeito.

Já hoje foi um dia meio estranho. Pra começar que enquanto eu tomava um café com pão de queijo na rodoviária um passarinho pousou na minha mesa duas vezes. Na primeira dei um pedacinho de pão de queijo e ele voou feliz, da segunda tentei tirar uma foto com o celular, mas ele foi mais rápido e partiu.

E no fim do dia me entreti no metrô com uma criancinha simpática e brincalhona. Ajudou a tirar o stress das coisas que ficam batucando na minha cabeça. Fora o fato de que chegou aos meus ouvidos que alguém que já caiu muito no meu conceito andou falando o que não devia...

Para fechar, deixo essa letra fantástica das meninas Tegan & Sara. Mesmo elas sendo mais velhas, gostaria que fossem minhas filhas, só pra eu me orgulhar muito. A música encaixa bem, mas não sou eu que canta todos os versos:

This week or last week
I don't really care about it anymore
I write myself this letter
I tell myself you let me go
Without me
What's wrong with you?
Monday Monday Monday
Monday Monday Monday
Monday Monday Monday
Monday Monday Monday
Your house or mine
I don't really care about it anymore
I close my eyes
I, I make myself unhappy so you'll go
Without me
What's wrong with you
Monday Monday Monday
Monday Monday Monday
Monday Monday Monday
Monday Monday Monday
Oh, and I
I say damn your mood swings
Damn your mood swings
Oh, and I
I say damn your mood swings
Damn your mood swings
I'm calling out
I don't really care for your city anymore
I spend the night
I lay awake and miss you when you go
Without me
What's wrong with you
Monday Monday Monday
Monday Monday Monday
Monday Monday Monday
Monday Monday Monday
Oh, and I
I say damn your mood swings
Oh, and I
I say damn your mood swings
Damn your mood swings
Oh, and I
I say damn your mood swings
Damn your mood swings
Oh, and I
I say damn your mood swings
Damn your mood swings

quarta-feira, setembro 05, 2007

o apressado paga caro


Hoje vou falar sobre o iPhone. Ou quase. Vou basicamente dizer que ele tem 8GB de memória interna custando US$400 (na Apple Store).E para comprá-lo é preciso fazer um contrato com a AT&T de dois anos; como o telefone é selado você não pode simplesmente trocar o chip pelo de outra operadora. Além disso todas suas funções são bloqueadas por software até que o telefone seja ativado pela operadora (embora já tenham encontrado métodos de burlar isso e usar o telefone como um PDA/iPod multitouch).

Ou seja, se você mora em um país como o Brasil, o máximo que pode fazer com seu iPhone é usá-lo como iPod de luxo, gastando no mínimo 400 dólares e mais umas contas da AT&T para isso.

Hoje saiu o novo iPod touch - tocador multimedia multitouch com funções de PDA e Wi-Fi. É basicamente um iPhone sem as funções de telefone, em versões de 8GB e 16GB, a partir de US$299.

Isso explica porque a Apple não reclamou quando desbloquearam os iPhones mundo afora. Mais grana no bolso deles, e ainda aposto que uma boa parte dos que fizeram essa manobra iPhone também vai comprar um iPod touch. Parabéns aos apressadinhos.

domingo, setembro 02, 2007

share-me

Eu estou agora licensiando a minha pessoa como:
Creative Commons License
This work is licensed under a
Creative Commons Attribution-NonCommercial-ShareAlike 2.5 License.

Você pode:

  1. copiar, distribuir, exibir e executar a obra
  2. criar obras derivadas
Sob as seguintes condições:
  1. Atribuição. Você deve dar crédito ao autor original, da forma especificada pelo autor ou licenciante.
  2. Uso Não-Comercial. Você não pode utilizar esta obra com finalidades comerciais.
  3. Compartilhamento pela mesma Licença. Se você alterar, transformar, ou criar outra obra com base nesta, você somente poderá distribuir a obra resultante sob uma licença idêntica a esta.
  • Para cada novo uso ou distribuição, você deve deixar claro para outros os termos da licença desta obra.
  • Qualquer uma destas condições podem ser renunciadas, desde que Você obtenha permissão do autor.
  • Nothing in this license impairs or restricts the author's moral rights.

sábado, setembro 01, 2007

o novo papel

Meu amigo comprou hoje um motofone, aquele celular feijão com arroz da motorola, que até agora eu achava algo aquém das minhas necessidades e cujo único atrativo era ser fino e barato.

Pois bem, comentando sobre o celular eu disse algo como "ah, esse seu celular com display de e-paper...", e o assunto e-paper entrou em pauta. "quando esse e-paper vai sair comercialmente, hein?", perguntou ele, então resolvemos checar no receptáculo universal de conhecimento.

Qual não foi a surpresa ao descobrir que o display do telefone é de fato feito de e-paper? Para quem não sabe e-paper é uma tecnologia que re-inventa o papel, projetando imagens em uma superfície fina e flexível; a imagem fica "impressa" indefinidamente e energia só é gasta quando a imagem muda. A leitura de maneira geral é menos cansativa que uma tela CRT ou LCD e mais fácil em ambientes muito iluminados. Visualmente a textura parece de fato mais com papel do que com uma tela (meio como aquelas lousinhas mágicas).

Agora pensem, o motofone é projetado e marketado como um celular simples e barato, voltado para aqueles que não se importam com muitas funções ou não tem como pagar por elas (a maior parte do menu é falado, para ajudar aqueles que não sabem ler). Levando isso em consideração, e-paper é de fato a escolha ideal, pois é barato e gasta pouca energia.

O telefone continua aquém das minhas necessidades, mas ganhou meu respeito pelo uso dessa tecnologia que eu considero do futuro. Está em evolução, e-paper colorido já é possível e não vou me surpreender quando as versões touchscreen começarem a surgir....

quinta-feira, agosto 30, 2007

critica infundada

Os detratores de projetos colaborativos como a Wikipedia deviam dar uma lida nessa página antes de falarem bobagem. Em especial os ítens:

1 Não estamos à venda.

Se você espera que a Wikipédia seja comprada por alguma gigante da internet, não se preocupe. A Wikipédia é gerida pela Fundação Wikimedia, uma organização sem fins lucrativos baseada em São Petersburgo, Flórida - EUA. Somos sustentados por doações e nossa missão é trazer o conhecimento livre ao planeta inteiro.
Mais informações: http://wikimediafoundation.org/wiki/Main_Page

5 Nós zelamos muito pela qualidade do conteúdo.

A Wikipédia possui uma complexa relação de políticas e processos de controle de qualidade. Editores monitoram as modificações assim que elas acontecem, monitoram, também, tópicos específicos de seu conhecimento, as contribuições de um usuário, marcam artigos com problemas para que outros editores trabalhem neles, e discutem a pertinência de cada artigo e a sua permanência ou não dele na Wikipédia. Artigos com problemas são propostos para eliminação e os melhores são destacados na página principal. "WikiProjetos" focam o desenvolvimento de artigos em uma determinada área de conhecimento. Nós preocupamos sempre em fazer as coisas corretamente, e nunca deixaremos de pensar novas formas de fazê-lo.
Mais informações: http://pt.wikipedia.org/wiki/Wikipedia:Portal_comunit%C3%A1rio

6 Não queremos que acredite em nós.

É próprio de um trabalho dinâmico, como a Wikipédia, enquanto alguns artigos são de qualidade extremamente superior, outros são incompletos e mal desenvolvidos. Temos conhecimento e admitimos isso. Tentamos sempre manter um nível elevado dos artigos, é claro, e tentamos encontrar maneiras de deixar o leitor a par do nível em que cada artigo se encontra. Mesmo no seu melhor, a Wikipédia tal qual uma enciclopédia, não é uma fonte primária, e possui limitações. Nós pedimos que você não condene a Wikipédia, mas use-a compreendendo o que ela é e representa.
Mais informações: http://pt.wikipedia.org/wiki/Wikipedia:Avisos_gerais

gladiator digital

Antes de mais nada devo dizer que considero o filme Gladiador uma obra inferior. Considerando isso, de acordo com um de seus roteiristas, William Nicholson, o astro Russell Crowe teria dito "Your lines are garbage but I’m the greatest actor in the world, and I can make even garbage sound good." ("suas falas são um lixo mas sou o maior ator do mundo e posso fazer até lixo soar bem.") a respeito de uma das falas do filme.

Bem, quando me forçam a fazer algo da maneira errada, e acaba funcionando, faço minhas as sábias palavras de Russel Crowe.

drama adolescente


Quando você retomar o amor por algo então perdido, você sempre pode contar com sua família para cortar o seu barato homericamente.

domingo, agosto 26, 2007

música 2.0

Depois de ficar babando ovo do Flickr, é hora de falar do Last.fm. Ele faz pela música o que o flickr faz pela fotografia, mas mais inteligente.

Ele sabe as músicas que você ouve e assim vai detectando padrões no seu gosto, através disso gera estatísticas das músicas que você ouve, pareia você com pessoas com gostos semelhantes e recomenda artistas. Há um sistema de rádio embutido para que você ouça coisas sem precisar baixar ou comprar e vários outros recursos como páginas de bandas, grupos de interesse, blog e eventos.

Ah, os eventos. Você marca os eventos aos quais vai e o lasf.fm te diz quem também vai, cada evento tem uma página onde você pode debater o assunto com outros comparecedores, ler críticas e postar as fotos (que são puxadas automaticamente do flickr).

Pois eu estava de bobeira ontem de manhã quando vi que o local do show do Nouvelle Vague finalmente tinha saído, que os ingressos estavam sendo vendidos a partir de ontem, e que estavam terminando. Liguei pro Marcos e fomos correndo. Acabei comprando três ingressos na esperança de que a Mi e o Nisfer vão comigo. E algumas horas depois eles de fato acabaram.

Bem, a Mi já disse que não vai poder ir ao Show, e o Nisfer disse um talvez. Alguém tá afim?

sexta-feira, agosto 24, 2007

foto 2.0

f_mafra. Get yours at bighugelabs.com/flickr

Quando descobri o Flickr há um tempo atrás fiquei maravilhado com o simples recurso das tags, algo pra mim ainda muito novo. Para mim hoje tudo tem que envolver tags, não consigo pensar mais na internet ou no meu computador sem isso, e se você não sabe o que é isso está no mínimo uns tres anos atrasado - a falta de conhecimento mínimo das pessoas a respeito dos recursos que a web2.0 proporciona me deixa estarrecido, pretendo falar mais sobre isso no futuro aqui.

Mas quanto Flickr, agora estou brincando mais com ele de novo, explorando os outros recursos, como grupos e mapas os fantásticos brinquedinhos do BigHugeLabs.

O Flickr é um ótimo exemplo de como a web2.0 pode ser divertida. Não é apenas uma página para colocar suas fotos do ultimo chá de bebê para que seus parentes as vejam (embora eu use bastante pra esse tipo de coisa), é também para você ver e ser visto por inúmeras pessoas. Descobrir novas formas de tirar fotos.

Na minha entrevista sobre o Overmundo eu falei que uma das satisfações de participar do site era ver minhas idéias sendo apreciadas (ou depreciadas) por completos estranhos, pessoas que não tem qualquer obrigação de serem legais comigo, ou de tentarem me educar. Mostrar seu trabalho para os amigos é fácil, difícil é mostrar para todos. E foi em um dos brinquedinhos o BigHugeLabs, o DNA, que descobri que algumas fotos minhas (mesmo que porcaria) estão se espalhando pelo mundo afora.

Mas é preciso algum cuidado. Atente-se à licensa que estão aplicadas nas fotos e que você aplica às suas, para se assegurar de não estar roubando trabalho dos outros ou liberando o uso de trabalho seu que não deve ser liberado. Há também a preocupação da privacidade, com a qual muitos ficam preocupados, e ela é válida até certo ponto, só não acredito em paranóia.

Flickr, como tudo na web2.0, é uma experiência coletiva, onde todos contribuem para o conteúdo de todos. É preciso achar o equilibrio entre o que deve ou não ser mostrado, basta sempre lembrar o ponto comum: o amor por imagens. E take back the web!

quinta-feira, agosto 23, 2007